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JASMIM (continuação da cena do capítulo anterior)
– Como se sente? – eu perguntei, olhando-o nos olhos, antes de desviar meu olhar para a parede do quarto. Era uma pergunta boba, mas foi a que consegui fazer. Sendo honesta, depois de falar com minhas duas amigas ávidas por detalhes, muitas perguntas passaram pela minha mente, mas não sei se teria coragem de pronunciá-las em voz alta.
Mabuchi sorriu.
– Estou bem! Tive uma noite maravilhosa!
Meu olhar aqueceu com sua resposta e meu coração se acelerou quando ele se aproximou de mim. Agora que eu sabia como era seu toque, meu corpo me traía querendo mais. Contra minha vontade meu olhar parou em seu abdômen e foi descendo pelo seu corpo e, meu Deus, ele estava pelado!
Quase engasguei, o que era uma tolice, tendo em vista que tínhamos feito bem mais do que nos vermos pelados.
– Eu preciso tomar banho, para ir ao café da manhã com os representantes – ele disse, tocando com o polegar minha bochecha esquerda. – Mas tudo que eu sei, é que você está linda nesse roupão – ele sorriu de forma maliciosa – e eu quero muito lhe beijar.
Limpei a garganta, mas nenhuma palavra coerente saiu.
Eu quero muito lhe beijar.
Repeti as palavras na minha cabeça saboreando a sensação que me causavam.
E eu queria muito que ele me beijasse.
Era um jogo perigoso esse que estávamos jogando. Nós dois sabíamos das consequências, mas não queríamos pensar nelas naquele momento. Desejando aproveitar cada segundo, inclinei a cabeça para o lado retribuindo seu sorriso malicioso e ergui a sobrancelha.
– Prove! – minha voz soou intencionalmente rouca. Provocante.
Foi todo incentivo que Mabuchi precisou antes de me puxar contra si e me beijar.
Meu telefone tocou e nós dois ignoramos a chamada na esperança de que parasse de tocar. Mas o toque insistente continuou e foi com um gemido frustrado que me afastei de seus lábios para atender.
Era minha mãe.
Qualquer clima de paquera, ou algo mais, se dissipou quando atendi. O medo de que minha avó pudesse ter piorado veio com tudo, mais uma vez.
– Mãe? O que houve? – indaguei antes que ela sequer pudesse dizer alô
– Calma! – ela me tranquilizou baixinho. – As coisas continuam iguais.
Soltei o ar e pelo canto do olho fitei Mabuchi que me observava.
– Vou tomar banho – ele sussurrou, provavelmente para me dar privacidade.
Pelos minutos seguintes nós duas conversamos sobre o estado de saúde da minha avó.
– Ela nunca foi presente – comentei, antes que eu pudesse me deter. Minha mãe melhor do que ninguém sabia. – Mas não gosto da ideia dela estar doente.
– Eu sei. Realmente sei disso – minha mãe concordou em um tom choroso, para então desviar de assunto. – O que tem animado a mim e ao teu pai é saber que em breve você estará em casa.
Sem saber direito o porquê, meus olhos se encheram d'agua e com horror percebi que estava prestes a chorar.
Funguei ruidosamente. As últimas vinte quatro horas tinham sido intensas.
– Mãe... - iniciei, mas me calei em seguida.
Ouvi o chuveiro sendo fechado e murmurei um eu te amo, despedindo-me de minha mãe antes de desligar.
Enquanto Mabuchi se vestia e se aprontava para o café, tomei uma decisão. Falaria para ele naquele dia mesmo sobre minha volta para o Brasil. O pensamento me causou náuseas. Até à noite anterior teria sido fácil. Rapidamente decidi que contaria para ele no avião, quando estivéssemos voltando para Nova York.
Eu iria embora em breve, disse mentalmente com um sentimento estranho afundando dentro de mim. Logo não seríamos mais chefe e secretária, então qual o problema em deixar, o que quer que estivesse acontecendo, acontecer?
Olhei para Mabuchi que ajeitava a gravata em frente ao espelho e sorri. Eu já havia penteado meus cabelos, mas ainda estava com meu roupão firmemente amarrado ao redor da minha cintura. Uma parte estranha minha se sentia mais à vontade em trocar de roupa quando ele saísse para o café. Rolei meus olhos percebendo que era uma bobagem, pois ele já tinha me visto nua.
Resignada desamarrei o roupão e o larguei no chão. Os movimentos de Mabuchi pararam quando me viu caminhando apenas de lingerie até ele. Pisquei meus cílios inocentemente e esfreguei meu corpo de leve no dele quando peguei o hidratante na penteadeira.
Por um segundo, sua boca entreabriu enquanto me fitava. Senti-me absolutamente poderosa e sem qualquer pudor pela primeira vez desde que tínhamos nos conhecido. Se tudo desse errado, eu estaria voltando para o Brasil em poucas semanas e, se tudo desse certo, eu teria muitos carinhos para lembrar nas noites frias de Pelotas.
Entreguei o hidratante para ele ainda sorrindo de forma inocente.
– Sei que não gosta de atrasos – fiquei na ponta dos pés e ajeitei sua gravata que estava um pouco torta. – Mas pode me ajudar, passando hidratante nas minhas costas?
– E o que eu vou ganhar com isso? – Mabuchi perguntou, parecendo estar adorando a brincadeira.
Dei de ombros com um meio sorriso.
– O que você quer como recompensa?
– Você...
Seus olhos faiscaram enquanto tirava seu terno e o jogava numa cadeira próxima a nós.
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Era Pra Ser Você
ChickLitJasmim Sanclair é uma estudante de design fazendo intercâmbio em Nova York. Depois de ser assediada pelo antigo chefe, perder o emprego, ser barrada nas aulas e quase não ter mais um lugar para morar ela já deveria saber que nada seria fácil em sua...