Capítulo 24

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Acordei cedo naquele domingo, precisava ter uma conversa séria com meu irmão quando ele voltasse para casa.

_ Vamos sair hoje? _ Max me beija.

_ Claro! Mais antes tenho que falar com meu irmão.

Max me levou para casa de Bruno. Numa hora dessas ele já deve estar de volta.

_ Como você ta? _ pergunto quando ele abre a porta para mim.

_ Me desculpa. _ ele me abraça forte.

_ Pelo que?

_ Por eu ter agido como um idiota, por eu ter agido com idiota de novo e por eu sempre agir como um idiota. _ eu ri.

_ Ta tudo bem. Sheila me contou o que ela fez e agora está tudo na paz entre eu e ela, só peço pra você ter um pouco mais de responsabilidade. Nossa vida mudou Bruno, e agente também deve mudar.

_ Você mudou. _ ele diz.

_ Eu não mudei, eu amadureci. — era bom ver meu irmão bem.

Conversamos mais um pouco, Bruno parecia estar feliz apesar de tudo. E Sheila finalmente havia contado para seu pai sobre o que aconteceu.

_ Ele ficou arrasado com a notícia, mas no final cedeu, ele só não vai me dar mais dinheiro, quer dizer, como ele mesmo disse "já que o filho é seu a despesas é toda sua".

_ Sinto muito.

_ Tudo bem, já ta na hora deu crescer mesmo. Vou terminar o ensino médio, esperar meu filho nascer e depois tentar fazer uma faculdade. Mas vou pensar sobre isso mais para frente.

_ E você Sofia, vai fazer o que? _ meu irmão me pergunta.

Com tudo que aconteceu nesses últimos tempos eu nem pensei no que fazer quando terminar o ensino médio, sempre tive certa dificuldade em responder a pergunta "O que você vai ser quando crescer?." Meus pais queriam que eu fosse médica, nunca, sempre gostei de mexer com criatividade, e sempre fui uma boa aluna em redação. Apesar de não dar muito futuro queria fazer jornalismo e design gráfico. Porem agora eu não sei...

_ Ainda não sei. _ digo por fim.

_ E você Max, o que vai fazer? _ ele o pergunta.

_ Administração e engenharia civil.

_ Nossa! Legal. _ meu irmão fala. — aquele tipo de conversa não me agradava.

_ Agora agente tem que ir. Tchau. _ levanto rapidamente.

_ Mais já?

— Temos um compromisso. — invento uma desculpa. — Te amo maninho. — dou um beijo em sua testa.

— Também te amo.

Eu e Max saímos da casa do meu irmão em direção ao carro.

_ Tenho um presente para você! _ Max fala quando já estávamos em seu quarto.

_ Sério! O que? _ pergunto curiosa. Max vai até seu armário e retira dali uma caixa embrulhada em um papel de presente. _ Você sabe que meu aniversario é mês que vem não sabe?

_ Sei sim, mais queria saber se azul combina com você.

Abri o presente sem delicadeza, estava curiosa para saber o que se tratava. Retirei da caixa um vestido azul escuro, ele era caído nos ombros e justo até a cintura, dali era souto até um pouco acima do joelho.

_ Obrigada meu amor. _ digo deixando o vestido de lado e lhe dando um beijo.

_ Sabe... _ ele diz se afastando. _ Acho que você já poderia sair desse luto.

_ Eu sei, só que... _ na verdade eu não tinha mais motivos para estar de luto, claro, eu havia perdido meus pais, mas sei que eles apenas querem minha felicidade, e eu estou feliz. _ Tudo bem, por você eu faço qualquer coisa.

Tomei um banho demorado, minha cabeça voltava para o lugar, não estava mais tão perdida como antes, estava feliz apesar de tudo. Eu e o meu irmão tínhamos nos acertado e minha relação com Max estava maravilhosa, claro nem tudo estava resolvido, mais agora é só viver, e que aconteça o que tiver que acontecer.

Dessa vez resolvi caprichar no visual, queria ficar bonita para Max. Ele já havia se arrumado e estava na sala, então o quarto era todo meu. Primeiro sequei meu cabelo e os deixei souto. Fiz uma maquiagem elaborada marcando bem meus olhos verdes. Botei o vestido e marcou bem minhas curvas me deixando mais bonita, botei uma plataforma preta, e terminei de me arrumar.

_ Nossa! Você esta muito linda! _ Max diz quando chego à sala e sinto meu rosto corar. _Você fica muito linda sem todo aquele preto!

_ Assim você me deixa sem graça. _ digo lhe dando um beijo.

_ E você fica mais linda ainda assim.

_ Que melação vocês dois aí em! _ a mãe de Max fala, e eu coro ainda mais percebendo sua presença.

_ Nós já vamos.

_ Juízo em! Eu já vou deitar, e não se preocupem com o horário!_ Dona Tereza diz antes de sumirmos porta a fora.

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