DÉBORA
- Boa noite! - disse comprimentando os dois homens ali parados. - O que tá acontecendo aqui? - me direcionei à Mateus e Paula.
- Vou ser preso! - Filipe disse vindo do escritório.
- Ai meu Deus! - corri pra o abraçar
- Calma! - abracei ele já começando a chorar.
- Filipe. - olhei nos olhos dele que agora estavam tão amedrontados quanto os meus - Amor! - as lágrimas estavam banhando meu rosto. Ele segurou meu rosto e sorriu.
- Você me chamou de amor. - me deu um selinho demorado.
- Não é hora pra sorrisos. Você vai ser preso. - estava em desispero.
- Mais eu não estou sozinho. Deus está comigo.
- Mais porque você vai ser preso? - Quase não conseguia falar.
- Porque eu fui acusado de matar e de vender drogas. - Arregalei os olhos.
- Mais você...
- Não, eu não matei ninguém. Mais estar vendendo e sendo usuário eu já fiz.
- Você sabe que Foi aquela víbora né? - mordi os lábios
- Sei, e acho até bom. Eu pago logo pelo que eu fiz. - me deu um beijo na testa e foi em direção aos policiais.
- Filipe! - disse antes de ele sair algemado pelas portas. - Filipe! - entrei em total desispero.
- Calma minha filha, Deus é maior. - Paula me abraçou.
[...]
A semana passou arrastada, Filipe ainda estava naquele lugar. Eu queria ir lá vê-lo mais não estava preparada.
- Amiga, não quero você borocochô desse jeito não heim. - disse Drew sentando do meu lado no sofá.
- Vamos jogar essa energia pra cima. - disse Alí me abraçando de lado.
- Poxa gente, ele está lá e eu aqui. Tudo culpa daquela quenga.
- ele teve uma parcela de culpa. - disse Drew dando e ombros.
- Drew. - alí o repreendeu.
Passamos a virada de noite de sexta pra sábado vendo filmes e séries, comendo e bebendo besteiras, eu não iria trabalhar.
Acordei de mal jeito na cama que quando tentei levantar minha costas reclamaram de dor.
- Bom dia. - disse Alí passando pela porta com uma bandeja de café da manhã. Sorri pra ela.
- Que amiga linda que eu tenho. - me sentei me espriguiçando.
- Eu sei. - sentou junto à mim de frente pra bandeja cheia de coisas gostosas.
- Também quero heim. - disse Drew com uma voz grossa de quem acordou agora.
- Que voz de homem! - disse.
- quem vê não sabe que ele gosta da mesma fruta que nós. - completou Alí. Começamos a gargalhar.
- vocês não prestam. - sentou junto da gente.
Meu celular começou a tocar.
Levantei da cama e fui até a cômoda. Olhei a hora que marcava 10 e meia e atendi Paula.
- Bom dia!
- Bom dia minha menina. - disse com uma voz cansada de quem não dormiu. - Queria te falar que Filipe vai pra primeira audiência dele à segunda e vão começar a julgar o caso. - meu coração se apertou.
- Eu.... eu vou estar lá.
- Beijos! Bom dia.
Joguei o celular em cima da poltrona e tombei em cima dela com tudo.
- O que foi?
- Débora?
Vinheram os dois pra perto de mim.
- Ele vai ser julgado.
- Ai meu Deus! - disseram junto.
***
Pra deixar as crianças felizes, fomos todos pra praça lanchar. Principalmente os casais #Anwe e #Alinuel
- O que vocês vão querer crianças?
Enquanto alí fazia os pedidos eu me perdi olhando pro lugar aonde nos vimos pela primeira vez depois de anos.
FLASHBACK ON
Saí da lanchonete e fui caminhando até a pracinha aonde eu ví Edu conversando com algum pai.
- Pô Edu, os meninos estão morrendo de fome. - Menti. - Cadê a Emily?
O cara que estava ao lado do Edu se virou e eu tomei um susto. Filipe? Meu coração disparou e eu fiquei sem reação.
- Débora? - a voz dele saiu falha, mais alta o suficiente pra eu ouvir. Saí da minha paralisia mental e corri pra pegar a Emily.
- Vem Emily, vamos comer. - Passei por ele o ignorando. Voltei com Emily nós meus braços o ignorando ainda.
- Você teve uma menina? - Ele teve a cara de pau de me perguntar.
Saí em disparada com Emily nós meus braços
FLASHBACK OF
- Dé, você está me ouvindo. - ela estalou ou dedos em frente ao meu rosto
- Ah, oi, fala. - saí dos meus devaneios
- O que você vai querer?
- Um cachorro quente.
- E um cachorro quente por favor. - completou o pedido
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A FILHA DO PASTOR 2
SpiritualAnos após uma separação trágica e sem explicações, Filipe volta para sua cidade natal trazendo os sentimentos à tona! Será que ainda há um propósito para a Débora e Filipe?