- Ele disse o que? - Carolina a olhou atentamente.
- Você escutou da primeira vez.
- Eu sei, só queria ter certeza! Vou matá-lo!
Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Helena. Tudo o que ela estava tentando controlar desde que saiu do apartamento de Davi, explodiu dentro dela. A aparência controladora estava rachando de dentro para fora. Ela soluçou antes de se agarrar a Carolina como se sua vida dependesse disso.
Quando ela estava um pouco mais controlada, Carolina disse.
- Eu não vou só matá-lo, ele a fez chorar, eu vou arrancar seu coração pela garganta! Melhor ainda, eu vou cortar parte por parte do corpo dele e jogar no rio Hudson.
Christian entrou na sala a tempo de escutar a última parte do discurso entusiasmado de esposa.
- Opa! Quem você quer matar, amore? Ou melhor, eu não quero saber.
- Pode parar aí mesmo - Carolina disse. - Você vai me ajudar.
- Olha, eu te amo muito, muito mesmo, mas um de nós dois tem que ficar fora da cadeia para cuidar das crianças.
- Ha, ha, ha, muito engraçado. Não vamos matar ninguém, só dar uma surra no imbecil do seu irmão - Carolina gritou. O humor de Helena melhorou um pouco, ela amava sua irmã, apesar dela ser louca e uma psicopata em potencial.
- O que Davi fez agora para irritar minha esposa?
Carolina contou a ele, Helena viu as emoções que passaram pelo seu rosto, raiva, tristeza, irritação, e raiva de novo.
- Não se preocupe cara, eu mesmo vou acabar com ele! Meu irmão é um...
- Imbecil - Helena completou.
- Sim. Quando eu me encontrar com ele, vou mostrar o que acontece quando alguém faz a minha cunhada preferida chorar.
Ele se ajoelhou na frente dela. Colocou as mãos dela entre as suas.
- Mas enquanto isso não acontece, temos litros de sorvete de chocolate e flocos, seus preferidos, também temos uma coleção de filmes de terror dos anos 90, posso cozinhar o que você quiser para o almoço e vou levar as crianças para a casa dos meus pais, para vocês duas terem uma tarde relaxante, só para vocês. Que tal?
Helena se permitiu um pequeno sorriso.
- Vou considerar esse sorriso um sim. Hã?
Ela concordou com a cabeça.
- Ótimo - ele levantou animado. - Vou levar as crianças, abastecer meu estoque de sorvete e chocolate. E antes que eu esqueça. Carolina?
- Sim, querido? - ela tinha uma expressão angelical no rosto. Quem a conhecia sabia que por trás dos olhos castanhos inocentes, ela era muito geniosa e vingativa.
- Pode parar com esses planos!
- O que? - Carolina parecia genuinamente ofendida.
- Eu sei que você está tramando alguma coisa contra Davi. Não que ele não mereça, mas ele ainda é meu irmão, seu cunhado e você não pode esquartejá-lo!
- Está bem - ela ficou verdadeiramente decepcionada.
- Graças a Deus, volto logo e comportem-se.
Depois que ele e as crianças saíram, Carolina foi à cozinha buscar sorvete e voltou resmungando.
- Ele pensa que pode mandar em mim! Em mim! Idiota. Ele vai ver quem é que manda no nosso casamento. Quer assistir a um filme, com a aquele ator bonito?
- Sempre.
Davi andava de um lado para o outro. Ele estava arrependido de suas atitudes. Já fazia horas que Helena tinha saído e não havia nenhuma notícia dela.
A campainha tocou, assustando-o. Ele caminhou a passos largos em direção a porta. Ele pensou por um momento que seria Helena, mas ele estava enganado. Era um Christian muito chateado.
- Cadê Nina? - perguntou Christian ao entrar.
- Dormindo no quarto.
- Ótimo.
Davi percebeu um grande punho voando em direção a sua cabeça. Quando o soco conectou, ele voou para trás e acabou encostado na parede.
Ele piscou os olhos incrédulos. Sua mandíbula estava matando-o.
- Droga!
Christian colocou seu braço contra o pescoço dele, prendendo-o.
- Christian! O que você está fazendo? - Davi gritou.
- Você vai me escutar. O que estava passando pela sua cabeça quando ofendeu Helena? Sabia que, ela está agora na minha casa chorando?
- O que?
- Sim, ela está arrasada.
- E como você acha que eu me sinto? De manhã, ela disse que não queria nada comigo e de uma hora para outra ela aceita sair em um encontro com outro homem. Eu estava e ainda estou com ciúmes.
Christian afrouxou um pouco o aperto com seu pescoço.
- O que realmente sente por Helena?
- Não sei, eu adoro o sorriso dela, o jeito que ela fica irritada, admiro sua força de vontade, gosto de tudo sobre ela.
Christian o soltou. Ele massageou a mandíbula.
- Em outras palavras, você está apaixonado por ela.
- Talvez, minha vida está muito confusa, de uma hora para outra, deixo de ser um playboy, para ser um pai solteiro.
- Só vou avisar uma vez, machuque-a novamente, e não vou me importar se você é ou não meu irmão.
- Christian...
- Já está avisado. Provavelmente, Helena vai ficar na minha casa hoje e amanhã ela volta para cá. Vou dar um conselho, peça desculpas para ela e a convide para sair, Carolina e eu podemos ficar com Nina - Christian ofereceu.
- Obrigado. Quer uma cerveja? Provavelmente, vou precisar por um pouco de gelo no rosto.
- Não posso aceitar, tenho que voltar para casa e preparar o almoço para as mulheres. Nos vemos mais tarde.
Christian se despediu e saiu. Davi se sentou no sofá e colocou a cabeça entre as mãos. Seu dia estava indo de mal a pior.
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Olá! Quero pedir desculpas pelo atraso. Sei que não estou sendo muito pontual, mas espero que entendam que estou tento muito pouco tempo para escrever, por causa dos vestibulares. Mas prometo que tentarei postar os próximos capítulos com mais regularidade. Obrigada.
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Oiiiiii...Não vai sair sem deixar um voto e comentários vai?
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19/11/16