Pensei em cada final de capítulo deixar um provérbio japonês, o que acham?
Enfim, como vocês estão? Ah, mais uma coisinha... 2k de leituras genteeeee, assim eu morro. MUITO OBRIGADA, a cada um que votou, comentou, e leu. <333333333
Agora vou deixar vocês lerem o capítulo em paz. Boas vibrações e boa leitura <3
Entrem no grupo oficial da história:
https://www.facebook.com/groups/162906040761365/
********************************************************************************************
Ressaca é uma coisa do diabo.
O cerco de dor na minha cabeça aumentava, ao menor ruído. Como uma vingança pela noite passada. Junte isso ao fato de eu não ter obtido mais que duas horas de sono, e você vai chegar ao resultado final da equação. Minha aparência era semelhante à de um zumbi. Possivelmente pior.
Durante a madrugada Meredith e eu nos revezamos no banheiro. Cada de uma de nós lutando pelo direito de vomitar dentro do vaso sanitário desde o momento que Eoin nos deixou na porta do meu apartamento.
Eoin.
Como se não bastasse todas as suas preocupações com Susan e o bar, ainda teve de nos acrescentar a sua lista.
Chacoalhei a cabeça e empurrei esse pensamento para longe ao ouvir a voz de Mabuchi.
-Entre. - Equilibrei as pastas de documentos em meus braços e girei a fechadura preparando-me mentalmente para a carranca que ele parecia guardar especialmente para mim. Esta manhã, ela estava ainda mais profunda.
-Trouxe o que me pediu - comuniquei. Vacilei quando a luz da janela atingiu em cheio meus olhos sensíveis. O agarre sobre as pastas amoleceu, até que as mesmas espalharam-se pelo chão.
-Merda - praguejei, recolhendo os documentos caídos aos meus pés, deliberadamente evitando contato visual.
Mabuchi suspirou. Alto e longo. Como se eu fosse uma decepção apenas por continuar respirando.
-Eu honestamente não me importo com o que faz fora daqui – ele cuspiu as palavras parecendo irritado e frustrado. - Mas a partir do momento em que pisa dentro da minha empresa, é seu dever estar cem por cento apta a fazer seu trabalho.
Seus olhos me fitaram com indiferença, e desdém como se eu fosse um presente de Natal que não merecia ser aberto.
Coloquei as pastas em cima da mesa e assenti matando suas palavras no osso do peito. Minhas mãos tremiam de raiva. Raiva de mim mesma por ele ter razão.
Balancei a cabeça duramente, e sustentei seu olhar de censura lutando para não vacilar outra vez.
-Tem toda razão senhor. Desculpe.
Seus lábios foram para cima em um sorriso frio, o que de alguma forma só serviu para intensificar ainda mais sua carranca.
- Não constate o obvio. Pode se retirar.
Assenti novamente embora sua atenção já estivesse nas pastas colocadas em sua frente.
Na segurança da minha mente gemi afundando a cabeça nas mãos.
A pior parte? Bastardo arrogante tinha toda a maldita razão. Além de parecer uma morta-viva, meus pensamentos iam de tempo em tempo para Susan deixando-me emotiva e fora de controle. Eu não estava no meu melhor hoje, todavia tamanha grosseria não era necessária.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Era Pra Ser Você
ChickLitJasmim Sanclair é uma estudante de design fazendo intercâmbio em Nova York. Depois de ser assediada pelo antigo chefe, perder o emprego, ser barrada nas aulas e quase não ter mais um lugar para morar ela já deveria saber que nada seria fácil em sua...