Por aqui Cecilia!
Cecilia desce a rua acompanhando sua melhor amiga, Karen. As ruas são belas e ela ama as casas brancas e azuis simples desse local da Grécia.
_ Falta muito Kaká?
_ Não Lili, estamos quase chegando. Relaxa! Curte o passeio.
Cecilia tem vontade, não sabe porque, de tirar as sandálias e deixar os pés sentirem aquelas pedras, quantos anos, séculos, ou milênios tem aquela escada? Quantas gerações passaram por esses degraus?
Não consegue se conter, tira as sandálias e começa a descer. Por um instante não parece ser mais Lili, parece ser uma grega numa cidade eterna, não parece estar usando bermuda e camiseta por cima de um biquíni, mas um vestido solto, branco e simples.
Passa as mãos pelas paredes, sensações, cheiros, sons... por um instante, parece que as barreiras do tempo não existem mais, sente os ecos do passado no seu coração.
_ Ai!
_ Que foi Lili?
Karen subiu alguns degraus, não tinha percebido que a amiga ficou pra trás. Percebeu que o pé de Cecilia estava sangrando.
_ Maluca! Tirou as sandálias? Não faz isso! Pode ter alguma coisa no chão. Se cortou com o que?
_ Sei lá! Parece um boneco.
_ Humm é um pedaço de um tridente de Netuno. Deve ter caído do chaveiro de alguém. Tem probe Não Lili, a casa dele é ali.
_ Tem certeza?
_ Tenho. Ele é legal.
Entraram sem bater, a casa era pequena, branca por fora e por dentro, no pequeno quintal, um gigante ruivo olhava o mar, seus longos cabelos e barba esvoaçavam.
Ele se virou rápido e com um olhar assustador quando as duas entraram, mas logo o rosto se iluminou com um sorriso, foi até Kaká, a diferença de tamanho era tanta que ela parecia uma boneca quando ele a ergueu no ar pela cintura e depois os dois se abraçaram, havia lagrimas nos olhos, dos dois.
Cecilia não entendia nada, a língua, nunca tinha ouvido. Não era grego, não era inglês, não era frances, não parecia com nada que já tivesse ouvido.
_ Amiga da Karen! Tudo bem com você?
_ Tudo bem senhor.
_ Véurr, só Véurr, nada de senhor para você.
_ Cecilia, ou Lili, muito prazer.
_ Conheci uma Cecilia uma vez! Uma mulher impressionante, me deu bons conselhos na vida.
_ Seguiu algum?
Véurr solta uma gargalhada com a pergunta de Kaká. Rindo ele parece ainda mais gigantesco.
_ Alguns! Menos sobre as bebidas e as lutas. E claro, sobre as mulheres! Venham cá as duas. Vieram pelas encomendas? Essa garrafa é pro seu pai Kaká, a outra pra sua tia. Fala pro seu pai ter cuidado. Mortais não se dão bem com essa bebida antiga, e nada das duas mocinhas experimentarem.
_ Porque não?
_ Porque se mocinhas jovens e puras põe essa bebida na boca acordam vinte anos depois casadas e com doze filhos.

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Imperatrix
Mystery / Thriller"Eu sou aquela que comando os exércitos invisíveis. Sou a que controla o que você vê, ouve e sabe. A que cria decretos que ninguém pode ler. Decretos que você obedece sem saber. Sou aquela a quem as pessoas não se curvam, Mas sou a que tem o mundo s...