A Vila dos Desconhecidos II

2K 227 24
                                    

Notas Iniciais: Haloo pessoas!! Como vão? 

Vamos a mais um capítulo? Então vejo vocês lá em baixo pessoal.

Boa leitura!!


   – Como o senhor soube que eu estava aqui? – Camila perguntou curiosa enquanto bebia um pouco de hidromel.

Depois que se encontraram na rua, Ariel a convidou para que entrassem na taverna e pudessem conversar melhor, afinal, a chuva não cessara e fazia um frio quase insuportável.

O homem havia lhe arrumado um cobertor com o dono do estabelecimento, e agora o objeto a aquecia juntamente com o álcool que fluía mais uma vez por seu corpo.

Os dois estavam sentados em bancos de frente a um varão que servia as bebidas e próximos a algumas pessoas inquietas que conversavam aos cochichos, com pressa, como se estivessem preocupados demais com algo. E Camila não pôde deixar de notar os olhares estranhos sobre ela e seu acompanhante. Por um instante teve uma leve impressão de que eles não eram bem vindos ali.

– Na verdade eu não fazia ideia de que estarias por aqui senhorita. Porém, as coisas só acontecem por uma razão, não é mesmo? – disse ele enquanto adoçava seu café.

Camila concordou, mas ainda assim não entendia o motivo daquele homem estar naquela vila completamente desconhecida, pelo menos por ela.

Do lado de fora a tempestade não dava trégua, trovoadas fortes podiam ser ouvidas e os clarões que rasgavam o céu, iluminavam os interiores escuros do recinto, o que acabava tornando o clima naquela taverna ainda mais esquisito.

A jovem conversou com o homem por alguns minutos sobre como havia chegado até aquela vila, fazendo com que o mesmo repetisse mais uma vez que os dois tinham se encontrado por alguma razão muito forte.

Ela já estava no seu terceiro copo da bebida, e a cada gole sentia-se mais dispersa da conversa.

Seus olhos focaram na imagem atrás de Ariel. Mesmo que sua visão estivesse nebulosa, podia muito bem ver o cartaz colado no fundo da taverna. Era o casal procurado pela realeza mais uma vez. Aquela imagem parecia ainda mais gasta que o normal, o que a fez lembrar da noite em que passara traçando aquelas linhas, tentando ao máximo ser fiel a descrição que recebera.

Será que ela também fazia parte da conspiração contra aquelas pessoas? Seu estômago embrulhou-se e ela sentiu um calafrio percorrer seu espinhaço. Sempre que via aqueles cartazes se questionava se fazê-los fora mesmo correto.

Mas antes que ela pudesse pensar algo a mais sobre isso, o homem lhe chamou a atenção.

– A senhorita está a se sentir bem? – perguntou preocupado.

– Eu... eu estou bem. Apenas senti uma pequena vertigem. – Camila aprumou-se na cadeira. – O que o senhor veio fazer nesta vila?

Ele demorou uns instantes e respondeu logo em seguida. – Bem... como eu lhe disse, estou a procurar umas pessoas.

– Mas que pessoas estás a procurar?

Só depois de fazer a pergunta que Camila percebera que havia elevado um tanto o tom de voz ao dizer a última frase, pois agora os poucos que se faziam presentes na taverna a olhavam com mais estranheza enquanto o silêncio se fez presente.

– Senhorita... peço que não diga isto alto por aqui. Essas pessoas, embora eu saiba que não vão nos fazer nenhum mal, creio que não estejam tão contentes assim de ter dois estranhos em sua vila. – sibilou para que só ela escutasse.

The Royal SecretsOnde histórias criam vida. Descubra agora