Capítulo 39

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Assim que cheguei em casa, Vanessa ligou.

- Oi, Henrique. Será que a gente pode conversar?

- Pode falar.

- Eu prefiro que seja pessoalmente.

- Agora não dá. Tenho um monte de coisa pra arrumar pra viagem.

- Ah é. A viagem. Você ainda vai?

- Com certeza. Quero passar um tempo com meus amigos. E outra, eu não teria motivos pra não ir né.

- Tudo bem. Na verdade eu... eu gostaria de pedir desculpa pelo que houve.

- Olha Vanessa. Não é pra mim que você deve pedir desculpa e sim pra Marília. E fique sabendo que eu não quero que você trate ela daquele jeito nunca mais, entendeu?

- Ah Henrique. Eu não quero falar com ela.

- Não quer? Foi ela que você ofendeu e não eu. Você sabe a importância que a Marília tem na minha vida, Vanessa. O que você falou pra ela também me afetou. Ela ficou mal com tudo isso sabia. Aliás, pedir desculpas dela é o mínimo que você pode fazer depois do que você falou.

- Eu não gosto dela Henrique. Não vou pedir desculpa de ninguém. Se eu falei aquilo foi porque ela mereceu.

- Como você ainda tem coragem de me falar isso? Tá maluca? Você tá sendo estúpida Vanessa.

- Ah Henrique. Me poupe. Não gosto da Marília e não aceito sua amizade com ela que por sinal, acho muito estranha.

- Para de falar besteira garota. Já vi que não tem clima pra falar com você. Tenho mais o que fazer. Tchau

- É. Desliga. Aproveita sua viagem com seus amiguinhos. Aposto que a Marília vai tá lá e vai adorar ter o prazer da sua companhia. Eu nem queria ir mesmo nessa porcaria de viagem. Não gosto dos seus amigos.

- Já chega Vanessa. Não quero mais falar com você. Tchau. Desliguei o telefone.

Estava muito irritado. Se ela queria me deixar assim, conseguiu. Terminei o que tinha pra fazer e fui dormir. Era a melhor coisa a se fazer naquele momento. Acordei cedo no dia seguinte. Me arrumei e saí pra comprar algumas coisas pra levar na viagem. Isso acabou ocupando meu dia inteiro. Viajariamos no final da tarde. Eu, meu irmão e a Mohana. Os outros iríamos encontrar lá. E pra minha surpresa, quando cheguei e encontrei o pessoal, a Marília não estava.

- Tchula, cadê a Marília?

- Ela não veio. Disse que era melhor ficar em casa.

- Eu não acredito que ela fez isso.

-Pois é mano. Olha que eu insisti muito pra ela vir, mas não teve jeito.

- E ela me disse que viria. Ah, mas isso não vai ficar assim não.

- O que você vai fazer?

- Vou ligar pra ela agora.

Me afastei, peguei o celular e liguei pra ela. Eu não acreditava que ela tinha feito aquilo comigo e nem com o pessoal. Conversamos um pouco por telefone e eu resolvi cumprir o que havia prometido. Decidi ir buscá-lá, mas faria isso no dia seguinte e sem ela saber.

No dia seguinte acordei de madrugada e fui direto pro aeroporto. Já havia solicitado o jato e assim que cheguei já estava tudo pronto pra embarcar. Queria estar bem cedo em Goiânia. Assim que cheguei, peguei o carro que havia alugado e fui direto pra casa da Marília. Liguei pra ela dando uma desculpa pra fazer ela sair de casa. Assim que ela saiu da garagem e me viu tomou um susto. Então ela guardou o carro e foi até onde eu estava. Fiz ela subir e arrumar as malas pra seguirmos viagem. Assim que chegamos na casa de praia, estavam todos reunidos tomando café e claro, todos ficaram felizes com a presença da Marília ali. Aproveitamos bastante esses dias.

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