DOMANDO O INIMIGO

Cap 14 parte ll

Ao entrar na antiga casa que pertencia aos meus pais e não posso negar o desgosto que me toma. Mais, o fato de encontrar aquele homem no escritório de Leon ainda martela na minha mente. Não precisa ser nem um gênio para saber o motivo que aquele homem estava ali, Leon desconfia de algo. Eu tenho que planejar alguma coisa para me tirar dessa futura confusão e só há uma pessoa que pode me ajudar.
Saio dos meus pensamentos pela voz enjoativa da minha irmã. Sério, essa garota só pode ser adotada, não existe explicação pra essa garota chata ter o mesmo sangue que eu. A carinha de boa moça junto ao jeito de mocinha sofrida de novela mexicana me dá nos nervos.

_ Marina, Leon esteve aqui - Diz acuada.

_ O que ele queria? - Pergunto, mas no fundo sei a resposta.

_ Ele queria saber se a três anos atrás você teria viajado pra fora do país. - Ela diz analisando minha reação.

Merda. Como eu pensava ele sabe. Agora mas do que nunca eu tenho que falar com ele. Mantenho minha expressão neutra e rezo pra que essa songa monga da minha irmã, tenha servido para alguma coisa ao invés de só ocupar espaço.

_ E o que você disse? - Pergunto friamente.

_ Hum, eu disse a ele que sim. Que você tinha ficado uma semana fora há três anos - Receosa confessa.

Tento arduamente não expressar o ódio que sinto dessa vadia burra. Vagabunda não serve mesmo pra nada. Quando eu terminar com Cristal a próxima da minha lista será o peso morto da minha adorável irmãzinha. Coloco um sorriso mais falso e digo normalmente.

_ Ah, claro. Eu tinha viajado a negócios. Só que Leon não sabia. - Minto.

_ Marina você não está metida em nada? - Pergunta em duvida, só o que me faltava agora.

_Claro que não bobinha. Porque você não volta a fazer aqueles rabiscos horrorosos que você insiste que é arte? - Digo maldosa e vejo a expressão dela cair.

Não fico para ouvir sua resposta e pra falar a verdade eu não me importo com que ela faz. Caminho no piso superior da casa em uma ala que está desativada e paro em frente à porta. Respiro fundo e tento criar coragem para enfrentar o que me espera por trás dessa porta.

**
Ele está em frente a mim e a expressão que ele ostenta não é uma das melhores. Desde que eu entrei nesse quarto e disse o que havia acontecido na empresa e a visita surpresa de Leon, ele ainda não disse uma palavra. Mas com a experiência que eu tenho sobre seus surtos eu sei que o que me espera não é bom.
Sinto minha bochecha arder e o ataque inesperado me faz cair no chão. O filho da puta me bateu. Ódio me toma.

_ Idiota, você não serve pra nada mesmo. Nem pra manter seu ex marido babaca fora das vistas você serve? - Pergunta irritado. - Você esteve com o dinheiro da empresa nas mãos, como foi entregar ele nas mãos do idiota do Takki? Você é uma inútil mesmo. - Diz e eu me sinto um lixo. Desde criança ele teve o dom de me fazer sentir assim.

_ Vou conversar com Takki, temos que apressar tudo, Leon vai acabar descobrindo que ele esta vivo e quando acontecer vai chegar ate nós.- Digo fingindo que não me atingi com suas palavras

_ Ate nós não!! Ate você. Espero que tenha a decência de me manter fora, você e o idiota do Takki, esse não precisava ter roubado, agiu por pura inveja, queria ter tudo que era do irmão, Ate casou com a mulher que ele amava, só pra sentir mais inveja porque mesmo casando com ela, nunca conseguiu que ela o amasse. Só tive que ser esperto e induzi ló a desfalcar a própria empresa e por a culpa na esposa dele, já que ela era diretora financeira do banco, só que o imbecil achou que podia me fazer de otário e quis ficar com tudo, tive que mandar dar uma surra nele para que falasse, mais o idiota se fingiu de morto e os homens acreditaram nele, o safado jogou o carro no precipício para que todos acreditassem que estava mesmo morto. Mas se não me devolver o que é meu ele vai morrer de verdade, e você também vai se dar mal. - Ele fala e um arrepio de medo passa por meu corpo.

_ Prometo que vou resolver tudo com Takki você não precisa se preocupar. - Falo e ele me da as costas e responde.

_ Assim espero, agora vá !! Cansei de olhar pra sua cara de idiota inútil! - Fala já desaparecendo na escuridão.

Pego o celular com as mãos tremendo e ligo para aquele embecil.

_ Takki seu idiota !! Acabo de tomar a maior bronca por sua causa, ele disse que se você não entregar o que é dele vai matar a nós dois. - Falo e ouço a gargalhada de Takki.

_ Ele vai ter que me achar primeiro.- Ele fala debochando e o ódio toma conta de mim.

_ Talvez se você tivesse me dado minha parte do dinheiro, nos não estaríamos tendo que lidar com Leon. - Digo alterando minha voz um pouco de raiva.

_ Dinheiro, sempre o dinheiro, neh minha adorada Marina? Se você o quer tanto, porque você não consegue o que eu quero? - Oferece num tom de desafio.

_ O que eu preciso fazer pra ter meu dinheiro? - Pergunto já sabendo que não é algo bom.

_ Eu quero Beatriz - Fico muda sem entender o motivo dele querer aquela criança chechelenta, percebendo meu silencio e minha confusão ele me explica - Com Beatriz em minhas mãos, eu terei Cristal.

_ E como você quer que eu faça isso? Leon não me deixa chegar perto daquela criança. - Pergunto sem saber o que ele espera de mim.

- Tão bonita, mas tão burra Marina, ao invés de sempre está de pernas aberta para o primeiro cara que sorrir para sua direção você não tenta ser mais esperta? Sequestre a criança e traga até a mim. - Takki ordena e desliga na minha cara sem me dar chance de dizer algo, fico olhando a tela do celular pensando num plano para sequestrar aquela ranheta. ja sei quem vai me ajudar, o idiota do B e ja sei obriga lo, vou comprar a hipoteca daquela possilga imunda e chechelenta que ele chama de bar penso ja indo em direçao ao carro.