DOIS

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DÉBORA

— Como assim você viu o Filipe? — Perguntou Alícia. — Pensei que ele estava morto. — falou descontraída

— Alícia. — Emanuel repreendeu ela.

— I, o que eu falei demais? — cruzou os braços como Emily faz quando está com raiva.

— Só você pra me fazer rir em um hora dessas. — Sentei na cadeira. Edu passou pela porta da lanchonete. Olhei pra ele e voltei o olhar pras crianças.

— Vamos lanchar!  — Disse Emanuel tentando ameniza o clima.

— Vamos!  — Gritou Emily toda agitada.

— Sussega nessa cadeira. — Alícia disse e ela riu.

[…]

— Todos pra cama agora. Já está tarde.

— Só mais um poquinho de tevilisão mãe. — Emily disse.

— Chega de "tevilisão" Emily. — Apertei o nariz dela.

Fizeram uma filinha e foram caminhando até o quarto deles. Emily claro, foi reclamando.

Deixei cada um entrar em seus quartos e fui dar boa noite.

— Boa noite meus príncipes. — Dei um beijo em cada um.

— Mãe eu já sou grande. Sou um homem. — disse Gui.

— Assim você me deixa triste, eu cuido de você e você faz isso comigo. — fiz cada de cachorrinho.

— Eu sou glande não mamãe, sou seu príncipe. — Pedro me chamou com as mãozinhas. Cheguei pra perto dele e ele me deu um beijo igual eu faço todos os dias com eles.

— Amo vocês. — Apaguei a luz e Fechei a porta.

Fui caminhando e entrei no quartinho todo lilás da reclamona.

— Você veio me dá meu beijo foi? — disse debaixo da coberta. Cheguei perto dela e comecei a fazer cosquinhas. — Ai mamãe — começou a gargalhar.

— Boa noite. — Me abaixei e dei um beijo nela. Ela mecheu nos meus cabelos curtos.

— Porque tiro seu cabelo mamãe?

— Pra mamãe poder ficar mais bonita.

— Tia Alí falou que você fica munita de qualquer jeito.

— Foi mesmo? — ela assentiu. Eu sorri e ela sorriu pra mim.

— Agora dorme heim. — Me levantei e caminhei até a porta.

— mamãe? — Me virei pra ela.

— Oi filha?

— Porque você num quis falar com o papai do meu amiguinho? — meu corpo gelou, meu coração começou a bater mais forte.

— Amanhã você tem escolinha dominical, tem que ir dormir. — Ela assentiu.

Fechei a porta e mordi meu lábio inferior. Deitei no sofá e me lembrei da hora que eu ví ele. Foi muito ruim saber que ele está vivo, está por perto e não veio falar comigo. Meu coração se aperto e lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora