Os suicídios não paravam de acontecer em toda a região de Solitude. Haviam começado em uma amenidade silenciosa: um suicídio por vez. E se arrastava como uma cobra rastejante pela mata.
Inúmeros suicídios ainda estavam por acontecer. Os líderes de cada cidade já haviam começado suas partes, e cada alma levada, representava um exército.
Era chegada a hora de fazer as pessoas pagarem por seus pecados.
Aquelas palavras ainda ecoavam na escuridão catastrófica que a cidade estava se tornando. Haveria pouco a ser feito depois que eles começassem a colocar o caos em prática. Logo, já não restaria mais vida em Solitude, ou qualquer lugar pelas redondezas pela.
A cidade seria infestada pela penitência de todos os pecados que seus cidadãos haviam cometido durante aquele tempo, e quando menos se dessem conta, todas as almas seriam pertencentes à um único dono. Angelus Mortis queria ser o grande dominador das almas dispersas, começando pela região de Solitude, finalizando em todo o estado de São Paulo.
E quando menos se dessem conta, o país inteiro estaria perdido nas mãos daquele que visava ser seu novo dono.
Carlos Augusto ainda tinha posse da adaga dourada, e faria de tudo para protegê-la. Ah, aquela adaga teria poderes inimagináveis nas mãos de quem quer que tomasse posse dela, e fazia de tudo para que nenhum dos sócios a roubasse de supetão.
Sabia que não poderia confiar neles, pois qualquer um desejaria ser o novo Anjo da Morte. Eles não queriam ser meros aprendizes de algozes pelo resto de sua existência: queriam tomar o lugar do chefe.
Todos ali dentro tinham a plena consciência daquilo, e Carlos sabia que não poderia dar moleza para eles, caso contrário, eles roubariam dele também aquela tão preciosa adaga.
- A maioria das cidades já iniciaram com nosso plano! – ele exclamava satisfeito, esperando o momento em que o grande chefe iria até eles, dizer quais passos deveriam dar em seguida.
- Logo, todas as almas que habitam este lugar, serão nossas! – o ancião afirmava com grande satisfação, vendo que o resultado de seus esforços estavam dando bons frutos. – Só hoje, doze almas se tornaram minhas. Logo, terei um exército em minha cidade.
Os outros homens riam em grande satisfação, felizes pelo rumo que a conversa tomava. Eles não poupariam esforços para verem o que tanto queriam, se tornando realidade. E custasse o que custasse, as pessoas iriam pagar.
Uma à uma.
- O chefe está aqui! – um miúdo anuncia, entrando na sala, e feliz por ser o portador da esplendorosa notícia: Angelus Mortis havia finalmente tirado um tempo para visita-los, e assim, teriam uma orientação bem mais precisa sobre o golpe.
- Deveras! Estavas a demorar. – Roberto exclama ao ver o homem robusto atravessando a porta. Todos encaram o grande ceifeiro com falsa simpatia no olhar. Eles pareciam tão ansiosos para executarem o plano, quanto para tomarem o lugar que era de Angelus.
- Traz boas notícias, mestre? – Carlos olha diretamente para ele, embora a decepção tome seu semblante. Ele estava no aguardo de Almir, embora não tivesse ideia ainda de que este, já não existia mais.
- As melhores! – o homem deixa seu rosto transparecer, enquanto amansa seu imenso cachorro que trouxe consigo.
- Espero que seja sobre a gostosinha da sua filha. – um dos homens diz em tom de desdém, e recebe um olhar gélido de Angelus. O homem dá a ordem sorrateira para seu cão, que sem hesitar, avança na direção do homem.
Suas presas caninas tornam-se visíveis, expelindo saliva por todos os cantos. A baba escorre pelo chão, mas as grandiosas presas ainda assustam: eram tão grandes quanto as de um leão.
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Não foi suicídio!
Mystery / ThrillerBelina vê sua vida virar do avesso ao presenciar um suicídio. Frio, rápido e sem explicação. Uma jovem se joga do topo de um prédio, tendo seu corpo perfurado pelos cacos de vidro da calçada. Ninguém entende como uma jovem no auge de sua vida era c...