25

3.4K 308 1
                                    

Mulheres grávidas são seres estranhos e confusos. Gabriela é uma prova disso, neste momento estamos no consultório da sua ginecologista fazendo ultrassonografia, mas claro que eu estou do lado de fora do consultório, já que não pretendo ver a vagina dela. Odeio esperar em lugares assim, nunca tem nada de interessante, na TV só passam pegadinhas e as revistas são de saúde e de grávidas. Tudo um grande tédio. Meia hora mais tarde Gabriela saiu agradecendo a ginecologista, decidimos passar numa cafeteria, ela estava com desejo de tomar café com leite e creme com bolacha de limão. Que combinação mais ugh.

- Huum, isso ta uma delícia.

Ela falava dando outra mordida na bolacha.

- Imagino. Está tudo bem com você e o bebê?

- Sim, eu só tenho que me alimentar bem e tomar alguns comprimidos pra ajudar no desenvolvimento e saúde do bebê.

Assenti com a cabeça.
Esse era um sábado exótico, eu estava andando com Gabriela pela cidade, fomos no shopping e entramos numa loja de bebê, era cada coisa linda. Vi uma roupinha de bebê branca e preta e com capuz com orelhinhas. Era uma roupinha de panda, ameeeeeeei. Me afastei de Gabriela e comprei a roupa, iria dar de presente quando ele ou ela viesse ao mundo. Já vi que vou mimar muito o filho de Gabi. Pedi que entregassem em casa a roupa e voltei para o lado de Gabriela que olhava uns berços.

- Tenho medo de não saber criar sozinha uma criança.

Ela falou meio abalada.

- Hey. - toquei seu rosto para que me olhasse. - Você será uma ótima mãe, seu filho vai ser bem amado. E não se preocupe, eu posso te ajudar quando quiser.

Seus olhos brilharam e uma lágrima escorreu.

- Jena, por que ele me deixou?

Agora ela estava agarrada em meu pescoço e chorava como uma criança. Alisei suas costas e seus cabelos.
- Gabi, me escuta. O Diego é um idiota, ele vai perceber que perdeu a mulher mais maravilhosa do mundo. Ele vai se arrepender, tenho certeza. Ele vai ver que você é o grande amor da vida dele, e é com você que ele sempre vai querer estar.

Ela chorava muito e eu a consolava.

A tarde caminhei na praça e liguei para minha mãe, conversei com minha irmã e depois liguei para papai.

- Oi filhota, como você tá?

- Oi cabeção, to com saudades, quando vem me visitar? Eu já fui te ver, agora é tua vez.

- Não sei minha filha, a Maria falta arrancar meus cabelos, ela judia de mim. Estou trabalhado bastante no restaurante.

- Podia vir no feriado, traz a Maria também.

- Vou ver cabeça de abóbora.

Sorri e conversei com meu pai por uns vinte minutos e depois que terminei fui tomar um banho.

***
Segunda de manhã, dia nublado, friozinho e eu com preguiça de sair da cama. Hoje é um dos dias que me encontro com Douglas, mas como ele viajou eu não posso fazer nada. Levantei-me e tomei um banho quente e me arrumei.

***

- Bom dia morena linda.

Tirei os olhos da tela do Pc e encarei Hector sorrindo. Meu Deus!
Levantei-me e pulei em seus braços.

- Babaca, que saudade. Como você me abandona desse jeito?

Ele deu uma risada gostosa e me apertou em seus braços.

- Eu estava meio ocupado, me perdoa.

- Perdoado, mas me deve um café da manhã na cama.

Ele sorriu com aquela cara de tarado.

Profundo Desejo - Em Busca Do PrazerOnde histórias criam vida. Descubra agora