Nina passou a manhã quase toda dormindo no sofá da sala de Helena.
Tabita e Fabíola, haviam ficado chocadas ao ver ela saindo da sala de Davi com uma criança no colo, mas não fizeram nenhuma pergunta.
A manhã passou rapidamente, na hora do almoço, Helena deu uma mamadeira para Nina e encontraram Davi antes de entrarem no elevador.
- Vamos almoçar? - ele perguntou com a cara mais lavada do mundo, ele pegou a bolsa da bebê.
- Pensei que você tivesse dito que eu iria ficar com Nina somente durante a reunião!
- Pois é! Ocorreu um probleminha que tive de resolver.
- Que problema? - o elevador descia, Nina resmungou do colo de Helena.
- Lembra daquela modelo que eu ia sair ontem a noite?
- Não acredito, você me deixou com a sua filha e foi ter uma rapidinha com a modelete?
- Não! - ele negou com veemência. - Só conversamos e expliquei que não pude sair com ela.
Helena o olhou desconfiada, Davi nunca foi santo e não começaria sendo agora.
- Vamos almoçar? - ele perguntou novamente, Davi pegou Nina que foi feliz para os braços do pai.
- Você está me devendo, Kingsley!
- Você aceita cartão de crédito?
Helena só não disse para onde ele poderia ir, por respeito a Nina.
- Imbecil!
- Olha a boca suja!
Ela respirou fundo e sorriu. Ele a irritava pelo menos cinco vezes por dia durante os últimos três anos.
Os três saíram no térreo.
- Eu encomendei uma cadeirinha de bebê para carro!
- Ótimo, será que vai caber no meu carro? - ele perguntou observando seu carro esporte.
- Certamente não, além do mais, pedi para instalarem no meu carro.
- Posso dirigir?
- Nem por cima do meu cadáver.
Um pouco desastrados, prenderam Nina a cadeirinha, que resmungou em protesto.
Logo seguiram para um restaurante a alguns quarteirões de distância, onde foram recebidos e logo direcionados a uma mesa na parte privada.
Nina estava sentada no colo do pai e balbuciando coisas sem sentido. Ambos almoçaram rapidamente, tinham muitas coisas a comprar e pouco tempo disponível.
Helena os levou a uma loja infantil onde comprava presentes para seus sobrinhos.
- Meu Deus! Quem projetou essa loja deve ser maluco! - Davi exclamou assustado. A loja era imensa. Mães e crianças estavam por toda parte.
- Hoje é um dia calmo.
- Já veio aqui antes?
- Claro, onde imagina que eu compro os presentes dos nossos sobrinhos?
- Pff!
- Não seja desmancha prazeres - ela andou até um corredor e pegou um carrinho. - Muito bem, ao trabalho.
Ele a seguiu sem fazer perguntas. Helena parou na seção de bebês.- Helena!
Uma mulher a chamou.
- Augusta, como vai?
- Estou maravilhosamente bem, e quem é esse homem maravilhoso e essa fofura? - o brilho juvenil se refletia no olhar da senhora mais velha.
- Meu sócio Davi e sua filha Nina.
- E em que posso ajudá-los? - Augusta perguntou.
- Precisamos de tudo que uma criança de 1 e 6 meses pode precisar - Davi respondeu.
- Tudo?
- Sim - Helena confirmou.
Augusta olhou para os artigos de sua loja e decidiu por onde começar.
- O que acham de bolsas cangurus?
Helena riu com a imagem se formou em sua cabeça.
Depois de os produtos básicos, passaram para a seção de roupas, Helena se divertiu escolhendo cada roupinha, Nina dormiu antes da metade do passeio.
- Obrigada - Davi agradeceu a ela, quando estacionavam no prédio do escritório.
- De nada. Vamos levar essas compras lá para cima? - algumas das milhares de sacolas estavam no porta-malas.
- Acho que não. Mais tarde levamos para meu apartamento.
Nina resolveu acordar de seu cochilo.
- Bem vindo a paternidade - Helena disse antes de sair do carro.