Prisioneira

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"_Se não conseguir da primeira, continue tentando, Regly. Eu desisti na primeira tentativa, me dei por vencido?"

"_ O que você tem de se perguntar é que é preciso pra tirar alguém do poder. A resposta é Traição."

"_ Se exite uma coisa certa nesse mundo, algo que  você pode contar é que, não importa quem você seja, sempre vai haver alguém disposto a te trair Regly"

_ Senhor Pascoal?

_ Eu sei, pode mandar ela entrar.

O homem sai, deixa Pascoal sozinho com suas lembranças e pensamentos.

Ele olha em volta de sua sala, um local sem janelas, apenas grandes telas planas, simulando paisagens em movimento. Ideia de Ieva.

"Eu fui um bom pai, e você foi uma excelente filha. Um dia vou te fazer uma visita surpresa, e vamos rir disso tudo Ieva, não, Ieva morreu. Annika, vou me acostumar a te chamar assim."

Ele levanta e anda pela sala.

Perdeu a noção do tempo, não sabe mais a quantos dias está nessa sala, meses ele acha. Sobe somente uma vez ao dia, cercado de seguranças, apenas para tomar um pouco de sol.

Nunca a mesma hora, a decisão é dele, a hora que quer, avisa seus seguranças, todos tem de estar prontos.

  Mesmo assim, toma sol através e um vidro a prova de balas, fixado no chão, pois ele está nos subterrâneos. Ele é o senhor do castelo, nesse caso, literalmente.  

"Uma filha, um castelo e uma traição. Esse foi o preço que eu paguei."

Ter comprado esse castelo foi o melhor que fez, é praticamente impenetrável, no alto de um penhasco, o mar de um lado, apenas uma estrada até a praia embaixo, apenas uma estrada para a cidade, o resto do campo, minado, os subterrâneos adaptados para o conforto moderno.

Mas, no fundo, sabe que, por mais bonito e cheio de conforto, o local é apenas uma prisão. 

Os subterrâneos eram masmorras, continuam sendo. Está preso. 

"O pior foi ficar preso, preso aqui vendo a cretina ganhar força. Mas as coisas viraram agora senhora Imperatrix, eu vou rir por ultimo."

Finalmente conseguiu sua liberdade, as custas de Nadia e de um sósia bem pago.

"Como era o nome dele mesmo? Vou dar uma bela indenização pra família. Valeu cada centavo"

A porta se abre, uma bela mulher, entra pela sala e o cumprimenta.

_ Camila.

_ É um prazer reencontrá-lo, Sr. Pascoal.

_ Isso você ainda não sabe. Tenho o costume de não ser muito gentil com o mensageiro.

Camila sorri, um sorriso nervoso, rápido.

_ Mas, não se preocupe, acho que vou ouvir boas novas de você.

_ Sinto muito Sr. Pascal, mas acho que não tenho boas noticias.

Pascal apenas sorri.

_ Eu sei, a Imperatrix deve ter dito que a maluca tatuada ainda não respondeu se desistiu da vingança.

_ Ela disse que se comprometeu a dar três meses para Nadia antes de receber uma resposta definitiva. Esses três meses ainda não passaram. A Imperatrix não tem contato com Nadia desde que pediu que ela desistisse da vingança Sr.Pascal.

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