Sweet Flavors e sundaes deliciosos

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Como pedido de desculpas pelo atraso da semana passada escrevi um capítulo gigante procês. AMO O CHASE E VOU DEFENDÊ-LO. <3

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Chase tinha um sorriso tão iluminado que você pensaria que ele ganhou na loteria e não uma simples rodada de bebidas grátis. Eu ri sem jeito e nem um pouco surpresa com a minha falta de sorte. Se houve algo fiel e que nunca me abandonou em todos esses anos foi ela.

– Você trapaceou não foi? – guardei a moeda de volta na bolsa e ergui a sobrancelha para ele. Era besteira gastar saliva com isso, mas só então percebi como minha ideia foi boba, porque eu tinha basicamente meu passe do metrô na bolsa e dez dólares.

– Como se trapaceia no cara ou coroa, gênia?

– Você é quem tem que me dizer! – desafiei rindo. Era patético, eu sei, mas achei que me sairia bem e ganharia sorvete de graça.

Dei de ombros sorrindo e continuei.

– Certo, tenho uma proposta – joguei minha bolsa por cima do ombro e suspirei. – O que tenho de dinheiro na bolsa não dá nem pra passar pela porta de um bar. Que tal deixarmos isso para outra hora?

Para qualquer olhar desatento, Chase pareceria indiferente, mas para mim ele parecia quase desapontado.

– Quanto você tem?

– Doze dólares – revelei o valor na minha bolsa. – Acho que vai ter que beber sozinho esta noite, companheiro.

Ele pareceu considerar o que eu falei por alguns segundos até que estalou os lábios, como se achasse uma solução.

– Abasteci a geladeira recentemente, podemos ir para minha casa, se quiser.

Meu sorriso vacilou, ficando tenso no meu rosto. Franzi as sobrancelhas. Oh não, pensei. Talvez Chase fizesse o tipo babaca. Toda a minha vontade de passar tempo com ele azedou. Acho que isso ficou nítido demais, pois ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

– O que vou dizer – começou com calma – vai soar meio babaca, e talvez meia dúzia de caras possam ter dito isso antes, mas não tenho segundas intenções e, ao contrário deles, realmente não tenho quaisquer outras intenções.

Abri a boca para falar, ao passo que ele acrescentou:

– E você não faz meu tipo. – Ergui as sobrancelhas novamente, vacilando com suas palavras. Ele suspirou. – Isso soou rude? Não foi minha intenção. Juro.

Deus, eu estava sendo ingênua em acreditar? Ele parecia sincero demais para um mentiroso. Lembrei-me do meu pai e dos seus conselhos sobre homens.

Homens mentem tão bem que eles mesmos acreditam em suas mentiras.

Observei Chase por longas batidas desconfortáveis, decidindo o que fazer. Era só uma bebida, certo? O que podia dar errado?

Muita coisa se tratando de mim.

Eu sabia que deveria decidir logo, porque estava parecendo uma louca encarando-o fixamente. Inquieta, sem sair do lugar, me remexi. Santo Deus! Minha mente estava dando um nó. E se ele tentasse algo? Não seria o primeiro a usar um sorriso doce para persuadir alguém. O estranho é que minha intuição dizia que ele era outro tipo de cara.

Era Pra Ser VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora