Capítulo 14

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_ O que você pensa que está fazendo em minha casa?! _ entro furiosa gritando com Sheila que está deitada no sofá. Ela me olha surpresa, mas não diz nada me deixando com cara de idiota.

_ Ela ta comigo. _ meu irmão diz indo em sua direção e lhe dando um beijo.

O que? Isso não pode estar acontecendo.

_ Como assim, ela não pode estar aqui, ela é a namorada de Lucas, aquele que me traiu com! _ grito apontando para ela.

_ Ela não ta com ele, ela ta comigo. _ meu irmão diz na maior tranqüilidade.

_ Você não pode ta falando serio? _ pergunto incrédula.

_ Estou. Estamos juntos queira você ou não.

_ O que você fez com meu irmão? _ pergunto para Sheila que até então não dito nenhuma palavra.

_ Qual é a dificuldade Sofia? Eu e o seu irmão estamos namorando queridinha, e eu não sei como você aguentou o Lucas por dois anos, ele é muito pegajoso, e idiota.

_ Então não sei o que você esta fazendo com meu irmão, porque ele é o cara mais idiota que eu conheço! _ grito indo para o meu quarto. _ Eu tenho vergonha de você Bruno. _ pude jurar que vi um ponto de remorso nos seus olhos verdes, mais ele não deixou transparecer.

Sei que Sheila sempre teve uma queda pelo meu irmão, ele era alto, tinha um corpo de dar inveja, os olhos verdes iguais o meu e o da nossa mãe, e o cabelo castanho do meu pai, ele era um homem em tanto, mais em compensação um completo idiota.

Não sei quem é pior, Olivia que traiu meu irmão com o chefe dele, ou Sheila pela qual Lucas me traiu, sinceramente, estou cansada de sofrer de mentir, estou cansada de viver...

Deito em minha cama e permaneço chorando ali até ver os raios do sou entrando pela minúscula janela de vidro da minha casa, levanto e vou em direção ao banheiro onde graças a deus não encontro ninguém pelo caminho.

A água quente cai sobre meus ombros me fazendo perceber como estava tensa e cansada. Sempre fui acostumada a ter tudo o que quer e fazer o que bem entender, mas me sinto perdida, tudo mudou derrepente, tudo era novo e complicado para mim.

Fiquei ali por muito tempo, e quando já estava cansada de ficar em pé resolvi sair do banho. Fui silenciosamente para o quarto para ninguém me ouvir. Visto uma roupa qualquer e deito novamente, dessa vez as lágrimas não vem, até porque já aviam secado.

Dormi pelo que me pareceu toda a manhã, nada mais justo poxa! perdi tudo, qual é o problema deu estar faltando a uma aula? E com uma vontade enorme de matar meu irmão!

_ Acorda dorminhoca! _ meu irmão grita na porta me acordando.

_ Vai se ferrar Bruno!

_ É melhor me respeitar mocinha, enquanto tiver 17 eu mando em você!

_ Ainda bem que daqui a dois meses eu não vou mais ter que te aturar! _ ainda continuo gritando.

_ Ainda bem mesmo, agora levanta daí e limpa essa casa, sua vida de princesinha acabou.

_ Você não manda em mim idiota me deixa em paz! e vai namorar sua piranha!

_ Já chega Sofia! É melhor você tomar cuidado com suas palavras se não quiser se arrepender.

Estava cansada daquela discussão besta, meu irmão nunca havia falado comigo daquela maneira, sempre foi um segundo pai para mim, apesar de ter apenas quatro anos a mais que eu.

_ Você vai fazer o que idiota?! _ grito abrindo a porta e me deparando com ele. _ Você não presta nem para mandar em mim, mostrando ter um péssimo caráter colocando essa puta para dentro de casa, por exemplo!

_ Já chega. _ bruno diz me dando uma tapa na cara. As lágrimas vieram sem que eu percebesse.

_ Porque você fez isso? eu não te entendo.

_ Porque eu fiz isso? primeiro quando nossos pais morreram, eu podia ter te deixado sozinha com essa dívida enorme nas costas mais não fiz isso... _ eu o interrompi antes que continuasse.

_ Claro que não fez isso, você achava que nossos pais estavam cheios de grana, e aproveitou para pegar sua parte, mais não foi isso que aconteceu, não é mesmo? _ lhe pergunto o provocando.

_ Já chega, não vou discutir com uma criança. _ ok, essa foi à gota d'água.

_ Quer saber de uma coisa Bruno, vai se ferrar! Eu vou embora daqui, parece que eu não sou a única criança! _ grito fechando a porta na cara dele.

Pego tudo que tenho, não muita coisa, encho minha mochila e uma mala, pego o dinheiro que eu havia arrumado da venda dos meus pertences e meu primeiro salário da loja. E saio pela janela do meu quarto para que ele não me visse.

Sei que minha atitude não foi de uma mulher, mais todo jovem comete alguma irresponsabilidade as veses. Para no meio da rua caindo na realidade.

O que foi que eu fiz?!

Para onde que eu vou? meu dinheiro não da para alugar um quarto, até porque acabaria rapidamente. E agora? Só tem um lugar para ir. Só uma pessoa vai me ajudar!

***

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Foi Apenas Um SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora