Nadia não sabe bem o que fazer, mas segue o rapaz que havia lhe dado comida, ele lhe indica um quarto, diz que vai procurar roupas melhores para ela.
_ Qual o seu nome ?
_ Alvaro minha senhora.
_ Alvaro, me desculpe ter te enganado.
_ A culpa foi minha, eu deveria ter sido mais atento. obrigado por ter poupado minha vida.
Ele sai, o tom dele foi amargo, sentido.
Nádia sai do banho e havia roupas sobre a cama, não demorou muito, tentou se apressar, só que estava imunda. Por mais que tomasse banho ainda sentia um cheiro de podre vindo de si mesma.
Ela sai do quarto e um senhor de cabelos grisalhos a leva pela propriedade até uma singela capela.
A frente do altar, um corpo de um jovem, é Martin, o irmão de Mariana.
Está bem arrumado, dentro de um lindo caixão de madeira. Mariana segura sua mão, está chorando, quando ela vê Nádia, ela abraça a amiga, e chora em seu colo, sem falar nada, somente chora.
Nadia ficou ao lado de Mariana durante o enterro, Rafael não veio, Estava na Espanha a pedido da Imperatrix, pelo que Mariana disse. Mas ligou e ficaram falando por horas.
O pai de Mariana chegou junto com a sua Madrasta Fernanda ambos muito abalados, afinal Martim era filho adotivo dela.
Valentina, a bebê de Rafael e Mariana estava lá com a sua babá, para Nádia ela lembrava a filha. A filha que ela não conseguia ficar junto, nem separada, mas, por mais estranho, segurar Valentina acalmava o coração de Nadia, a deixava feliz.
Simpatizou com Valentina desde que ela nasceu.
De repente sentiu uma tristeza, Martim amava Valentina, sentiu um vazio por pensar que ela nunca ia conhecer o tio, talvez nem se lembrar dele. Sentiu seus olhos se encherem de lagrimas.
Foram quatro dias que elas passaram praticamente no sitio de Joaquim, o único local aonde foram foi ao cemitério, não um comum, mas um próprio da Ordem, particular, oculto. Bem guardado, protegido por uma força especial, a elite dos guardas da ordem, compor essa guarda era uma honra, Rafael disse uma vez.
Foi nesse cemitério que Mariana se despediu de todos, deixou Valentina com os avós, segurou Nadia pelos braços e andou com ela pelos túmulos.
_ Anda um pouco comigo, minha amiga.
As duas andaram, o lugar era calmo, os seguranças ficavam distantes, eram treinados para nada ouvir e nada falar, ser invisíveis, pois a Ordem reconhecia que a dor era um sentimento humano, principalmente a dor pela perda de um ente querido, e, nessas horas, as pessoas devem ficar sozinhas se assim o desejarem.
_ Obrigado por não me perguntar nada até agora.
_ Ter segredos é um direito amiga.
_ O que sabe sobre nossa ordem Nádia ?
_ Na verdade, bem pouco, sei que é a junção de duas ordens antigas, mas ainda não peguei o conceito... Já tentaram me explicar uma porção de vezes Mari.
Mariana sorriu, sentou-se em um tumulo, olhou nos olhos de Nadia e disse :
_ Esse é o tumulo da minha mãe.
Nadia olhou, o nome era Sophia.
_ Sabia que Devia existir um pai na ordem? Mas as coisas saíram do controle.
_ O que aconteceu ?
Mariana riu.
_ Seria preciso dias para explicar, eu... Eu nem sei se entendo... Mas, deixa eu te contar porque eu matei o Joaquim.
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Imperatrix
Mister / Thriller"Eu sou aquela que comando os exércitos invisíveis. Sou a que controla o que você vê, ouve e sabe. A que cria decretos que ninguém pode ler. Decretos que você obedece sem saber. Sou aquela a quem as pessoas não se curvam, Mas sou a que tem o mundo s...