Capítulo 40

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40

- Olá - ela disse sorrindo. - Sou a Zoe.

- Gabriel e este é meu filho André - disse o homem indicando o garoto de pele de dreadlock ao seu lado. Para Zoe, parecia que Gabriel estava incomodado.

- Papai, que cheiro ruim é esse? - André perguntou. Seus olhos negros brilhavam de curiosidade. - E por que ela está falando diferente?

Zoe se deu conta que o cheiro ruim vinha dela. Com o rosto corado, ela se levantou e se encaminhou para o quarto que havia no jato, parando somente para pegar a mala antes de se trancar lá dentro.

Colocando a mala em cima da cama, foi para o banheiro tirando as roupas que vestia, assim que tivesse chance iria queimá-las.

Zoe entrou no chuveiro, deixando a água quente escorrer pelo seu corpo. Tudo o que precisava depois de um dia estressante era um banho quente e uma massagem nos pés, mas a massagem teria que ficar para outro dia, a não ser, que Gabriel quisesse fazê-la

Fazia tempo que um homem despertava seu interesse sexual. Iria adorar conquistá-lo.

Saindo do banheiro, tomou seu tempo para hidratar a pele escolher uma roupa, não estava se sentindo muito adulta, então retirou da mala, uma camiseta branca das Tartarugas Ninjas, calças moletom verde musgo e uma pantufa fofa rosa. As suas escolhas de vestimentas não combinavam, mas bem, ela era Zoey Antônia Martelli Kingsley, ela fazia o que queria e quando queria. Foda-se quem não gostasse.

Dando de ombros, passou rapidamente a toalha pelos seus curtos fios capilares e saiu do quarto com a intenção de voltar para seu assento e botar seu plano em ação. Mas foi interceptada, pelos seus pais que acabavam de chegar acompanhados de Helena e Nina.

- Meu amor, que roupas são essas?- Lola analisou suas escolhas de vestimentas. - Por incrível que pareça, ficaram muito bem em você.

Zoe abraçou com carinho a mãe. Antes que pudesse falar, Lola já estava conversando com Carina, a mãe das suas cunhadas.

Deixando, Nina com César, Zoe puxou Helena até a parte detrás do jato, até as últimas poltronas.

- Então, já que estamos sozinhas. Vai me contar o que aconteceu?

- Sobre o que está falando? - Helena evitou olhar em seus olhos.

- Sério, mesmo? Não se faça de desentendida. Sei que aconteceu alguma coisa e você tem a obrigação de me contar.

- Zoe, apenas... esqueça. Deixe esse assunto para outro dia. Então, já conheceu Gabriel? - Helena rapidamente mudou de assunto.

- Sim.

- E o que achou dele?

- Ele sem dúvida, é um cara interessante - da sua poltrona dava para ver perfeitamente Gabriel conversando com o filho.

- Você não está planejando...

- O que? E por que está me olhando como se eu fosse o anticristo?

- Me diga que está planejando fazê-lo se apaixonar por você e depois abandoná-lo?

- Jamais. Como pode pensar algo assim de mim.

A expressão de inocência de Zoe não enganava ninguém.

- Júlio. Carlos. Henry. Tyler. Quer que eu continue?

- Bom, eles foram só passatempos, não tenho culpa que eles se apaixonaram por mim - Zoe deu de ombros.

- Zoe, eu nunca te critiquei, sempre te apoiei, mas o Gabriel não. Ele é meu irmão.

- Tudo bem, chata - ela suspirou desistindo.

- Me prometa - Helena insistiu.

- Okay, eu prometo. Não vou quebrar o coração de seu irmão. Feliz agora?

- Muito.

Ambas ficaram em silêncio.

- Tenho uma surpresa para você - Zoe quebrou o silêncio.

- Cadê? Onde está?

- Calma, não vou te dar agora, espere um pouquinho.

Zoe sorria internamente. Já que não ia se divertir com Gabriel, só restava outra alternativa.

Infernizar a vida de Davi.

Helena observava Zoe pelo canto dos olhos. Ela ainda olhava para Gabriel com interesse.

Helena sabia que seu irmão não era igual aos caras que Zoe se envolvia, ele era um cara centrado e consciente do que fazia, mas Zoe no momento só queria brincar e depois jogar fora.

André parecia ter ganhado novos fãs. César e Lola estavam encantados pelo menino. As outras crianças, Nina, Alex, Ella e Vitória, estavam brincando no quarto sob a supervisão de Afonso. Deixando, Emilly livre para conversar com Christian, que não estava prestando muita atenção nela. Davi estava entretido com o celular fazendo sei lá o que.

Faltavam algumas horas para chegarem, mas Helena sentia como se estivesse caminhando para a forca.
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Adorável PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora