Na toca do Lobo

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"_Beatriz, estou falando como medico e como alguém que convive com essas pessoas, toda essa capa de civilidade, de educação, de bondade, tudo isso cai quando eles ficam sozinhos com as vitimas."

"_Eles mostram quem são, as vitimas passam a ser menos que nada."

"_Como alguém pode ser menos que nada Claudio?"

"_Se você se colocar nas mãos do Cordial, vai descobrir."


Cordial toma sua bebida sem pressa, observando Bia desacordada.

Levanta-se com calma quando percebe que ela está dando os primeiros sinais que vai recobrar os sentidos.

Tira uma seringa do bolso e injeta no braço dela.

_ Agora você realmente é minha.

Leva Bia para o banheiro. A casa tem um grande banheiro, com banheira.

Cordial coloca Beatriz deitada no chão, tira o casaco dela, e a camisa. Depois lhe tira o sutiã.

Tira os sapatos, e suas meias.

Com uma expressão de felicidade, abre o cinto de Bia, desabotoa sua calça, abre o zíper e tira o jeans que ela usava.

Depois lhe tira a calcinha.

Dobra todas as roupas de Bia e as coloca em um armário.

pega um tubo de plastico fino, e o cobre com vaselina.

Abre as pernas de Bia, com a mão esquerda abre os lábios de sua vagina. 

Insere o tubo, devagar.

Aos poucos a urina que Bia ainda tem na bexiga flui para um saco na outra ponta do tubo.

Quando a urina acaba, recolhe o tubo.

Vira Bia de bruços. e Vai ao armário do banheiro.

 Traz uma enorme seringa e enfia a ponta plastica dentro dela. Injeta e retira água de seu reto até que ela volte limpa.

_ Agora que está limpa por dentro, vamos limpar por fora.

Levanta Bia e a coloca na Banheira.

Abre a sua boca, escova os seus dentes, passa o fio dental, dente a dente.

_ Eu fazia uma lavagem no estomago, mas é perigoso com alguém desacordado. Não vou me arriscar com você Bia.

Liga o chuveiro e lava seus cabelos, depois seu corpo, se demora nos seios, em suas coxas, alisa seu sexo. Um banho sem pressa, demorado, Cordial aproveita cada momento.

Enxuga Bia, que ainda está completamente desacordada e a leva até seu quarto, deita-lhe na cama.

Tira toda a roupa e  se deita ao seu lado.

Se abraça com ela, em concha, fica lhe cheirando os cabelos lavados.

Cobre os dois com uma colcha de casal, e fica assim por muito tempo, as vezes cheira os cabelos de Bia, as vezes acaricia seu corpo.

Ele não dorme, mas parece que está descansando enquanto observa e acaricia a menina desacordada.

Horas depois se levanta, vai aos armários e escolhe um vestido para Bia. Um vestido de festa, mas não um muito longo, afinal, Beatriz pode usar algo mais curto, tem apenas dezessete anos!

Coloca-lhe um sutiã rendado, lindo, bem trabalhado.

Resiste em lhe por uma calcinha, antes disso, beija seu clítoris, mas se controla e põe a calcinha em Bia.

Veste Bia com carinho, como alguém brincando com sua preferida boneca. Faz uma maquiagem e arruma seu cabelo.

Põe em seus braços e pernas algemas de couro, algemas fortes, algemas de hospitais psiquiátricos.

Leva Bia até outro quarto, aonde está uma mesa de centro de madeira, uma mesa antiga, solida, muito pesada e com pernas grossas.

Coloca alguns travesseiros sobre a mesa de centro e deita Bia de bruços nela, prendendo as algemas nas pernas da mesa.

Quando acordar Bia estará imóvel e a sua mercê.

Poderá fazer dela o que quiser.

Uma das paredes do quarto é tomada por um gigantesco e antigo espelho. Ele vira o rosto de Bia para que a primeira coisa que veja seja seu reflexo no espelho.

consulta o relógio, ainda tem algum tempo antes que ela acorde.

Sai do quarto, tranca a casa e anda pelo bairro.

Para depois de uns dez minutos perto de um quiosque da praia, onde uma mulher, uma artista de rua faz uma apresentação.

Se apresentava como estatua humana.

Cordial abre a mão, tem uma moeda de 25 centavos, e outra de cinquenta nas mãos.

Deposita as duas na caixa.

Ela acena agradecendo, como faz toda vez que alguém coloca moedas em sua caixa.

Cordial anda mais alguns metros e para num quiosque, pede apenas uma cerveja e fica olhando o mar.

A mulher, a artista de rua senta-se ao seu lado.

_ Rebeca.

_ Cordial, não é prudente nos encontrarmos.

_ Precisava te ver, relaxa, é 2010, ninguém presta atenção na conversa dos outros.

_ Tem muitos olhos atrás de ti. Ela já está com você?

_ Está, se entregou hoje. Alguma vez eu falhei? O que você quer que eu faça?

_ Sou uma humilde servidora Cordial, alguém abaixo de você. Você é um milagre da natureza, a encarnação de um anjo divino para nos lembrar que este mundo é apenas o inferno. Quem sou eu para dizer o que você deve fazer?

_ Então faço o que quiser com ela?

_ Como faz com todos que abençoa com seu toque.

_ Algum dia Rebeca, ainda vou abençoar você com meu toque.

_ Seria uma honra! Eu me tornaria uma verdadeira esclarecida das coisas divinas, purificada pelo martírio nas mãos de um anjo de Deus.

_Você não fala sério.

_ Me leve agora, se for a sua vontade.

_ Eu perderia todo o contato com Afarelo.

_ O Irmão Afarelo mandaria outro contato no meu lugar.

Cordial olha Rebeca de cima a baixo.

_ Hoje não, tenho alguém que precisa muito da minha atenção. Outro dia, talvez. Preciso voltar, ela deve estar acordando.

Ele dá um beijo na testa de Rebeca, e vai embora. Ela fica mais um pouco e depois pega um ônibus para o centro do Rio.

No caminho abre o celular, e coloca um anuncio no ebay. capricha na descrição do produto.

Em algum lugar do mundo, o celular de Hayandra toca.

_ Malditas letras pequenas, não consigo enxergar mais nada direito! Já estamos em 2010, podiam inventar celulares com teclas maiores!

Ela coloca os óculos e olha o celular.

Acaba de receber uma mensagem de texto, recebe sempre que um dos vendedores que segue no ebay coloca algo novo.

Lê que o vendedor "statu3g1rl" coloca Um vaso de prata.

Abre seu notebook e procura a descrição do produto, ela é uma mensagem cifrada. Lê e solta uma risada.

_ Cordial, seu safado! Você conseguiu!


ImperatrixOnde histórias criam vida. Descubra agora