Capítulo 30

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_ Você enlouqueceu?!

_ Não custa tentar.

_ Não Sofia, você não vai pedir a ajuda de Lucas! Depois dele ter te traído, te largado, te humilhado, e quase ter...

_ Ok, Max, pensando melhor realmente é uma péssima idéia! só quê eu estou desesperada! Eu não posso reprovar! Isso vai me atrasar muito!

_ Você não vai reprovar._ Max me abraça me confortando. _Eu vou dar um jeito.

Depois de ter tido aquela idéia ridícula de pedir para Lucas me ajudar - realmente foi uma das piores que já tive - tentei estudar um pouco, longe de Max é claro, só que não teve muito resultado também. Não sabia o que estava acontecendo comigo, só que nada entrava na minha cabeça, absolutamente nada!

Virei a noite toda estudando química, sim, logo minhas primeiras provas seriam química e eu não podia facilitar, então tomei um banho e um café antes de todo o mundo. Meu coração estava apertado de não poder ir para a escola com Max, claro que ele me impediria de ir tão cedo, então era o único jeito, assim eu teria mais tempo de estudar e ninguém me desconcentraria. Deixei um bilhete para ele explicando tudo do meu lado da cama antes de sair.

Cheguei a escola bem cedo, ela ainda estava fechada, então sentei de baixo de uma grande árvore que ficava no gramado. Eu adorava aquele lugar.

Quando a escola foi aberta fui direto para minha sala, e esperei o professor e todos os alunos chegarem.

A prova não estava difícil, graças ao meu santo poderoso a noite perdida tinha valido a pena. Quando saí da sala já estava na hora de ir embora. Não havia visto Max na quela manhã porque como ele não estava de recuperação, ele não ficou na mesma sala que eu, infelizmente.

Fui direto para loja, onde também não vi Max, eu fiquei um pouco preocupada porque ele sempre ficava na loja comigo, mas só quando eu cheguei em casa, vi o que me aguardava.

***

_ Quem é ele? _ pergunto a um Max sorridente.

_ Esse é o Antônio. Eu o contratei para lhe dar aulas particulares depois do seu expediente.

Lanço um sorriso amarelo para o cara baixinho e rechonchudo sentado na mesa de jantar e arrasto Max para a cozinha.

_ Porque você fez isso?! _ pergunto um pouco irritada.

_ Sofia, me escuta, eu vi você virando a noite para estudar e me senti um inútil sem poder te ajudar, então por favor, não briga comigo.

_ Eu não sei. _ na verdade eu sabia que devera aceitar essas aulas, eu precisava e teria que deixar meu orgulho de lado por um bem maior.

_ Por favor!

_ Ok Max! Porem eu vou pagar as aulas.

_ Vai adiantar eu tentar te convencer do contrário? _ pergunta fazendo biquinho.

_ Não!

As aulas até que foram interessantes, na medida do possível. O professor Antônio me ajudou muito, e respondeu todas as minhas dúvidas.

Já era bem tarde quando ele foi embora, com a intenção de retornar no dia seguinte.

_ Eu vou subir, tomar um banho e estudar mais um pouco.

_ Sofia, posso te perguntar uma coisa?

_ Claro. _ respondo bocejando.

_ você comeu hoje?

Demorei um pouco pra processar a pergunta, e me recordei que eu mal havia comido o dia inteiro, e era por isso que eu estava me sentindo tão fraca.

_ Venha aqui meu amor. _ Max me envolve em seus braços. _ Vou preparar uma coisa deliciosa para você comer, depois vamos ficar agarradinhos até você adormecer e esquecer um pouco da escola...

_ Eu não vou relaxar se você ficar agarradinho em mim. _ digo rindo. _ Mais eu topo.

Depois de um jantar maravilhoso que ele havia preparado para mim, consegui dormir tranqüilamente sem grandes preocupações, pena que aquilo não duraria para sempre.

Acordei cedo novamente na quele dia, e novamente a prova estava fácil para mim, até que tava levando jeito pra coisa.

A semana se passou daquele jeito. De Manhã prova, a tarde trabalho e a noite aulas particulares, e um Max prestativo me mimando. Nem estava reparando no tempo, estava passando tudo muito rápido, e na quela noite de sábado, depois de ter chegado do trabalho totalmente esgotada, também por causa da semana corrida, tomei um grande susto com a surpresa que me aguardava.

***

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