Em de vinte minutos, Helena já estava em seu apartamento, foi um decisão sábia se mudar para perto do trabalho, principalmente por que era mais seguro quando trabalhava até mais tarde. Com 27 anos, trabalhava para a KF e Associados, um escritório de advocacia seu e de Davi.
Antes de trocar de roupa, ela tomou seu remédio, há três anos atrás foi diagnosticada com leucemia, graças ao apoio de Carolina, sua melhor amiga e irmã, seu marido Christian, irmão de Davi, e ao seu médico a doença foi superada, mas tinha que ter cuidado com a saúde.
Colocou seu terninho cinza e saiu.
Tenho novidades maravilhosas, me ligue assim que possível. Te amo, mamãe.
Lena franziu o cenho, ao ler a mensagem de Carina, sua mãe adotiva, enquanto o elevador subia, ligaria mais tarde. Carina era conhecida por exagerar.
Ela reveu mentalmente seus compromissos do dia, e percebeu que só tinha uma reunião a tarde com Davi, os cinco outros advogados do escritório, e as duas secretárias que todos compartilhavam.
Deu uma rápida olhada no relógio, marcando 7h30, mostrou-lhe que estava adiantada, só abriam as 8h em ponto.
Ela saiu antes do elevador fechar, a sua secretária Fabíola e a estagiário Tabita, já estavam em suas mesas e sorriram quando ela se aproximou.
- Bom dia!
- Bom dia, srta. Fernandes - elas responderam em uníssom.
- O Davi já chegou?
- Sim senhora, ele está em sua sala - responderam mais uma vez juntas.
Helena andou pelo corredor, mas em vez de entrar em sua sala, bateu na porta de Davi e depois entrou.
Davi estava tentando limpar as mãozinhas de Nina, seu sapatinho não estava em seu pé, seus cabelos, que ela tivera todo cuidado para pentear, estavam bagunçado, e o vestidinho estava sujo do que parecia tinta de caneta.
Lenços de papel estavam espalhados pelo chão, Nina lutava contra o controle do pai, gritava, esperneava, chutava, a sorte que a sala era aprova de som. Davi parecia estar tentando com todas suas forças ficar calmo enquanto segurava os pequenos pulsos, tentando limpar as mãos.
- Nina, por favor! Eu só quero limpá-la. Fique quietinha!
- Manhã difícil?
Davi levantou a cabeça, alívio refletia em seus olhos.
- Ena - Nina resmungou. Tanto Davi quanto Helena congelaram.
- Ela acabou de chamar meu nome?
- Eu acho que sim, que menininha inteligente - ele elogiou.
- Só por curiosidade, por que ela está suja de caneta?
- Por que quando ela me viu trabalhando, pegou a caneta e começou a rabiscar em tudo, olha isso aqui!
Ele estendeu um documento muito importante.
- Esse não é o...
- Contrato do Sr. Cardoso? Sim.
- Eu vou te matar!
- Depois, primeiro eu tenho que conseguir uma cópia do contrato, depois você pode me matar - Davi respondeu, colocando Nina no chão. - Você poderia tentar limpá-la, enquanto vou buscar dois cafés para nós?
- Quero o meu com creme
Davi saiu da sala. Nina olhou para ela e sorriu, seus minúsculos dentinhos apareceram. Helena já estava apaixonada por ela.
Quando tinha 8 anos sofreu um acidente e ficou gravemente ferida, acabando com suas chances de ter uma criança. Se um dia quisesse ter um filho, teria que ser pelo método da adoção.
- Ena!
- Oi meu amor, deixa eu limpar sua mão?
Nina sorriu e começou a abrir a gaveta da mesa de Davi. Vendo que não tinha nada interessante, saiu de detrás da mesa, e começou a andar pela sala, Helena foi atrás dela. Percebendo que estava sendo seguida, Nina começou a correr tão rápido quanto conseguia. Ela acabou tropeçando e caindo de cabeça no chão.
Nina sorriu e depois começou a chorar e a chamar sua mãe.
- Mama! Mama!
- Shh! Está tudo bem, não foi nada - Helena tentou acalma-la. Nina choramingou e depois parou, encostando a cabeçinha no peito de Helena e chupou seu dedo.
Era definitivo, ela estava apaixonada por Nina.