Trinta e cinco.

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Percebi que aquela escuridão era por causa dos meus olhos que estavam fechados. Quando os abri a luz os queimou mas não me incomodei, tinha outra coisa pior: a dor.

Sentia uma dor horrível mas eu não sabia exatamente onde. Só sentia a dor. Profunda e rasgante.

Olhei pra Artur e a dor atravessou meu pescoço. Ele estava de cabeça pra baixo, preso com o cinto de segurança. Não consegui ver como os meninos estavam atrás.

Eu estava sobre alguma coisa coisa pequena, na verdade, várias coisas. Cacos de vidro.

- Ar.. Artur?

Ouvi algum gemido no banco de trás. E depois passos. Olhei pela janela e alguns pés vinham ao longe.

Minha cabeça latejava no ritmo do meu coração. Pontos negros apareciam nos meus olhos.

- Tirem eles de lá. Quero todos vivos. - alguém disse antes de eu apagar.

Lutando pelo amorOnde histórias criam vida. Descubra agora