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Acordei por volta das seis da tarde, Douglas estava trabalhando em seu notebook. Levantei-me e fui ao banheiro, tomei um bom banho, lavei os cabelos e voltei para o quarto a procura de uma roupa confortável.

- Está se sentindo melhor? - Douglas perguntou tirando a atenção  de seu notebook.

- Estou sim, obrigada por cuidar de mim.

Ele sorriu.

- Vou pedir nosso jantar e tomar um banho.

Ele abraçou-me e logo foi pedir nosso jantar. Depois entrou no banheiro.
Sentei-me na cama e liguei a TV de plasma, coloquei em um canal de filmes.
Estava absorta no filme, quando um toque me chamou atenção. Era o celular de Douglas, levantei-me e fui até a mesa onde ele estava. Lídia aparecia na tela. Senti uma pontada de ciúmes, mas logo chutei para longe.

- Douglas.

Bati na porta do banheiro.

- Oi. - Ele falou um pouco alto por conta do chuveiro.

- Seu celular está tocando.

- Atende pra mim.

Merda!

Olhei para o celular  ainda chamando,  eu poderia esperar ela desligar, olhei mais um pouco até que ele parou de tocar. Em seguida uma mensagem chegou, como não tinha senha eu abri a mensagem. Talvez não devesse, mas eu era uma pessoa curiosa.

Está ocupado?  Queria te ver, podemos jantar e repetir aquela transa.  Topa?
Beijos.

Eu estava furiosa, muito furiosa. Pelo que entendi eles haviam transado. Como eu fui ser tão  idiota?!

Coloquei o celular de volta na mesa e afastei-me. Eu queria chorar, queria sair dali o mais rápido  possível.
Alguém bateu na porta, deve ser o jantar que Douglas pediu. Fui até  a porta e a abri, meu dia estava sendo o pior da vida.

- Ah, oi... Você por aqui. Jena, acertei?

Ela sorria como uma cobra.

- Sim, deseja alguma coisa?

-Não sabia que também estava no Rio. Eu vim jantar com o Douglas, até trouxe eu mesma.

Ao seu lado no corredor  estava um carrinho com pratos tampados em cima. Após falar ela entrou sem pedir licença.

-Pode colocar o carrinho aqui perto dessa mesa.

Ela disse sentando-se na cama.

- Não sou sua empregada.

Falei com ódio borbulhando dentro de mim.

- Mas é empregada do Douglas.

- Aí que você se engana.

VADIA!

Nessa hora Douglas saiu do banho apenas com uma toalha na cintura. Seu corpo travou assim que viu a biscate sentada na cama.

-Lídia, o que faz aqui?

Ela levantou-se e andou até ele, o abraçando em seguida.

- Te liguei para jantarmos juntos, mas você não me atendeu. Resolvi trazer o jantar até aqui, assim teremos mais conforto e poderemos nos curtir mais.

Eu ia vomitar.

Douglas olhou pra mim aflito já se afastando do abraço da cobra.

- Não marcamos nenhum jantar e eu não  te dei liberdade para entrar aqui.
Ela sorriu se aproximando novamente.

Profundo Desejo - Em Busca Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora