VINTE E UM

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Não revisado!

MESES DEPOIS

"NARRAÇÃO DO ESCRITOR"

Meses se passaram desde o pedido de casamento de Débora. Filipe queria se mudar para uma casa que ele iria comprar com o dinheiro do trabalho dele que ele tem ajuntado trabalhando na empresa pro pai, mais Débora não aceitou. Desde então, ele que paga as últimas prestações da casa que agora pode se dizer que é deles.

Débora está à casa dia mais apegada com a obra do Senhor. Filipe foi consagrado a auxiliar de trabalho e continua a pagar serviços comunitários por em outros tempos ter vendido e consumido drogas.

Ah, as crianças estão aprontando como sempre!

DÉBORA

— Não corre, eu passei pano agora na casa. Vai sujar tudo de novo meninos.

— Aaah, mãe! — disseram em uníssono demonstrando frustração.

— Já disse que não é pra correr. Se correrem vão ficar de castigo.

— Mais mamãe! — Pedro fez beicinho .

— Não vou falar de novo!

Ele e Emily sentaram no sofá bufando de raiva.

Toc toc

— Já vai! — larguei o pano de prato que eu estava secando a mão, e fui até a porta. — Oi Calina! — comprimentei a amiguinha do Guilherme.

— Oi tia! — sorriu tímida olhando pra baixo.

— Boa Tarde Débora. — disse Silvana, mãe dela.

— Boa tarde Silvana! — nos comprimentamos. — Entrem. — dei passagem.

— Eu só vim trazer ela mesmo, preciso voltar pra casa.

— tudo bem então, não se preocupe que eu à levo pra casa! — Nos despedimos e Calina entrou. — Guilherme! — gritei, pois ele estava no quarto.

— oi mãe! — disse chegando na sala. — Ah, oi Calina! — sorriu ao ver ela.

— Oi Gui! — disse tímida.

— Mãe, eles são namorados igual ao tio Fiufiu e você?

Da aonde essa garota tira essas coisas?

— Emily, cala à boca. — ela franziu o cenho. — Podem ir pro quarto meninos. — eles se viraram indo à caminho. — Porta aberta heim! — gritei.

[…]

— Boa noite amor! — recebi um beijo de supresa do Filipe.

— Boa noite meu amor. — continuei à ler à Bíblia.

— Tá lendo o que hoje? — perguntou assim que jogou a pasta em cima do sofá e sentou junto à mim.

— Eclesiastes!

"É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. " — recitou um dos versículos do Capítulo dois.

— Tá fera heim rapaz! — ele sorriu e me deu um beijo na testa.

— Vou tomar uma banho! — disse tirando os sapatos e jogando.

— Você vai arrumar quando sair do banho. Eu já arrumei essa casa hoje.

— Tabom mãe!  — foi sarcástico. Cemiserrei os olhos.

— Cadê as crianças? — Dormiram.

— Cedo assim? — estranhou.

— Sim! Amanhã tem aula. — concordou com a cabeça.

Saiu da sala e fou pro quarto.

Toc toc.

Me levantei indo até a porta. Abri e não tinha ninguém. Olhei pra um lado e pro outro pra me certificar.

— Que isso? — olhei no chão uma carta azul. Estava direcionada pro Filipe.

Olhei mais uma vez pra vê se não tinha ninguém. Entrei e Fechei a porta. Fui até a porta do banheiro do nosso quarto.

— Amor? — chamei

— Oi vida! — estava ouvindo a voz misturada com o barulho da água do chuveiro.

— Chegou uma carta pra você! — eu estava me corroendo pra abrir.

— Pode abrir, deve ser da empresa, ou contas pra pagar. — que marido bom.

— Tá!

Abri o envelope que tinha o cheiro do Filipe e peguei uma folha de ofício braca dobrada dentro. Meu coração se apertou, meu corpo tremeu e os meus olhos ficaram embaçados com a poça de lágrimas que se formou. Continha apenas uma frase:

"Quando vai contar à sua amada que os pais dela só morreram por sua culpa Filipe? "

A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora