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Liam POV

- Eu não quero ser soar rude, Niall, mas você me pedindo para não ficar nervoso, está me deixando ainda mais nervoso. – Eu falei, olhando para o loiro que estava praticamente tremendo ao meu lado. Ele se aquietou e abaixou a cabeça, fitando o chão. Suspirei e encarei meus pés também.

Fazia mais de meia hora que a reunião havia acabado, e minha mãe ainda não havia aparecido. Assim que saímos da sala de aula o profº Mathews avisou o sr. Horan que a minha mãe estava o esperando na sala da diretoria. Bobby tentou me acalmar dizendo que tudo ia ficar bem e ele tentaria costurar a situação, mas eu sabia que ele não conseguiria.

- Me desculpe. – Niall falou baixinho, agora enterrando as mãos nos bolsos.

- Não, me desculpe você. – Falei, colocando a mão em seu braço como forma de carinho. – É que não importa o quanto você diga para eu me acalmar, eu não vou.

- Eu sei, mas eu estou tentando. – Ele suspirou. – É culpa daquele filho da puta do Mathews! Eu juro por Deus que tudo que eu queria agora é dar uma surra até ele desmaiar, esperar ele acordar e então desmembrar ele todinho com ele ainda consciente e drenar todo o sangue dele e depois...

- Niall, se acalma. – Falei, soltando um sorrisinho. Ele sorriu largo, provavelmente porque eu estava rindo. – Você é um psicopata disfarçado de anjo irlandês, garoto.

- Liam Payne! – Ouvi minha gritar, e virei para encarar o local de onde sua voz vinha. – Você, Horan, saia de perto do meu filho! – Ela apontou para Niall, que deu um passo para trás. – Não fique perto do meu filho, você me entendeu? Fique longe da minha família.

- Mãe, se acalme. – Eu falei baixo, assistindo Niall se afastar aos poucos. Ele me olhou, parecendo assustado.

- Entre nesse carro e cale a sua boca, Liam Payne. – Ela falou, desligando o alarme do veiculo.

Niall não me disse tchau nem abanou, ele simplesmente saiu correndo em direção à escola. Respirei fundo diversas vezes vendo-o sumir entre os corredores do edifício. Virei para encarar minha mãe. A raiva era visível em seus olhos, pela maneira que ela me fitava. Eu podia sentir o chão desabando sob meus pés.

- Entre no carro, James. – Ela usou meu nome do meio, e eu tive que respirar fundo mais uma vez e fazer o que ela mandou. É como se o ar que eu puxava com uma respiração normal não fosse suficiente, eu precisava de mais.

Toda a viagem até minha casa foi silenciosa. Eu só ouvia a respiração da minha mãe e os barulhos do mundo do lado de fora do carro. Encostei minha cabeça no vidro da janela e fechei os olhos. Eu deveria aproveitar a calmaria e o silêncio de agora, pois eu sabia que ia acabar logo.

Parece que foi questão de cinco segundos para eu estar largando a mochila em cima do sofá e minha mãe estar batendo a porta do apartamento. Meu estomago estava revirando e eu sentia que podia cair a qualquer momento devido ao meu nervosismo em excesso.

- Eu não consigo nem olhar para a sua cara direito, Liam. – Ouvi minha mãe falar. Virei-me para encontra-la encostada a porta de casa ainda, com sua testa escorada na madeira. – Eu temo olhar para você e vomitar em meus próprios pés.

- Mãe, por favor, vamos conversar... – Eu falei, sentindo minhas mãos tremerem em meus bolsos.

- Como você quer que eu converse com você? – Ela virou-se, me encarando. – Eu não sei quem você é, Liam. Agora eu entendo o que aquele pai disse na reunião, de não reconhecer o filho. Meu Deus... – Ela colocou as mãos no rosto. Suspirou fundo e escorregou as mãos ela face, borrando todo seu rímel já que seus olhos estavam marejados.

You Really Got Me- Larry StylinsonWhere stories live. Discover now