A Dona do Laço Cor de Rosa

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Notas Iniciais: Quanto tempo, não é? Já vou começar pedindo mil desculpas pela demora, mas eu não desisti da estória não viu hehe foi só o tempo mesmo pra continuar escrevendo, buut, tive muita ajuda e consegui finaliza-lo hehe

Boa leitura!



     Faz-se uma bela manhã e uma leve brisa vinda do leste da cidade. O céu em seu tom ainda um tanto quanto escuro é cortado por alguns raios do sol que escapam por entre as nuvens. A cidade permanecia silenciosa, pelo menos até o momento em que os homens da Coroa chegaram montados em seus cavalos com suas vestes vermelhas, chapéus enormes e lanças afiadas, cavalgando por entre as ruas de pedra.

Era dia de cobrar impostos.

Os soldados sempre chegavam antes do nascer do sol para dar tempo de fazer os preparativos para receber os impostos e dar tempo de passar em outras aldeias.
Frédéric, o comandante, esperava que ninguém tivesse "esquecido" a data do pagamento desta vez, ele odiaria ter de mandar para a prisão uma senhora de idade por não pagar os impostos na quantia certa.

– Foram três da última vez – disse Frédéric para o companheiro a seu lado enquanto os dois cavalgavam até o local destinado – Mas acredito que dessa vez as coisas serão diferentes. Houve cartazes colados em todos os muros da cidade, duvido que não tenham visto – assegurou o comandante.

E de fato, haviam sido colados imensos cartazes informando a data e local da cobrança dos impostos. Embora, em muitos muros, o enorme papel avisando-lhes de tal obrigação, dividia espaço com o rosto de um casal estampado em um pedaço de pergaminho. O que acabou causando certa curiosidade entre as pessoas da pequena cidade, fazendo cada um ter sua própria especulação sobre quem seria aquele casal e o porquê de serem procurados pela nobreza.

Os Bennett's, donos da padaria da cidade, achavam que, eles seriam algum tipo de meliantes que tentaram roubar no palácio dos Duques. A Sra. Campbell, mulher de um pescador, arriscava-se a dizer que eram cruéis assassinos. Que tentaram algo terrível contra a família nobre. No entanto, seu marido, achava que o casal não tinha cara de assassinos.
E havia aqueles que simplesmente preferiam não achar nada. Para eles, pouco importava quem eram ou o que haviam feito, contanto que esse tal casal não cruzasse seus caminhos.

Com o sol de fora e a névoa já se dissipando, Lauren acordou espontaneamente, sem despertador, sem barulho. A sensação de ter dormido tudo que tinha para dormir era revigorante.
A jovem levantou-se em um pulo da cama para sentar-se no banco acolchoado de sua penteadeira. Sem sequer esperar, a mesma pegou a pena posta sobre a mesa e melou sua ponta no tinteiro já aberto. Após pegar o papel tornara a fazer isso várias vezes enquanto escrevia sua breve carta para quem ansiava tanto rever.

Finalizou-a e a releu para ter certeza que o motivo pelo qual queria revê-la novamente estava claro o suficiente.
Terminada a carta para Camila, ela resolveu escrever outra, desta vez, para suas amigas Ally e Dinah. Depois de já prontas as três cartas, escritas com entusiasmo e certa urgência, foram colocadas dentro dos envelopes separados e guardados dentro de suas vestes de dormir.

Ela descera as escadas ligeiramente, fazendo a borda de sua camisola deslizar-se pelos degraus, indo em direção à cozinha, à procura da governanta.

E fora lá mesmo que ela a encontrara.

– Bom dia! – disse a mais jovem em um tom alegre quando se aproximou.

A senhora estava de costas conversando com uma das cozinheiras e logo virara para responder-lhe com um sorriso acolhedor no rosto.

– Oh! Bom dia, querida! – Debbie olhou novamente para a cozinheira e lhe disse: "Gema, falarei com você em um instante, pode voltar ao seu trabalho".

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