VINTE E DOIS

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FILIPE

Saí do banho secando meu cabelo. Dei uma última olhada no espelho do banheiro e fui pro closet que está sendo terminado pra pegar uma roupa.

- Débora? - Disse assim que ví ela sentada na cama com a cabeça baixa. - Amor? - cheguei pra perto dela.

- Não encosta em mim. - disse ainda de cabeça baixa.

Havia um envelope em azul que estava com duas bolinhas molhadas de quem espirrou alguma coisa. Era o meu perfume. Pra que débora faria isso?

Peguei a carta e abri pegando a folha branca dobrada dentro.

Quando vai contar à sua amada que os pais dela só morreram por sua culpa Filipe?

Meu coração foi à mil.

FLASHBACK ON

- Não vou fazer isso com ela. Ela é apenas uma garotinha Samela! - falei tentando soar desinteressado.

- Papai, dá pra por sabedoria na cabeça desse daí?

- Eu não vou fazer uma graça dessas, só por que te deu vontade. - retruquei

- Papai, fala com o Filipe por favor?

- Eu não vou falar nada não por#*. Deixa de ser problemática. Estou procupado com meus negócios, não com satisfazer seus caprichos.

- Papai?

- Não me estressa Samela...

- Então eu mesma vou dar um fim na alegria dela, já que não posso mecher com o filho na barriga, mecho com os pais.

- O que você vai fazer?

- Vai ajudar?

- Não! Mais....

- Então não interessa! - deu as costas e saiu andando.

FLASHBACK OF

- Débora? - tentei me chegar pra perto dela.

- O que você fez com os meus pais? - levantou a cabeça. Seus olhos estavam vermelhos, seu rosto marcado e inchado.

- Eu não fiz nada Débora! - falei nervoso.

- E porque alguém se daria ao trabalho de fazer uma carta e ainda manda? - o rosto dela estava sendo banhado pelas lágrimas.

- Eu não sei!

- Filipe o que você fez com meus pais? - estava suplicando como se a culpa fosse minha.

- Meu amor, eu nunca faria uma coisa dessas. - tentei chegar perto dela mais ela se esquevou levantando da cama.

- Pra quê mecher nessa ferida de novo Deus? - olhou pro teto.

- Eu... e... Eu não fiz nada. - tentei chegar novamente perto dela.

- Mais alguém fez, se levantaram essa calúnia, foi porque alguém fez e não foi por acaso a morte dos meus pais. - disse aos berros.

A FILHA DO PASTOR 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora