Capítulo 7

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No fim da tarde, Helena, Davi e Nina entraram no apartamento dele, cansados e famintos.

- Você devia realmente considerar contratar uma babá - Helena exclamou ao observar Nina jogar a comida fora. Eles já haviam montado o berço no quarto de hóspedes, e estavam extremamente cansados.

- Próxima semana eu vou começar a procurar - ele prometeu. - É estranho, né?

- O que é estranho?

- Até ontem eu não sabia que tinha uma filha, e olha agora!

Ele indicou Nina.

- Ela é um pequena surpresa.

- Sim, mas no meu caso, eu acho que é uma grande surpresa.

- Você é uma pessoa de sorte em tê-la - Helena tinha um olhar de melancolia.

- Você quer compartilhar esses seus pensamentos?

- Não!

- Por quê? É óbvio que algo a está incomodando!

- Davi, eu já falei que não.

Ele sorriu, irritá-la era um dos seus passatempos preferidos.

- Veja Nina! Lena está guardando segredos de nós.

- Pare de tentar me influenciar!

- Não estou fazendo nada - ele levantou as mãos para cima se rendendo.

- Está na hora do banho de Nina.

Helena pegou a criança e a levou para o banheiro, onde a despiu e a colocou na banheira. Nina soltou gritinhos de felicidade.

Davi encostou-se na porta e observou a cena diante de si. Helena estava, ajoelhada ao lado da banheira e Nina batia alegremente na superfície da água, molhando tudo, paredes, chão e Helena.

- Ela gosta da água - ele observou.

- Quer tentar dar banho nela? - Lena perguntou enquanto tirava um cacho loiro dos seus olhos.

- Talvez outra hora.

- Davi! Você tem que aprender a dar banho em um bebê. Eu não vou está aqui sempre. Venha! É só não lavar o cabelo dela. - Relutante, ele se agachou ao lado dela, e pôs suas mãos embaixo das axilas da bebê.

Nina bateu novamente na água, molhando o pai. Ela estava se divertindo, e ele teve de rir.

Depois de alguns minutos, Lena disse.

- Está na hora de tirá-la da água.

Davi fez o que foi mandado. Nina começou a se debater e gritando em protesto. Lena enrolou a toalha em seu pequeno corpo molhada, depois esvaziou a banheira.

Vendo que seu parque de diversão aquático estava sendo esvaziado, Nina começou a se debater mais ainda.

- Nina! - Davi quase a deixou cair. - Calma!

Ele fez malabarismo tentando segurar o corpo escorregadio.

- Desista, cara! Não vou soltá-la.

Nina tentou voltar para a banheira.

- Pronto, a banheira está vazia. Hora de dormir.

Nina choramingou um pouco.

Lena foi na frente para o novo quarto de Nina, e eles a seguiram.

Acha que consegue terminar de enxugá-la?

- Claro, que dificuldade podia haver nisso?

Ele viu a dificuldade de tentar secar uma criança de 1 ano e 6 meses. Ela brigou, gritou, esperneou. Depois de vários minutos finalmente conseguiu terminar sua tarefa. Helena sentou na cama e estava rindo vendo Davi tentar dominar um bebê.

Após vesti-la, ela sentou na cadeira de balanço e deitou Nina em seu colo.

- Ligue a babá-eletrônica e apague a luz. - ela o instruiu. Helena colocou a chupeta na boca da criança e balançou-as suavemente.

Logo as pálpebras da criança começaram a fechar. Minutos depois, dormia profundamente. Com cuidado, carregou-a para o berço e a depositou ali. Ela fez sinal para Davi pegar um dos monitores e saíram do quarto.
Quando voltaram para a sala, Helena falou.

- É provável que ela acorde várias vezes durante a noite, é normal devido as circunstâncias, uma nova casa, novas pessoas, sua cabecinha deve estar confusa.

Ela pegou sua bolsa de cima do sofá.

- Aonde você vai?

- Para minha casa.

- Você não pode ir! Eu preciso de você! - ele exclamou.

- Sei que você esta preocupado, mas vai ficar bem - Helena tentou remediar a situação.

- O que eu faço se ela chorar? - Davi estava em pânico.

- Acalme-a.

- E se ela não parar?

- Pode ser fome, fralda suja, doença ou carência.

- E como...

Ela o interrompeu lançou-lhe um olhar, que ele conhecia. Que dizia claramente, eu vou embora e nada do que você fizer vai me impedi!

- Passo aqui pela manhã antes de ir para o escritório.

- Tudo bem - disse ele, entorpecido.

- Vou deixar meu carro para você e levarei o seu.

- Desculpe, você disse... que vai levar meu bebê?

- Seu bebê está lá em cima, dormindo - ela deu um tapinha suavemente na bochecha dele.

Em vez de deixá-la ir, ele a chamou.

- Lena?

- Fala.

- Só queria agradecer por tudo.

- Fico feliz em ajudar. Agora, se me der licença, vou para minha casa e cair na cama.

Lena ficou na ponta dos pés e beijou o canto da boca dele como sempre fazia.

- Até amanhã.

Davi só percebeu o quanto estava cansado, quando deitou-se. Sua vida havia virado de pernas para o ar em questão de horas. Mas não queria que voltasse ao que era antes. Em poucas horas, Nina já o tinha encantado profundamente.

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25/07/16

Adorável PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora