You Really Got Me- Larry Stylinson

Prólogo

Harry POV

Sabe quando você acorda numa segunda-feira e você sente que aquela semana vai ser horrível, talvez a pior da sua vida? Eu estava com essa sensação agora mesmo.

Entrei na cozinha terminando de arrumar a gravata do uniforme. Dei um beijo na bochecha da minha mãe e me sentei à mesa, esperando pelo meu colega de escola, companheiro apenas de café da manhã e pessoa que se acha meu patrão: Louis Tomlinson.

Minha mãe é empregada doméstica e babá na casa dos Tomlinson desde que eu era criança. Eu tinha sete ou oito anos quando minha mãe conseguiu o emprego e nos mudamos para a casa que tem nos fundos do quintal da mansão. O Sr. e a Sra. Tomlinson são ótimas pessoas, sempre trataram minha mãe com respeito e pagam além do salario normal para uma empregada doméstica, além de pagaram também a escola particular que eu estudo, a mesma que a de seu filho.

E falando em seu filho, Louis Tomlinson definitivamente não puxou seus pais. Egocêntrico, esnobe, nojento e fresco, acha que o mundo fica na ponta do seu nariz e acha que eu sou o empregado dele, me mandando fazer coisas como o trabalho de geografia ou lavar a louça no dia de folga da minha mãe.

– Quer suco ou café, querido? – Mamãe perguntou, secando as mãos no pano de prato. Eu sempre tomava café da manhã na mansão com Louis, já que os pais dele, àquela hora, já haviam saído para trabalhar e as meninas ainda estavam dormindo.

– Quero suco, mãe. – Sorri, esticando o copo para que ela me servisse. Ela sorriu e pegou a jarra, enchendo o copo de suco de laranja em seguida. – Obrigado.

– Bom dia Anne. Bom dia Harry. – Louis entrou na cozinha, se sentando na minha frente em seguida.

– Bom dia querido. Vai querer o que de café da manhã? – Mamãe perguntou, arrumando uma mexa do cabelo de Louis, que sorriu.

– Apenas um copo de suco e um pouco de cereal. – Sorriu doce, me olhando em seguida. – Já pensou em alisar esse cabelo, Harry? – Fez careta. – Eu acho que se sua mãe fosse fazer o que ela fez no meu cabelo nos seus... cachos, a mão dela ficaria presa aí. – Sorriu, tomando um gole no suco. Eu apenas devolvi o sorriso, mas um pouco mais irônico.

– Meninos, não comecem a discutir agora cedo, por favor! – Minha mãe colocou ordem e Louis se desculpou baixo.

– Mas enfim, você devia fazer um alisamento, sei lá... – Deu de ombros.

– Claro, quando você for fazer as unhas, eu marco uma hora no seu cabeleireiro. – Sorri cínico.

– Eu tenho mesmo que fazer as unhas... – Olhou para a sua mão enquanto tomava um pouco de suco.

– Menininha. – Ri baixo.

– Pelo menos eu tenho uma namorada, não fico só na... – Balançou a mão que ele observava antes.

– Meninos!

– Nossa, tô morrendo de inveja de você com a Eleanor mesmo. – Falei irônico, revirando os olhos.

– Não, é ao contrário, Hazza. – Sorriu maligno, me fazendo o encarar incrédulo.

– Seu...!

– Chega, meninos, tomem seus cafés ou vão se atrasar! – Minha mãe disse brava.

– Desculpa!