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O barzinho da qual estava junto com as gêmeas e seus namorados, bombava. Um pagode contagiante tocava, pessoas no centro do local dançavam, mesas espalhadas em voltam cheias de pessoas sorridentes e o clima não poderia ser melhor.

- Não acredito que você vai viajar Jena, ainda com tudo pago.

Laura falou tomando um gole de sua cerveja.

- E para o evento que eu sempre quis ir.

Eu tomava uma Skol beats gelada, o tempo estava um pouco quente e o bar estava uma algazarra.

- Quando você volta?

- Luisa perguntou.

- Na outra semana após a viagem. O evento dura três dias.

Mais tarde fomos todos para o centro do bar, onde o pagode rolava solto. Eu já estava alegre com a bebida, mas nada que me impedisse de dançar ou curtir minha noite com meus amigos.

- Jena, seu chefe está aqui.

Ouvi Laura falando próxima do meu ouvido. Parei de dançar e me virei olhando em volta. Não encontrei nenhum dos meus...

- Procurando alguém?

Meus pelos se arrepiaram com a força daquela voz, Douglas estava atrás de mim sorrindo, com sua camisa azul clara aberta nos dois primeiros botões, cabelo meio eriçado...

- Não, oi.

- O que faz aqui?

Seus olhos me analisavam sem desviar.

- Me divertindo com meus amigos, e você?

- Eu vim ver o que estava fazendo.

Pisquei e bebi mais um pouco da minha Skol.

- Ver o que quem estava fazendo? Sua namorada?

Sorri e continuei me mexendo um pouco ao ritmo da música.

-Não, vim ver o que você estava fazendo.

- Como soube que eu estava aqui?

Aproveitei que estava de costas para o bar e pedi outra cerveja.

- Eu sei onde você está a qualquer momento Jena.

- Tem bola de cristal agora é?

Sorri.

- Quase isso.

Ele ainda me observava.

- O que foi?

- Vai ficar aqui até que horas?

Não entendi o porquê de sua pergunta.

- Não sei, até as duas... três... quatro... Quem sabe?

Bebi mais um gole e logo as meninas vieram até mim sorrindo.

- Você tem que ver isso, os meninos estão fazendo o maior sucesso no palco.

Olhei para o palco um pouco distante e vi de relance os dois dançando e arrancando gritos da galera.

- Tenho que ver isso de perto, até mais Douglas.

Sem esperar por sua resposta, fui atrás das meninas. Gargalhei com a cena de seus namorados no palco e logo comecei a dançar mais uma vez.

Já eram três da manhã, meus pés doíam, eu já estava meio tonta e as meninas queriam ir embora. Mas claro que nenhuma delas ia pra nossa casa, ou seja, eu iria sozinha. Insisti que não precisava que elas me levassem embora, peguei meu celular e procurei o número do táxi.

- Oi gata, sozinha?

Um homem alto e forte me encarava sorrindo.

- Oi, sim estou indo pra casa.

- Quer uma carona?

- Não valeu.

- Que isso linda, só uma carona, não vai rolar nada demais.

Ele disse bem próximo, seu hálito cheirava a vodka pura. Suas mãos tocaram meus braços e seu sorriso aumentava a cada segundo.

- Me solte, preciso mesmo ir.

- Não vá, fica mais, vamos conversar.

E ele tentou me beijar. E alguém mandou ele se afastar. Ele não se afastou. Alguém o puxou. Olhei para meu salvador e vi Douglas esmurrando o cara alto.

- Nunca mais toque nela, seu imundo.

E chutou sua barriga. Ai essa doeu.

Douglas olhou pra mim e se aproximou tão rápido que pensei que fosse me bater também.

- Vem comigo.

Sua mão se fechou no meu braço direito e me arrastou pela calçada.

- Ai, ta me machucando. Douglas para.

- Você não vai embora sozinha.

-Por que não?

- Porque eu estou falando que não vai.

Sua voz me assustou. Ele estava bêbado?

- Você bebeu?

- Não, mas você sim. Não consegue nem se defender direito.

- Eu não precisava me defender, me solta.

Ele não soltou. Viramos numa rua e logo paramos ao lado de seu carro. Douglas destravou o alarme e abriu a porta do carona para mim. Entrei e coloquei o cinto, ele entrou em seguida.

- O que passou pela sua cabeça?

Ele falou alto enquanto começava a dirigir.

- O que passou pela SUA cabeça? Quem te deu o direito de me arrastar daquela forma?

Gritei.

- Eu te salvei! Devia me agradecer.

- Ah muito obrigada senhor Douglas.

Falei debochada e me virei para a janela.

- Você merecia levar uns tapas por esse seu comportamento.

Ele bufou.

- Quero ver quem será o maluco a me bater. Pago pra ver.

- Você me deixa possesso da vida Jena.

O encarei e comecei a rir.

- Por que? Te irrito? Ótimo, então pare essa droga de carro porque eu vou embora sozinha.

- Não vai não. Eu vou te deixar em casa, sem discussão.

- Babaca.

O restante do caminho foi em puro silêncio, Douglas dirigia e eu olhava o caminho pela janela. Quando chegamos, desci do carro rapidamente e entrei no meu prédio.

- Espere.

- Vai embora. Você já me trouxe aqui, obrigada.

- Jena quero conversar com você.

Entrei no elevador.

- Amanhã senhor.




Profundo Desejo - Em Busca Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora