DÉBORA— Eu duvido que eu não faça mais efeito sobre a minha mulher. — Sorriu. Merda!
— Você acha que depois de anos longe, me largando do jeito que me largou, você pode chegar e recuperar o seu lugar na minha vida? — Cruzei os braços.
— Mamãe, vocês estão bligando? — Olhei pra Emily que estava com a vozinha manhosa.
— Não minha princesa. — esbarrei nele e fui pegar ela — Vamos almoçar? — ela balançou a cabeça em negativo.
— Quero ficar com o titio. — abriu os bracinhos pro Filipe. — Olhei pra Paula que sorria com a cena.
— Vamos almoçar, agora Emily. — Virei ela ao contrário de Filipe que já queria se chegar pra pegar ela.
— Eu quero o titio mamãe. — começou a chorar baixinho. Fechei os olhos e respirei fundo. Emily segurou meu rosto entre as mãos, sem querer não me aguentei e deixei uma lágrima rolar. — Porque "voche" também tá cholando mamãe? — balancei a cabeça e sorri.
— Eu não estou chorando não meu amor . — Brinquei apertando o nariz dela. Coloquei ela no chão. — Vou por a comida de vocês pra não ficar tarde. — Vi por um reflexo que Emily foi pros braços dele.
Em quanto os meninos ficavam com Mateus e aquele monstro eu fui pra cozinha e Paula me seguiu.
— Débora eu sei que.... — A interrompi.
— Dona Paula, eu sei que você só quer ajudar. Mais muito pelo contrário, você está deixando a minha vida um inferno. — ela arregalou os olhos pra mim — Me perdoa as palavras, mais eu não quero o Filipe de jeito nenhum mais em contato com os meus filhos, porque esses meninos são meus e do Edu. O único que Filipe sabe que é dele é o Gui, porém nem com o Gui eu quero ele. E os outros dois, nunca que ele vai saber. E eu espero que a Senhora não conte. É direito meu não querer ele em contato com a minha família. Direito meu. — estava falando baixinho. Voltei a por a comida das crianças.
— Mais minha menina, você não pode fazer uma coisa dessas.
— Ah, eu posso sim.
Começei a botar os pratos na mesa.
— Pedro, Guilherme e Emily almoçar. — coloquei os copos de guaraná do lado do prato. — Dona Paula, seu Mateus e..... — apontei pra ele — podem se servir — botei as panelas e os pratos em cima da mesa. — Fiquem à vontade.
— Você não vai comer não Débora? — Perguntou Mateus.
— Estou um pouco enjoada. Mais podem ficar à vontade. Vou ali pro meu quarto. — Caminhei até meu quarto e bati a porta. Corri pra minha cama e botei o rosto no travesseiro pra poder abafar o choro.
[…]
TOC TOC
Olhei pro lado e ele havia entrado no quarto. Levantei rápido da cama.
— Saí! — estava me segurando pra não gritar. Ele balançou a cabeça em negativo. — Saí do meu quarto. — ele trancou a porta — arregalei os olhos.
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A FILHA DO PASTOR 2
SpiritualAnos após uma separação trágica e sem explicações, Filipe volta para sua cidade natal trazendo os sentimentos à tona! Será que ainda há um propósito para a Débora e Filipe?