Prólogo

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Notas Inicias:

Olá pessoal!! Estou aqui trazendo uma estória minha para vocês e espero que gostem. 
Ah, tem uma coisinha nas notas finais para vocês, então até lá em baixo.
Não vou me prolongar muito, vamos ao que interessa.

Boa Leitura!


1893 · Oxford, Inglaterra

     Os primeiros raios de sol passaram por entre a grande janela aberta à minha esquerda juntamente com o ar frio e alguns flocos de neve da manhã. Tenho que admitir, a sensação é maravilhosa. Poder sentir o vento no rosto e o ardor do sol esquentando minha pele. Suponho que isso seja algo comum para você, mas não para mim. Foram mais ou menos vinte anos atrás quando meu Mestre enviou-me para a terra. E aqui estou eu, sentado em uma cadeira na minha humilde casa, enquanto olho algumas cartas antigas.
Demorou alguns anos para que eu pudesse me acostumar com o jeito humano de viver, mas tudo ocorreu bem.

Oh desculpe-me! Onde estão meus bons modos? Permita-me que me apresente.

Chamo-me Ariel. Anjo Ariel na verdade.

No entanto, não se sinta na obrigação de se referir a mim dessa maneira, já que possuo forma humana agora. Assim sendo, não me prolongarei muito em apresentações. Você conhecerá mais de mim com o tempo.

Estou aqui para contar-lhe sobre o que aconteceu há dezenove anos. E o porquê de eu ainda estar aqui.
É só uma pequena história, na verdade, sobre:
Três famílias distintas
Dois bebês
Um acidente
E uma porção de segredos.

Confesso que já presenciei muitos acontecimentos interessantes ao longo de minha jornada aqui, mas nenhum me intrigou tanto quanto este. Sim. Lembro-me com frequência dessas pessoas. E elas não tiveram seus destinos cruzados por coincidência.

Aqui está ela. Uma dentre várias. O segredo da realeza.
Se quiser, venha comigo. Vou lhe contar uma história. Vou lhe mostrar uma coisa.

***

Palácio dos Wooldridge, Oxford · 1874.

Era fim de tarde e se você olhasse em direção ao leste, poderia ver o sol se pondo bem ali por trás das grandes colinas, dando ao céu um tom alaranjado. Embora fosse a última semana de março, algumas amostras de neve ainda derretiam sobre o jardim que enfeitava a frente do palácio, formando algumas poças de água.

O vento fustigava os cabelos das duas mulheres que ali estavam.

– Como pôde deixar isso acontecer? – indagou Sinuhe Cabello, a Marquesa de Oxfordshire, enquanto colocava um torrão de açúcar no seu chá.

– Os pais dele morreram, não tive escolha, Sinu. Mas o garoto não me dará trabalho. Arrumarei alguém para tomar conta dele.

– Suponho que ninguém poderá saber que a Duquesa anda escondendo um filho de alemães no casarão – provocou a Marquesa.

– Certamente que não. Seria um escândalo.

– E quanto a...

– Boas tardes! – disse um homem alto que surgiu ao lado da mesa. Sua aparência era tão elegante, digna de um Duque.

– Barrie!

O homem depositou um beijo no topo da cabeça de sua esposa. O Duque de Windsor só havia passado para lhe dizer que precisaria se ausentar por algumas horas.

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