TREZE

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DÉBORA

- Boa noite! - disse comprimentando os dois homens ali parados. - O que tá acontecendo aqui? - me direcionei à Mateus e Paula.

- Vou ser preso! - Filipe disse vindo do escritório.

- Ai meu Deus! - corri pra o abraçar

- Calma! - abracei ele já começando a chorar.

- Filipe. - olhei nos olhos dele que agora estavam tão amedrontados quanto os meus - Amor! - as lágrimas estavam banhando meu rosto. Ele segurou meu rosto e sorriu.

- Você me chamou de amor. - me deu um selinho demorado.

- Não é hora pra sorrisos. Você vai ser preso. - estava em desispero.

- Mais eu não estou sozinho. Deus está comigo.

- Mais porque você vai ser preso? - Quase não conseguia falar.

- Porque eu fui acusado de matar e de vender drogas. - Arregalei os olhos.

- Mais você...

- Não, eu não matei ninguém. Mais estar vendendo e sendo usuário eu já fiz.

- Você sabe que Foi aquela víbora né? - mordi os lábios

- Sei, e acho até bom. Eu pago logo pelo que eu fiz. - me deu um beijo na testa e foi em direção aos policiais.

- Filipe! - disse antes de ele sair algemado pelas portas. - Filipe! - entrei em total desispero.

- Calma minha filha, Deus é maior. - Paula me abraçou.

[...]

A semana passou arrastada, Filipe ainda estava naquele lugar. Eu queria ir lá vê-lo mais não estava preparada.

- Amiga, não quero você borocochô desse jeito não heim. - disse Drew sentando do meu lado no sofá.

- Vamos jogar essa energia pra cima. - disse Alí me abraçando de lado.

- Poxa gente, ele está lá e eu aqui. Tudo culpa daquela quenga.

- ele teve uma parcela de culpa. - disse Drew dando e ombros.

- Drew. - alí o repreendeu.

Passamos a virada de noite de sexta pra sábado vendo filmes e séries, comendo e bebendo besteiras, eu não iria trabalhar.

Acordei de mal jeito na cama que quando tentei levantar minha costas reclamaram de dor.

- Bom dia. - disse Alí passando pela porta com uma bandeja de café da manhã. Sorri pra ela.

- Que amiga linda que eu tenho. - me sentei me espriguiçando.

- Eu sei. - sentou junto à mim de frente pra bandeja cheia de coisas gostosas.

- Também quero heim. - disse Drew com uma voz grossa de quem acordou agora.

- Que voz de homem! - disse.

- quem vê não sabe que ele gosta da mesma fruta que nós. - completou Alí. Começamos a gargalhar.

- vocês não prestam. - sentou junto da gente.

Meu celular começou a tocar.

Levantei da cama e fui até a cômoda. Olhei a hora que marcava 10 e meia e atendi Paula.

- Bom dia!

- Bom dia minha menina. - disse com uma voz cansada de quem não dormiu. - Queria te falar que Filipe vai pra primeira audiência dele à segunda e vão começar a julgar o caso. - meu coração se apertou.

- Eu.... eu vou estar lá.

- Beijos! Bom dia.

Joguei o celular em cima da poltrona e tombei em cima dela com tudo.

- O que foi?

- Débora?

Vinheram os dois pra perto de mim.

- Ele vai ser julgado.

- Ai meu Deus! - disseram junto.

***

Pra deixar as crianças felizes, fomos todos pra praça lanchar. Principalmente os casais #Anwe e #Alinuel

- O que vocês vão querer crianças?

Enquanto alí fazia os pedidos eu me perdi olhando pro lugar aonde nos vimos pela primeira vez depois de anos.

FLASHBACK ON

Saí da lanchonete e fui caminhando até a pracinha aonde eu ví Edu conversando com algum pai.

- Pô Edu, os meninos estão morrendo de fome. - Menti. - Cadê a Emily?

O cara que estava ao lado do Edu se virou e eu tomei um susto. Filipe? Meu coração disparou e eu fiquei sem reação.

- Débora? - a voz dele saiu falha, mais alta o suficiente pra eu ouvir. Saí da minha paralisia mental e corri pra pegar a Emily.

- Vem Emily, vamos comer. - Passei por ele o ignorando. Voltei com Emily nós meus braços o ignorando ainda.

- Você teve uma menina? - Ele teve a cara de pau de me perguntar.

Saí em disparada com Emily nós meus braços

FLASHBACK OF

- Dé, você está me ouvindo. - ela estalou ou dedos em frente ao meu rosto

- Ah, oi, fala. - saí dos meus devaneios

- O que você vai querer?

- Um cachorro quente.

- E um cachorro quente por favor. - completou o pedido

A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora