Acordei num pulo. O interfone estava apitando já avia alguns minutos, tentei ignorar e voltar aos meu sonhos com o meu príncipe encantado, mais como ele não parou de tocar tive que ver quem era. Na verdade era o meu irmão Bruno que estava impaciente no portão, espera, ele estava chorando? ai meu deus meu irmão esta chorando desesperado!
Corri para fora de casa e ao me avistar ele chorou ainda mais.
_O que aconteceu? _ pergunto me aproximando e o abraçando.
_ Seus pais, quer dizer nossos pais, é meio que, é... _ ele não terminava a frase, não sei se era o desespero ou o choro incontrolável que não permitiam ele falar.
_ fala logo Bruno, você esta me deixando angustiada. _ esperei pelo que pareceu longos minutos até ele conseguir se recompor, ele segurou meu rosto em suas mãos e soltou a bomba, que preferiria que nunca estive chegado até mim.
_ Nossos pais morreram.
O que?!
Não senti nada naquele momento além de uma forte dor no coração, minha vista escureceu e quando abri meus olhos novamente estava deitada sobre minha cama.
_ O que aconteceu? Acho que foi apenas um sonho. _ digo para mim mesma mais sou respondida por outra pessoa.
_ Eles ficaram muito preocupados com você e acharam que tinham pegado pesado de mais, resolveram vim embora cedo para ver você e lhe devolver suas coisas, porem no meio do caminho nosso pai foi atender um telefonema do trabalho, perdeu o controle do carro de bateu num poste. _ Bruno conta os detalhes do acidente, infelizmente não tinha sido um sonho, porem na minha vida estava acontecendo um dos piores pesadelos.
- Isso não pode ser verdade! _ digo sem conseguir controlar minhas lagrimas. - Isso não pode esta acontecendo comigo! comigo nã! _ Bruno vem até minha cama e se deita comigo me confortando, agora só tenho ele como família. Era dificil de acreditar! Ficamos ali chorando e soluçando pelo que pareceu uma eternidade, meu travesseiro já estava molhado pelas lagrimas, então Bruno se levantou e desceu para o andar de baixo sem dizer nenhuma palavra. Fiquei ali por mais alguns minutos, depois desci.
_ O que vamos fazer? _ pergunto me sentando na mesa da cozinha.
_ Já resolvi tudo, você vai conseguir acompanhar o enterro?. _ ele me pergunta com um olhar cheio de pena.
_ Eu tenho que agüentar._ foi minha única resposta antes de sair de casa sem dizer para onde ia, meu irmão percebeu que eu precisava ficar um pouco sozinha então não me incomodou.
Segui andando sem rumo pela pequena cidade onde vivia, as crianças brincavam como se o mundo fosse acabar e precisavam aproveitar cada minuto, os casais de namorados, sorriam uns para os outros, o vento que batia em meu rosto me trouxe uma lembrança que estava guardada na minha memória. Um dia minha mãe me disse: " as vezes minha querida, nos preocupamos com coisas inúteis ao em vez de aproveitar cada momento, a vida é como o vento, no momento que a começamos a senti-la ela já se foi." Ela tinha razão, devia ter aproveitado cada momento com meus pais, mais nem imaginamos o que pode acontecer com agente em questão de segundos, a vida pode nos surpreender com coisas boas ou com coisas ruins.
Tento ligar para o Lucas de um orelhão publico, porque ainda estou sem celular, não sei nem se ele sobreviveu ao acidente mais isso não importa agora. Depois do quarto toque ele atente.
_ Alô?
_ Oi meu amor, é a Sofia.
_ Porque você está me ligando a essa hora?! _ ele pergunta um pouco irritado, mas com as ultimas noticias nem havia reparado a hora.
_ Desculpa meu amor, mais é que aconteceu uma coisa terrível! _ digo chorando nova mente.
_ Meu deus Sofia, da pra você parar de da chilique e me falar o que ta acontecendo?! _ ele pergunta agora totalmente impaciente. Desligo a ligação, depois do que estou passando não mereço isso.
Sento no meio fio, e começo a chorar novamente, nem meu namorado está comigo nesse pesadelo.
_ Oi. _ alguém diz se sentando ao meu lado, ao levantar a cabeça reconheço a pessoa.
_ Oi Max.
_ Está tudo bem? _ ele me pergunta com uma voz preocupada. Não sei no que deu em mim, mais de repente senti que podia confiar nele, então resolvi desabafar.
_ Não, não ta tudo bem! meus pais sofreram um acidente e gora estão mortos! meu namorado nem me deu atenção e muito menos foi paciente em me ouvir! estou até com medo de ligar para meus amigos e eles me tratarem mal, poxa vida! Acabei de perder quem mais amava, só queria alguém para desabafar, me abraçar e dizer que está tudo bem. _ eu digo chorando novamente. Max não diz nenhuma palavra, apenas se aproxima e me da um abraço desajeitado, eu não devia mais o abracei com todas as minhas forças e descansei meu rosto em seu ombro, não estava conseguindo controlar as lagrimas, e Max não reclamou por eu esta molhando sua roupa apenas ficou ali me confortando. Depois de um tempo ele acariciou meus cabelos e disse em meu ouvido.
_ Vai ficar tudo bem. _ não sei o que aconteceu naquele momento mais ele me passou um pouco de segurança e tranqüilidade.
_ Obrigado. _ digo me afastando, mais antes de levantar senti alguém me puxando pelo braço e me levantado para longe de Max.
_ O que você pensa que está fazendo? _ Lucas me pergunta com raiva.
_ Nada, estava apenas conversando com ele.
_ E porque você está com essa cara horrível? _ ele me analisa, soltei meu braço com força onde ele ainda segurava.
_ Cara horrível? Olha aqui seu insensível. _ digo enfiando meu dedo indicador na sua cara. _ Meus pais acabaram de morrer, e eu só queria a sua companhia, mais você me tratou com ignorância no telefone sem nem mesmo ouvir o que tinha a dizer, estava desesperada e àquele cara ficou comigo e me consolou! _ digo apontando para Max. -E agora você me pergunta porque eu estou com essa cara horrível?! Pela mor de deus! Vai se cata! _ saio pegando Max pelo braço e o levando dali, deixando Lucas sem palavras e com a cara surpresa, não sei se é por causa da minha reação ou a morte dos meus pais, mais isso não importa.
Max ficou em silêncio o tempo inteiro, mais o que ele poderia fazer? Nem amigos somos!
_ Obrigada. _ digo já no portão da minha casa.
_ Se você precisar pode contar comigo. _ ele diz parecendo sincero.
_ Não vou, mais obrigada mesmo assim. _ digo o deixando para traz.
***
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Foi Apenas Um Sonho
Fiksi RemajaSofia era uma jovem de 17 anos, linda, popular, mimada e rodeada de amor por seus pais, seus "amigos", seu namorado. Mas em um dia qualquer Sofia vê sua vida mudar por completo, de uma forma ruim. Ela começa a perder tudo que tinha e o que mais am...