BÔNUS

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Não revisado

  FILIPE

— Porque você convidou ele pra nossa ceia de natal Débora? — a raiva estava me consumindo por dentro.

Eu não gosto que esses mulekes fiquem perto da minha mulher. Eu sei muito bem quando um homem olha pra uma mulher de forma diferente, desejando ela.

— E porque você estava falando com aquela professora? — amo quando ela fica com ciúmes, vejo que ela me ama.

Estavamos fora da escola, no meio do jardim.

— Estava conversando apenas sobre como anda meus filhos. — dei de ombros.

— Você está falando com uma mulher e não com uma criança. Então não me venha de graça falando que estava falando com uma professora sobre nossos filhos sendo que eu deixei de cuidar da minha loja pra fazer meu papel de mãe. Então não me venha com essa. Eu não gosto dessas professoras daqui.

Cruzei os braços vendo ela tentar ficar calma em meio a nosso desentendimento pra não receber olhares curiosos. Olhei dentro dos olhos dela, coisa que eu sei que faz ela ficar desconcertada.

Amo essa mulher, porque  eu conquisto com flores e gestos e não com carro e dinheiro.

— Não faz assim! — cemicerro os olhos pra mim.

— Mãe, pai! — ouvimos a voz de Guilherme. — Já vai começar.

Senti o empacto do ombro dela batendo no meu. Ela saiu entrando sem ao menos me esperar.

Sentamos em nossos lugares e começou a apresentação das crianças.

Primeiro foi a vez da classe da Emily se apresentar. Ela entrou toda de rosa vestida de bailarina a coisa mais linda de se vê. Procurei pela mão de Débora para segurar mais Débora tirava foto e olhava chorando a apresentação.

"Mulheres"

Veio a vez do João Pedro que fez participação de um grupo de soldados representando nosso Brasil.

— Meus irmãos são muitos bons papai! — disse Lucas.

— Todos vocês são muito bons no que fazem filhão. — dei um beijo na cabeça de Lucas e voltei a prestar atenção na apresentação, e Débora filmava tudo.

Por último veio os últimos anos.

Guilherme parou na frente ao microfone e o coral ficou atrás dele.

Começou o palyback e chegou a parte dele cantar, mais ele travou.

— Fil, o Gui! — disse Débora apavorada.

— Calma amor! — eu não sabia o que fazer.

— No natal essa história começa, na noite que nasce o bebê ....

Olhei pro lado e não acreditei que Lucas estava cantando. Meu filho tem essa voz toda?

Olhei pra Débora que estava tão assutada quanto eu, mais ria feliz.

Olhei pro Guilherme que começou a mecher a boca, Lucas foi caminhando até Guilherme e ajudou o irmão a cantar a canção de natal.

[…]

No final quando os dois terminaram de cantar a platéia encheu o auditório de palmas, assovios e elogios.

— meus filhos! — Débora saiu em disparada.

Ela foi na direção das salas que as crianças estavam trocando de roupa, fui atrás dela. Peguei as bolsas e em quanto eu andava ouvia as considerações finais da diretora e professores.

— Papai! — Emily veio correndo pro meu colo.

— Você tava linda minha princesa! — dei um beijo demorado nela.

— Eu sei papai!

As professoras e os demais presentes na sala riram da atitude de Emily.

— Depois você fala que essa garota não é parecida com você! — disse olhando pra Débora.

Ela revirou os olhos.

[…]

Chegamos em casa exusto. Nem precisamos colocar as crianças pra dormir porque elas foram sozinhas depois de tomar um banho.

— Amor? — falei pra provocar e vê se ela ainda estava chateada comigo.

— que foi Filipe?

Ela ainda tá brava.

— Tá brava?

DÉBORA

— Era melhor não perguntar nada se é pra fazer uma pergunta idiota dessas. — eu ainda estavá zangada por ele está dando bola pra professora da escola dos meninos.

— Amor eu estava falando com ela sobre as crianças.

— não quero saber! — dei de ombros.

Coloquei o copo de suco que eu terminei na pia e quando eu ia ir pro quarto Filipe me segura e o telefone  toca.

— Da licença! — me soltei dele.

Peguei o telefone e logo atendi.

~ Alô? — atendi

A voz de desispero quase inreconhecivel de Emanuel explodiu em minha mente fazendo eu largar o telefone o deixando cair no chão e fazendo meu coração entrar em desispero.

— Alícia! — falei em tom normal com as lágrimas já rolando pelo rosto. Minha garganta fecho com o nó e meu coração se apertou.

— Amo? — senti as mãos de filipe segurar meu corpo que amoleceu.

A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora