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Aviso, capítulo maior, Sorry 😘. *-*

Matt me pediu em namoro, "Se eu achei precoce? Claro que achei" Afinal, não sei se vou ficar na cidade, mas esqueci isso, se eu ficar pensando que a qualquer momento mamãe vai decidir se mudar, e eu terei que me afastar de tudo e de todos, nunca vou ser feliz, com uma pessoa que não seja a mamãe.
Quando dei a notícia de que eu e o Matt, começamos a namorar, para o Isaac, não percebi nenhuma surpresa, parecia até que já sabia, e não demonstrou nenhum entusiasmo de verdade, só falou "Legal, boa sorte pra vocês" o que me deixou chateada.

Eu comecei a namorar com o Matt já fazia um mês, ele era legal, mas sei lá, as vezes ele ficava irritado do nada, e quando isso acontecia, preferia me afastar, ele ficava um pouco agressivo. Hoje ele me convidou pra ir pra jantar, coloquei um vestido, e um salto alto, ele me disse que era um lugar chique, ele me pegou em casa as 20:00 horas.

- Você esta linda, amor. -diz quando me vê.

-Obrigado querido, você também.

Era um lugar bem luxuoso, tinha pequenos lustres em cima da mesa, e flores na que ele reservou.

-Que perfeito -disse com as mãos na boca.

-Tudo pra você amor - ele diz e me beija. Sorrio e ele puxa a cadeira pra mim, senta logo em seguida.

Conversamos sobre várias coisas, foi muito legal, ele foi mais romântico que o normal, toda hora ficava perguntando se eu estava gostando do jantar, e eu sempre respondia que sim, estava me sentindo a vontade naquele momento, quando terminamos, esperamos trazerem o carro dele. Ele começou a dirigir por uma rua que eu não sabia pra onde ia.

-Matt, aonde a gente ta indo?

-Você vai ver, querida. -Diz e dá um sorriso.

Ele dirige por mais um tempo, eu não conhecia aquela estrada (Na verdade não conhecia quase nada), tava começando a ficar com medo, mas bem, ele é o meu namorado, não faria nada de mais, né? A gente não falou nada durante a viagem, só quando estávamos chegando.

-Estamos quase lá -fala normal.

-Okay.

Depois de cinco minutos, paramos em um lugar, que sinceramente, não era grande coisa, comecei a olhar ele, e em cima tinha um grande letreiro, escrito "Motel", olhei pra ele assustada.

-Matthew, o que é isso? -pergunto assustada.

-Acho que é óbvio, vamos? - Diz normal, mexendo com as chaves.

-Não, quero ir pra casa!

-Não querida, você não quer ir pra casa. - Fala e me beija e passa a mão no meu braço, parando logo em cima do cotovelo, viro o rosto.

-EU DISSE QUE QUERO IR PRA CASA. - Grito, e sinto uma lágrima rolar pelo meu rosto, e escuto ele rir.

-Olha, já estamos namorando a um mês, já está mais do que na hora. - Diz como se fosse a coisa mais normal do mundo.

-Matthew, eu disse que não quero fazer isso. -Falo ainda com o rosto virado pra janela do carro.

-Você não vai voltar, não tem como voltar. - Diz entre os dentes, apertando o meu braço, o que me fez gritar.

-Matthew, você ta me machucando, me solta, por favor - digo desesperada, ele começa a beijar o meu pescoço e apertar mais ainda o meu braço. -EU DISSE QUE NÃO - Dou um tapa na cara dele, e tento sair do carro, mas o mesmo me puxa de novo.

Começo a dar tapas nele, e ele aperta os meus pulsos, que doeu muito, tentei me livrar do aperto dele mais não consegui.

-Ou você entra comigo, ou eu te deixo aqui, e volto pra minha casa. - diz irritado.

-Eu não vou entrar com você, você não tem noção do NOJO que eu to sentindo de você. - Cuspo na cara dele.

-Você vai me pagar vadia, você ainda vai ser minha. -Abre a porta do carro, e me joga pra fora, fazendo eu rolar no chão lamacento, arranca o carro e vai embora, muito rápido.

Me levantei e olhei pros lados, não tinha levado o celular, e não iria entrar no motel pra usar o telefone, se eu ligasse pra mamãe, ela iria surtar, e eu não sabia o número do Isaac (que era o único que eu confiava, que era da cidade).
Tento tirar a lama do meu relógio de pulso, tava muito escuro, cheguei perto de um poste pra mim conseguir ver melhor, meu pulso estava vermelho e inchado, o que me fez chorar, senti muito medo. Já passava das onze, eu fui andando, tirei o salto, e em alguns momentos eu corria, estava bem assustada, não sabia se estava indo pro lado certo, depois de duas horas e meia, vejo casas que eu acho familiar, continuo andando, 40 minutos depois chego em casa.
Agradeço por mamãe já estar dormindo.

Vou pro meu quarto, tiro o vestido e tomo um banho demorado, quando saio coloco um pijama branco, e começo a olhar as marcas no meu braço. Iriam ficar roxas, ainda tinha as marcas dos dedos dele nos meus pulsos e em um dos meus braços.

[...]

Era segunda-feira, só pra piorar tudo, mas fiquei feliz porque poderia falar com o Isaac, não contaria o que aconteceu, mas eu gosto de conversar com ele.
Coloco uma blusa rosa clara, e um casaco de lã branco, que dava pra mim puxar e fingir que era uma luva, pelo menos conseguiria esconder as marcas.

-Bom dia mãe. - tento falar normal.

-Bom dia filha, como foi ontem? -pergunta sorridente.

-terminei com ele. - Me levanto - tenho que ir agora.

-Oh, sinto muito, filha, tchau. - diz meio confusa.

Chego com dez minutos de antecedência na escola, vejo Isaac sentado em um banco e vou correndo abraçar ele..

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Espero que estejam gostando 😘,
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