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Esperava que meu estresse melhorasse depois de uma boa noite de sono, mas errado eu pensar assim já que quando acordei toda minha raiva estava presente e eu quase quebrei a casa inteira. As meninas se assustaram pela minha fúria matinal e alegaram que eu estava de TPM.
TPM o caralho, isso é culpa daqueles irmãos Rodrigues. Hoje o transito estava caótico, não sei como consegui chegar no trabalho no horário certo. Aqui estava tudo na mesma merda, eu trabalhando muito, criando projetos, desenhando, animando...

- Senhorita Duarte...

Olho para cima e me deparo com pares de olhos familiares e muito intensos.

- Senhor Rodrigues.

- Já disse para me chamar de Douglas.

- Eu não quero, mas o que você quer?

- Vim ver como está nosso canal.

Bufei e voltei a atenção para o computador.

- Está ótimo, era só isso?

Ele se sentou a minha frente e me encarou.

- Por que você esta assim?

Voltei a olhá-lo.

- Assim como? Estou trabalhando senhor.

- Esses dias você falta matar os funcionários dessa empresa, anda me evitando, é por causa daquele dia?

- Que dia? Não me lembro de nada.

Finjo não entender. Quanto menos falarmos desse dia melhor. Douglas cerra os punhos e me encara.

- Isso é infantil sabia? Você não pode simplesmente esquecer o que rolou aqui, nessa mesa.

- Seu ridículo.

Eu vou matar esse imbecil. Maldita hora que deixei o desejo falar mais alto.

- Jena por favor, seja sincera com você mesma. Nós dois sabemos que você adorou e quer mais, eu quero mais.

Engoli em seco e respirei fundo.

- Douglas está na hora de você esquecer isso, foi apenas uma vez e não vai se repetir. Não quero me arrepender depois.

Ele não disse nada, apenas se levantou e saiu. Preciso esquecer disso tudo, preciso focar no meu trabalho.

*-*

Liguei para Hector no meu horário de almoço.

- Ei maluca, como estão as coisas por ai?

Sorriu.

- Seu filho da mãe, me abandonou e agora eu estou no inferno.

- O que aconteceu?

- Douglas aconteceu. O canal aconteceu. Tudo aconteceu.

Falei brava mas baixo para não chamar a atenção das outras pessoas no Subway.

- Douglas? Não me diga...

Ele começou a gargalhar, tão alto que tive que afastar o celular do ouvido.

- Seu cretino, não tem graça.

- Ah tem sim, você varreu as teias de aranha com o Douglas.

Xinguei mentalmente Hector.

- Eu não varri teia nenhuma. Porra eu queria uma opinião sua.

- Estou ouvindo.

- Bom como você sabe eu não...

Olhei para os lados e abaixei a cabeça.

Profundo Desejo - Em Busca Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora