You Really Got Me- Larry Stylinson

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Harry POV

- Eu não vou mais aceitar esse seu comportamento, Mark! Ele é nosso filho, pelo amor de Deus! – A mãe de Louis gritava no andar de cima com o marido. – Eu acho melhor você aceitar e começar a agir como você agia antes, ou então você pode fazer as suas malas e sair desta casa!

- Eu fodi o casamento dos meus pais. – Louis falou, sentado em um dos degraus da escada de sua casa, com a cabeça entre as pernas. – Minhas irmãs. Elas nunca vão me perdoar. Eu me preocupo com elas. Meu pai tem que ir para o inferno!

- Calma, amor. – Falei, passando a mão por seus cabelos. – Seus pais não vão se separar. Eles se amam muito para isso, e eu tenho certeza que seu pai ainda te ama muito, tanto quanto antes. – Sorri docemente, mas Louis não levantou a cabeça para me olhar.

- Eu não sou obrigado a aceitar isso! Você sabe como foi difícil estar naquela sala com o John?! Meu filho gay era o problema da sala! – Mark gritou de volta, continuando a discussão com a Jay. – Eu não saio dessa casa, é minha! Se você quer fazer isso, pegue o seu filho e vá embora!

- Quanta maturidade, pai. – Louis rolou os olhos. Ele levantou e caminhou até o quarto dos pais. Suspirei fundo e o segui, parando logo atrás dele. Louis abriu a porta e se escorou no batente da mesma, cruzando os braços. – Parem de gritar desse jeito.

- Saia daqui, Louis, eu e sua mãe estamos conversando. – Mark falou, sem nem olhar para o filho.

- Parem de gritar, daqui a pouco as meninas estão ai. Elas não têm culpa de nada e não merecem ouvir vocês gritando essas coisas. – Louis falou. – Eu já entendi que você tem vergonha de mim, pai, que eu te decepcionei e tudo mais. Podemos passar dessa parte? Nada que você diga vai me mudar, você pode simplesmente tentar me aceitar? Só tentar! – Louis abaixou a cabeça, e Mark virou para encara-lo. – Esqueça. Não importa. Eu não vou mudar e você também não. Só não esqueça que você tem outros filhos. Elas não precisam ouvir as discussões de vocês. Elas são boas garotas.

Louis encarou seu pai mais uma vez e saiu do quarto. Jay levou as mãos até seu rosto, esfregando-o, e sentou-se na cama. Mark retirou a gravata e o blazer, jogando ambos sobre a cadeira da penteadeira de Jay. Quando ele me percebeu ainda parado ali em frente à porta do quarto, me encarou com raiva.

- Não precisa me insultar, se é isso que você vai fazer. – Falei, sentindo meu estomago revirar. Eu não deveria provocar Mark ou qualquer coisa parecida, mas o dia já começou ruim para todos nós, e não tem como terminar bem, de qualquer jeito.

- Não dirija a sua palavra a mim, garoto, ela não foi solicitada. – Ele me respondeu antes que eu pudesse continuar a falar. – Escuta aqui, Harry...

- Não, escuta você. – Falei, e sua expressão pareceu surpresa. – Eu estou cansado de você insultar o Louis desse jeito. Se você não aceita, tudo bem, mas guarde seu rancor para você. Eu me importo muito com o Louis e dói em mim as coisas que você diz para ele. Se você ama o seu filho como você costuma dizer que amava, e com isso eu quero dizer o antigo Louis, como você mesmo diz, então você não se importaria se o Louis é gay ou hetero. Não faria diferença.

- Harry, por favor... – Jay se levantou, me fitando com os olhos arregalados.

- Não, Jay, me deixa terminar de falar. – Eu disse, fazendo um gesto com a mão que indicava que ela deveria permanecer quieta. – Eu sou sim o filho da empregada de vocês, mas isso não me faz menos gente que você, Mark. Eu amo o seu filho e não aguento mais o jeito que você fala sobre ele e com ele. Suas palavras ferem mais que qualquer coisa, Tomlinson, e saiba que eu prefiro que você morra engasgado com elas. O que você falou hoje na frente de todos foi a gota final. Agora fique longe do Louis se é para trata-lo assim. Eu estou cansado da sua merda!