Obs: Hm Oi? ~ mostrando a cara pela fresta da porta ~ Eu demorei anos dessa vez, não sei o que tem de errado comigo. Eu acho que até a hora de escrever esse capítulo, a ficha que a Tay havia morrido, não tinha caído. E eu, assim como vocês, adorava a pequena. Bom, esse capítulo é necessário graças ao cap anterior, e eu admito que chorei nesse. Mas espero que gostem...
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Sempre me perguntei porque em funerais todos vão vestidos de preto, e porque sempre chove, principalmente nos filmes. Quando eu era uma criança, minha mama dizia que o preto significava a tristeza de perder alguém, e a chuva significava que a natureza também estava triste pela morte daquela pessoa. Então, naquela manhã, eu vesti um dos meus poucos vestidos, preto, solto, com uma bota da mesma cor, e amarrando meus cabelos em um rabo de cavalo. Porque se o preto simbolizava a tristeza de perder alguém, eu deveria vestir isso, porque, definitivamente, eu estava triste. E quando eu olhei para o céu pela janela do meu quarto, não fiquei surpresa ao ver a chuva fraca caindo. Uma garotinha de 10 anos havia morrido, a natureza não poderia estar bem com isso.
Ninguém estava bem com isso.
Eu ainda sentia meu coração apertar sempre que lembrava do rosto de Lauren ao ouvir as palavras do doutor. Ela havia se desesperado, gritado, chorado, e se eu não a tivesse segurado, ela havia agredido aquele doutor e até mesmo seu pai, a quem ela estava culpando pela morte da irmã caçula. Aquela noite, há apenas um dia atrás, foi difícil, foi extremamente difícil fazer Lauren dormir, e eu fiquei com ela a noite toda, porém, mesmo assim, ela sempre acordava chamando pela irmã. Chris não estava diferente, praticamente inconsolável, assim como sua mãe. Michael, superando todas as expectativas, apenas gritou um pouco com os médicos, chegou a tentar culpar Lucy, mas no fim, colocou toda a culpa em seus ombros, não falando com mais ninguém.
Eu havia deixado Lauren dormindo ontem pela manhã, para voltar para casa, onde era Sofia quem não conseguia entender e aceitar que sua melhor amiga havia partido. E novamente, foi difícil olhar nos olhos da minha irmã caçula e repetir as palavras que minhas mães já haviam dito, Taylor não iria voltar. Sofia não parou de chorar, até dormir, fazendo com que minhas mães e eu nos revezassemos caso ela acordasse durante a noite. E eu vi, por vezes, Lucy e Vero limpando as lágrimas pelos cantos da casa.
E, por fim, durante a madrugada, eu me permiti chorar, tirando todo o peso dos meus ombros, tentando entender a ideia que Taylor morreu, que nunca mais veríamos aquele sorriso contagiante daquela garotinha. Meu relacionamento com Lauren e a amizade de Sofia e Taylor fez com que eu a tivesse quase como minha própria irmã caçula, adorando sempre que ela sorria e me chamava de "Tia Camila", era difícil aceitar o fato que eu não veria isso, nunca mais.
Se eu estava daquela maneira, chorando alto, soluçando, me perguntava como Lauren estava, já que ela não atendeu minhas chamadas e nem respondeu minhas mensagens durante todo o dia de ontem, e hoje eu a veria durante o funeral.
- Kaki? - Ouvi a voz fraca de minha irmã caçula e suspirei um pouco, olhando o céu nublado uma última vez antes de me virar, vendo minha irmã.
Os olhinhos vermelhos, assim como o nariz, a cara triste e até um pouco assustada. O vestido preto quase como o meu, os cabelos soltos e longos e a pulseira de amizade que ela costumava dividir com Taylor. Eu sentia meu peito doer ao ver isso, e mais ainda ao imaginar se fosse ela ao invés de Taylor, eu sabia que não iria suportar, eu mal conseguia suportar a mínima ideia de não ter Sofi em minha vida, e é por isso que eu dava um certo espaço para Lauren, tentando compreender a dor dela.
- Oi meu amor - me abaixei, abrindo os braços, recebendo de bom grado o corpo da minha irmã, não tão mais pequena.
- Mamães me disseram algumas coisas - Sofia sussurrou, enquanto eu me afastava dela e ia até minha cama, me sentando de frente para ela - Elas disseram que eu vou ver Taylor, mas ela estará dormindo.
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I Know What I Know (Camren)
Fanfic*COMPLETA* Camila Cabello, 16 anos e filha mais velha de Verônica Iglesias Cabello e Lucy Iglesias Vives, fruto de uma fertilização feita pelas mães. Lauren Jauregui, também 16 anos, filha de Michael Jauregui e Clara Jauregui, criada numa família c...