Edgard espera dentro do quarto do hospital, em seus 40 anos como occisor nunca tinha visto algo como aquilo.
A encontrou no chão do quarto de pedra, numa poça vermelha. Uma cena desoladora.
Fez os primeiros socorros e chamou a equipe do hospital, disseram que que sua ação rápida foi decisiva. Mais alguns minutos e talvez não pudessem salvá-la, havia perdido muito sangue.
O medico entra, olha a paciente no leito, examina o soro e os remédios que estão sendo administrados. Em qualquer hospital seriam feitos perguntas, mas não ali.
Era um Hospital a serviço da Ordem Negra, tinham acesso a remédios e tratamentos ainda não liberados para o resto do mundo, muitos ainda em pesquisa. Eles eram discretos, precisavam ser.
_ Senhor, ela está bem. Pode comer ir algo, está a mais de 12 horas ai sentado. Fora o tempo que ela ficou na UTI.
_ Esse é o meu trabalho.
_ Serio, pode ir, se ela acordar, avisamos você.
Edgard aponta com o dedo, Cecilia está acordando. Abre os olhos devagar.
_ Aonde estou?
O Médico se apressou em responder.
_ No Hospital. lembra de como chegou até aqui, do que houve?
Cecilia acena com a cabeça, não se lembra de tudo, mas pode imaginar o que a memoria insiste em esquecer.
_ Lembra seu nome?
Ela olha para o jovem médico, vê o crachá dele.
_ Lembro.
_ Pode me dizer.
_ Não.
_ Preciso avaliar sua consciência!
_ Chame o seu superior.
Edgard interrompe o medico, que ia falar alguma coisa e fala diretamente para a Imperatrix:
_ Senhora, não acho boa ideia. Ele cuidou do seu caso até agora, a senhora sabe...
Cecilia suspira e recosta-se na cama, imagina que não seria bom se muita gente soubesse a natureza dos seus ferimentos.
_ Eu preciso fazer perguntas, como eu disse, avaliar sua consciência.
_ Não vou poder responder a maioria.
_ Eu vi sua ficha, e eu...
_ Ele teve acesso a minha ficha Edgard?
_ Dados criptografados senhora, apenas o necessário.
_ A senhora tem esse tipo de ferimentos sempre.
_ E dai?
_ Nunca foram com essa intensidade, com tamanha violência. Sugiro que consulte uma assistência, talvez auxilio psiquiátrico. Pode ser fruto de alguma desordem, uma patologia mental.
Cecilia olha o medico de cima a baixo, ainda é muito jovem.
Edgard chegou perto do doutor e falou em seu ouvido:
_ Peça perdão agora e a trate de senhora.
_ Eu...
_ Agora.
Ele olha novamente para ela, algo na voz daquele homem o assustava.
Na verdade, ele o assustava. Ele tinha uma presença, uma força, o medico sentia-se na frente de um predador, como se houvesse um tigre na sala, quieto, mas que podia destruí-lo com um movimento.
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Imperatrix
غموض / إثارة"Eu sou aquela que comando os exércitos invisíveis. Sou a que controla o que você vê, ouve e sabe. A que cria decretos que ninguém pode ler. Decretos que você obedece sem saber. Sou aquela a quem as pessoas não se curvam, Mas sou a que tem o mundo s...