Capítulo 39

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39

Exatos cincos dias se passaram, quando comunicaram as famílias do eminente casamento, todos pareciam que já sabiam que isso iria acabar acontecendo.

Lola tinha os dois sob olhares atentos, talvez pensasse que ambos seguiriam o exemplo de Christian e Carolina e fugiriam para se casar em Las Vegas. Não que fossem fazer isso, mas se bem que a idéia era tentadora para Davi que era arrastado de loja em loja para escolherem um terno para o casamento, Christian estava se divertindo vendo a situação do irmão.

- Sabe, posso conseguir um jatinho pronto para decolar para Las Vegas em duas horas - ele dizia. Lola lhe lançava olhares cada vez mais assustadores. - Foi só uma idéia.

Helena também estava estressada. Organizar um casamento do dia para a noite e ainda em outro continente, não era fácil. Ela ainda tinha que escolher o bolo, a decoração, os vestidos das damas de honra, o vestido de Zoe, a madrinha, escolher a roupa para Nina e um vestido de noiva para ela mesma.

Ela não podia negar que a idéia de se casar enrolada em um lençol branco, não havia passado por sua cabeça uma ou duas vezes.

Graças ao prestígio da família Kingsley, Helena pode conseguir um vestido para si, se fosse outro caso teria que esperar um mês para conseguir o vestido.

Parecia um sonho, o vestido de noiva era tomara que caía, estilo sereia, com renda no corpete, alguns detalhes em preto e uma espécie de cinto ao redor da caixa torácica, e em baixo, todo feito de seda e metros e mais metro de tule branco. O vestido refletia Helena.

Tudo estava sendo arrumado as pressas.

- Cadê os sapatos? - Lola perguntou procurando os sapatos azuis que ela havia comprado para o casamento.

- Em algum lugar - Helena deu de ombros.

- Vai querer levar esses jeans?

Lola estava a ajudando a arrumar sua mala para a viagem à Itália e depois para a lua de mel.

Antes que Helena pudesse responder, Lola descartou a peça de roupa.

- Essa mala já devia está pronta! Embarcaremos em duas horas e suas coisas não estão arrumadas! - Lola reclamou.

Sem falar nada, ela foi pegando suas roupas e começando a aguardá-las. Ela na verdade, evitou arrumar as malas de propósito.

Horas mais tarde, Zoe corria apressada pelo saguão do aeroporto, olhou o relógio em seu pulso e começou a xingar baixinho. Estava trinta e sete minutos atrasada.

O universo estava conspirando contra ela, primeiro o despertador não tocou consequentemente acordou tarde e chegou tarde ao trabalho, quando resolveu sair para almoçar, encontrou seu ex-noivo com a nova namorada rica. Perdeu ligações importantes, atrasou os relatórios para sua chefe, o seu celular caiu e quebrou a tela. Para completar, um acidente no trânsito acabou em um congestionamento.

Ela deveria já deveria ter embarcado no jato particular da família Kingsley, com sua família e a de Helena, Carolina teve algumas reunião de última hora que não pode desmarcar, então iria depois.

Zoe estava desconfiada dos motivos para esse casamento apressado, não que os noivos não se amavam, era óbvio para todos que conviviam com eles, menos para eles próprios, mas mesmo assim...

Estava tão apressada que acabou literalmente tropeçando em outro passageiro apressado. A bebida que ele estava segurando derramou em cima dela. Cerveja. Eca.

- Sinto muito - ele se desculpou. Zoe tinha que admitir que ele era muito bonito.

- Eu que peço desculpas, estava distraída.

- A culpa nunca é de uma bela dama.

Ela revirou os olhos irritada.

- Sim, sim okay. Agradeço o elogio, mas tenho que ir. Adeus.

Zoe saiu apressada, era só o que faltava.

Parecia que o carma estava conspirando contra ela, além de atrasada, agora também estava fedendo à cerveja.

Correu para o banheiro e tentou se limpar o melhor que pôde, mas ao se olhar no espelho, constatou que parecia uma mulher bêbada que acabará de sair de um bar. Seus cabelos curtos estavam espetados para todos os lados. Havia profundas olheiras sob seus olhos azuis, estava pálida e ainda por cima cheira a cerveja, mas não havia tempo para trocar de roupa agora. Ela fez o melhor que pôde e seguiu seu rumo rapidamente. Ao chegar à área de embarque, notou que o comissário a esperando.

- Perdão pelo atraso - ela disse sem fôlego.

- Não se preocupe. Ainda falta algum tempo antes de decolarmos.

O comissário pegou sua mala. Zoe o seguiu para o jato. Ao aparecer pela porta, foi recebida por várias reclamações de Christian e Davi. Ignorando os dois irmãos, ela cumprimentou os pais de Carolina, que havia conhecido no casamento da própria. Foi apresentada à Emilly, prima de sua cunhada, e aos filhos dela, Afonso de onze anos e Vitória de três. Beijou seus sobrinhos, Alex e Ella, antes de se jogar em uma das primeiras poltronas vermelhas vagas que encontrou, ela fechou os olhos. Com um pouquinho de sorte, ninguém sentaria ao seu lado.

- Papai, quem é ela? - uma voz infantil perguntou em português. Zoe sabia algumas palavra sobre a língua originária de suas cunhadas. Entender é uma coisa, saber falar era outra bem diferente.

Corando, Zoe abriu rapidamente os olhos, havia um homem e uma criança, que até o momento não havia percebido, sentados à sua frente.

Ela encontrou os olhos castanhos curiosos do homem. Ele parecia com Carolina, às únicas diferenças eram o tom de pele mais bronzeado dele e a barba bem aparada.
Nossa.

Zoe sempre teve um fraco por homens com barba bem feita.

Carolina e Helena que me perdoem, mas talvez o casamento de Davi fosse bem melhor do que eu imaginei.

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Adorável PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora