Assim que Mariana saiu Nadia se afundou mais ainda na imundicie e na escuridão do banheiro, estava com pena de si mesma, estava acabada.
"Você não pode acabar assim" Uma voz falou dentro da cabeça dela. "Você foi forte por todos aqueles anos, você sobreviveu." De repente, Nadia entendeu, precisava salvar Mariana, precisava sair dali, abriu a porta, um dos homens estava a sua frente, cabelo grande, barba por fazer.
_ Abre as pernas puta !
Nadia riu. um sorrizo que deixou o homem com medo, ela o chutou abaixo da costela, um chute só, ele caiu de dor, ela pegou a carteira dele e as chaves e saiu , os outro estavam acordando mas, ninguem a parou.
Só quando abriu a porta é que lembrou que estava nua e coberta de sujeira dos pés a cabeça, olhou a frente, alguns mendigos dormiam, roubou um cobertor e se enrolou nele, correu pelas ruas, mas não viu Mariana.
"Ela me pediu e não ajudei. Que especie de monstro egoísta eu sou ?"
Pensou no que iria fazer, quem iria procurar, quando viu ao longe o carro de Mariana, cruzando outra rua. Voltou correndo para o sobrado, na frente dele, varias motos estavam paradas, a maioria Harley Davidson. Pegou a do cara de quem tinha roubado a chave, se enrolou com o cobertor, fazendo dele uma especie de vestido improvisado, e foi seguindo Mariana.
Era boa nisso, ficou distante, foi discreta, o máximo de discrição que uma mulher naquele estado poderia ter. Mas não precisava se preocupar, Mariana estava tão distraída com seus pensamentos que nem percebeu que estava sendo seguida.
Quando Mariana parou Nadia seguiu mais a frente, conhecia aquele sitio. Pertencia a Joaquim, um membro importante da ordem, já tinha vindo ali uma vez, só não entrou. Fizeram a escolta de um membro da Ordem Negra que veio visitar Joaquim.
Ela percebeu que Rafael não gostava do dono daquele lugar. Sabia que Martim, irmão da Mariana trabalhava ali. Gostava do Martim, era engraçado e vivia tentando sair com ela. Tinha lhe dado uns beijos uma vez, mas não passaram disso.
Lembrou que mais a frente havia outra entrada, mais escondida, muito bem vigiada, mas havia visto na época um grupo de moradores de rua perto dessa entrada.
Nadia parou a moto distante, e foi até a segunda entrada, mas foi cambaleando, como se estivesse bêbada. Os homens a viram, dois deles se posicionaram no portão, próximo a ela. haviam mais quatro, um estava num local mais alto, como uma guarita, em cima do muros, os outros três estavam distantes, andavam pela propriedade.
_ Sai daqui ! Você não pode ficar aqui.
O homem que falou isso era careca, muito forte, usava terno como os outros, estava com uma pistola na cintura, uma automática, nove tiros.
_ Estou com fome.
_ Não temos comida para você. Vai embora.
Nadia soltou o cobertor, se deixou ver nua. estava perto deles, mas o portão de grade os separava, era alto.
_ Eu não vou comer você ! Não achei meu pinto no lixo vagabunda, fora daqui !
_ Calma cara, não fala assim com ela. A moça está com fome.
O rapaz que falou isso também tinha uma pistola, estava de óculos escuros, um terno igual que parecia ser o uniforme deles. chegou perto de Nadia, ainda atrás do portão e disse :

VOCÊ ESTÁ LENDO
Imperatrix
Mystery / Thriller"Eu sou aquela que comando os exércitos invisíveis. Sou a que controla o que você vê, ouve e sabe. A que cria decretos que ninguém pode ler. Decretos que você obedece sem saber. Sou aquela a quem as pessoas não se curvam, Mas sou a que tem o mundo s...