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Passamos uma noite incrível juntos, eu não queria que tivesse acabado. Ele foi carinhoso, bem, senti a famosa 'dor' que sempre falavam nas aulas de sexualidade. Diferente das meninas que conheci ao longo dos anos, mesmo sendo despojada como elas, sempre fui bem guardada com meu corpo. Elas perderam a virgindade entre 14 a 17 anos. Nada contra perder a virgindade cedo, mas como sempre dei muita importância ao meu corpo, ficava meio surpresa pela revelação delas.
Sempre pensei em minha primeira vez com o homem que eu amava - embora não consiga descrever meus sentimentos, ou distingui-los. Sei que gosto muito do Isaac, talvez o ame, mas nunca o verei de novo...

A semana passou muito rápido, todos os dias eu ia na casa dele, ficávamos juntos praticamente o dia inteiro, e todas as noites.
Mas ainda não consegui contar,toda vez que tento, não consigo!

E agora, estou no meu quarto, fechando a minha mala, e pensando nele, e bem, chorando também, mas ele não precisa saber, muito menos minha mãe.
Poderia ficar? Claro que sim, já sou de maior. Mas estou fazendo isso pela mamãe, ela não pode ficar sozinha, apesar de já ter conhecido alguns homens depois do meu pai, não foi nada muito sério, durava 1 ou duas semanas, o último durou quase 1 mês, o que foi um recorde.

-O nosso vôo sai daqui uma hora. - mamãe diz encostada na porta do quarto. Passo minha mão pelas minhas bochechas, na intenção de enxugar a lágrima.

-Okay.

-Querida, eu sei que você não queria, mas..

-Não, ta tudo bem, não se preocupe.

-Obrigada, por ir. -passa as mãos pelo meus braços.

-Por nada, agora eu preciso terminar as coisas aqui, se puder sair.

-Ta - ela saiu cabisbaixa, pude perceber - falou com ele? - pergunta já saindo do quarto.

-Não! - falei firme, e ela saí.

Coloco minha mala de rodinhas no chão. E a arrasto até a escada, ergo a mala ao descer os degraus. E deixo minha mala ao lado da porta.
Subo novamente para pegar as outras duas malas, e a mala de mão. Ao descer as escadas, vejo mamãe já colocando minha mala no carro.

-Vamos? - pergunta fechando o porta-malas e abrindo a porta do carro.

-Aham - digo num suspiro. E levo minhas outras malas, deixando nos bancos de trás.

-Querida - mamãe me chama e faz um sinal, apontando pra entrada da casa, ao olhar pra lá, vejo o Isaac, e sinto meu mundo desabar...
Vou até ele, já sentindo meus olhos cheios de lágrimas, tento segura-las mas não consigo, o abraço mesmo sem ele entender.

-Eu vou embora. - disse entre os soluços.

-O que? - me afasta.

-Outro país! - tento enxugar minhas lágrimas mas de nada adianta.

-O que? - france o cenho.

-Eu não queria, eu juro, me desculpa - o abraço e ele retribui, mesmo estando com raiva.

-Por que? - pergunta sério.

-Mamãe, eu não vou mais te ver! - digo chorando - eu não quero isso...

-Então fica, fica, por mim. - diz e olha em meus olhos.

-Eu não posso, não posso deixar ela sozinha, e não faria isso... - seco meu rosto com minhas mãos.

-Okay - tira as mãos de meus ombros -, vai. - diz frio.

-Isaac...

-Rebeca, vamos, já vai dar a hora. - mamãe chama sem prestar atenção no que estava acontecendo.

-Tudo bem, vai. - disse ainda frio, como se não se importasse.

Dou a costa para ele, e vou andando até o carro, coloco minhas mãos na boca, pra tentar não gritar, tentar silenciar a dor que eu estava sentindo, mas de nada adianta.

-Filha? - me chama cautelosa.

-Apenas dirija - digo e olho pela janela do carro, não deixando ela ver meu rosto, ela não responde, só dirige.

Saindo da garagem, eu ainda o vi lá, no mesmo lugar, perseguindo o carro com os olhos, enquanto mamãe saia da garagem. Quando mamãe foi em direção a estrada, pude ver ele, bem perto, sendo separados por um carro. Seus punhos estavam cerrados, olhei para seu rosto,seus olhos estavam vermelhos, cheios de lágrimas, mas ele não pediu nem sequer teve interesse em saber para onde era, em que lugar, não quis saber nada!

Já no avião, ainda lembrando da frieza dele, estava com meu celular na mão. Mamãe estava dormindo. Tirei a capa do celular, a bateria, e então o chip, o quebrei no meio e joguei no saquinho de lixo que tinha ao meu lado.
Talvez eu o ame, mas não o verei de novo, e ele nem demonstrou que me amava. Simplesmente não se importou!

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NÃOOOO 😱😔💔



Colega De Classe Onde histórias criam vida. Descubra agora