QUINZE

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DÉBORA

- Guilherme? - gritei já ficando com medo.

- Mamãe! - me abraçou soluçando.

- Ô meu filho. - abracei ele forte. - O que você tem?

- Cadê o Tio Filipe?

- Ele não pode estar aqui agora. Porque?

- Eu quero falar com ele.

- Mais filho... - ele me interrompe

- Eu quero o titio mãe! - cruzou os braços.

- Porque não pode contar pra mamãe? - alisei os braçinhos deles.

- Quero o Tio Filipe mãe!

- Ele não pode estar aqui. - nem se quisesse. - Quer tomar um sorvete? - assentiu. - Então vamos! - levantei e o puxei.

[...]

Fomos andando até uma pracinha de lanches que tem aqui atrás de casa. Entramos na estansão dos lanches e fomos pra parte doce. Sentamos nas cadeiras e logo veio uma garçonete vestida toda com roupas coloridas.

- Que isso? - Emily franziu o cenho. Alí gargalhou.

- Emily, fica querinha! - disse com vergonha. A atendente riu. - Desculpa.

- Que nada! O que vocês vão querer?

- Eu quero sorvete! - gritou Pedro.

- Não grita Pedro. - Repreendeu Emanuel.

Falamos os nossos sabores de sorvete e a atendente saiu em direção a pequena lojinha.

- Hum.... - resmungou Emily se saboreando.

- Toda cagada de sorvete. - rimos se divertindo.

Terminamos a noite com as crianças nos brinquedos da pracinha.

- E o Filipe? - Perguntou Alí. Estávamos sentados no banco vendo eles brincando.

- Bom, não pude ver ele. - dei de ombros. - Samela foi lá! - disse já sentindo raiva.

- Nossa, que cara de pau. - reclamou zangada

- Não sei o que essa mulher quer da vida.

- Ela quer vingança a toda custo. - suspirei e passei as mãos pelo rosto. - E as vezes eu até tenho medo do que ela possa fazer.

[...]

- Eu estou com medo! - abracei Paula.

- Vai acontecer do jeito que Deus quizer que aconteça. - me deu um beijo.

Hoje era o último dia de julgamento depois de uma semana cheia de defesas e julgos. E por mais que eu acreditasse que ele não era culpado, as vezes eu acreditaca que era por ter tanta gente enviada pelo pai da Samela querendo culpá-lo.

Entramos dentro do fórum pro último dia de julgamento. Nos sentamos e começou.

- O julgamento está em sessão. - o juiz bateu o martelo. - Entrem com o acusado da morte de Leandro Oliveira.

Trouxeram Filipe pra sala e foi chamada a primeira pessoa pra falar à favor de Filipe.

[...]

Saímos pra esperar os 15 minutos de resseco pra decisão do Juíz.

- Débora, quer tomar um café? - Chamou Mateus.

- estou um pouco nervosa, não consigo comer nada.

Ele saiu com Paula pra vê se ela come alguma coisa.

Fiquei sentada na escada esperando passar os 15 minutos. Eu já não tinha unha.

Paula e Mateus voltaram.

- Vamos orar Débora? - chamou Mateus.

- Vamos! - levantei e fomos pra um canto.

- Ora minha menina? - Paula estava com olheiras fundas, um semblante muito triste.

- Tá! - respirei mordendo o lábio. - Deus, há promessa, sonhos, planos em jogo. Não estamos falando de uma vida qualquer. Mais sim de um servo Teu. Mais independente de qualquer decisão, eu creio que foi feita a sua vontade. Amém. - apertamos as mãos com força dando positividade um para o outro.

Entramos pra sala novamente e o Juiz logo veio.

- O Juri entrou em sessão.

Cada um foi pros seus lugares e entraram com o Filipe. Foram dadas as considerações finais.

- O Réu Filipe Hernane foi considerado

Meu coração estava à mil. Minhas mãos estavam suando. As lágrimas desciam sem preucação. Meu coração estava apertadinho.

Deus, se ele for solto, Eu volto pra tí!

A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora