QUATORZE

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DÉBORA

Segunda-feira, 08:07 da manhã.

Eu estava pronta, vestida adequadamente pra um tribunal pro primero dia do julgamento.

Peguei a bolsa e às chaves do carro. Peguei o relógio na mão pra por dentro do carro.

Destravai a porta do carro, joguei a bolsa de lado, coloquei o relógio e peguei o celular.

— Oi amiga! — Alí disse ao atender.

— Amiga, só quero que você não esqueça de pegar as crianças, não sei que horas vou voltar, vou ficar com a Paula.

— Tudo bem! Que Deus esteja com vocês.

— Amém. Te amo.

— Te amo.

Desliguei o celular e joguei dentro da bolsa. Respirei fundo, junto vinheram as lágrimas.

— Meu Filipe... — bati com as mãos no volante. — Deus, se o Senhor ainda és comigo e com aqueles que o ama, que haja providência. — supliquei. Limpei as lágrimas a dei partida.

[…]

Cheguei em frente ao fórum e respirei fundo tentando não chorar. Olhei no relógio e marcavam 08:43 da manhã. Botei os pés pra fora, Fechei e abri os olhos, tirei o corpo pra fora e tranquei o carro.

— Oi! — virei pra trás olhando quem tinha me chamado.

— Eduardo! — olhei surpreza.

— Minha mãe pediu pra eu vir ficar com você! — sorri solidária.

— Então vamos!

Subimos as escadas e passamos pela porta entrando dentro do Lugar que mais parecia uma sala de cinema. Mais esse é um cinema que eu não quero assistir o filme.

Avistei Paula e Mateus e fui os cumprimentar.

— Oi, bom dia. — demos um beijinho e abracei Mateus.

— Você chamou Ele? — mateus sussurrou.

— não, encontrei ele ali na porta.

— Acho que já vai começar. — Disse Paula.

— É, vai! — disse ao me certificar da hora.

Começaram a sessão.

— O Réu Felipe Hernane está sendo julgado pela morte de Leandro Oliveira encontrado na terça-feira. Ele foi encontrado com marcas de enforcamento e no sangue que havia no corpo dele havia rastro de sangue de Filipe Hernane.

Paula segurou minhas mãos com força.

Deu prosseguimento ao julgamento. Trouxeram Filipe pra se sentar e responder algumas perguntas.

Ele fez o juramento perante Deus e sentou. Nossos olhares se encontraram em quanto ele estava procurando pela platéia do juri. Sorri pra ele, e ele sorriu de volta.

Olhei pra trás pra ver quem havia passado pela porta e era Samela.

— como ela teve a cara de pau de vir aqui? — disse num sussurro.

— O que você disse Débora? — perguntou Paula.

— ah nada. — Menti. Não queria deixar ela mais preocupada.

[…]

Já que Mateus iria ficar em casa eu deixei Paula com ele e voltei pra casa. Já eram 17:23 da tarde. Destravei o carro, entrei e dei partida.

Cheguei na porta de casa e entrei.

Alícia e as crianças estavam vendo filme. A casa estava uma zona.

— Formiguinha! — tomei um susto com a voz de Emanuel.

— que susto garoto. — sorri. Nós comprimentos.

— Mamãe! — Pedro e Emily agarraram minhas pernas.

— Oi meus bebês. — me abaixei e agarrei os dois.

Joguei a bolsa em cima do sofá e sentei.

— Vamos tomar um sorvete? — perguntei as crianças. É a mesma coisa que perguntar se macaco quer banana.

— Simmmm!!!

— Vamos Alí? — perguntei

— Vamos amor? — ela virou pra Emanuel.

— Bora! — concordou.

— Vou chamar o Gui.

Levantei e fui ao quarto dos meninos pra chamar o Gui. Antes de abrir a porta, ouvi um choro. Anri a porta correndo e Guilherme estava deitado na cama, chorando.

— Gui, o que foi?



A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora