A voz da razão

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Beatrice

Hoje faz exatamente uma semana que me declarei ao Ross e desde então não nos vimos  mais. Ele me liga, me manda mensagem, eu tenho evitado ao máximo o contato com ele seguindo os conselhos do meu avô. Inventei que estou trabalhando com minha mãe e por isso nunca posso encontra - lo. Mamãe já me questionou umas cem vezes o por que da minha atitude, contei para ela parte da minha conversa com vovô e ela deu razão a ele. Então no final está me ajudando. Foi comigo trocar minha fantasia e claro que tive que inventar um motivo que não fosse a implicância do Ross.

Sai mais cedo do escritório para poder malhar um pouco, fiz aula de muay thai o instrutor Adam é muito atencioso, até demais pro meu gosto. .

Chego em casa e vou direto pro banho... Preciso relaxar e parar de pensar no Ross.

Ross

Uma semana e nada de ver a Beatrice, diz ela que esta trabalhando direto com a mãe. Não me esqueço o dia que a deixei em casa, nosso amasso no carro. Arthur nos atrapalhou na hora certa, ai se ele não tivesse chegado. Seu comentário, me deixou desconcertado um pouco, mas entendo que é coisa de avô protetor : "juízo garoto, estou de olho em você"

-- Ross. – meu pai se senta ao meu lado no sofá. -- Bem?

-- Sim, pai. – meu celular vibra no meu bolso, pego correndo pensando que é ela, mas não.

-- Esperando a ligação de alguém ?

-- Humm, mais ou menos... pai, mamãe falou que quando descobriu que o senhor era o tal amigo virtual dela. ficou puta e te tratou mal, para fazer você  pagar, o que o senhor fez ?

-- Corri atrás dela feito cachorrinho atrás de sua dona. – responde rindo. – Já sabia que a amava, não ia perder ela por bobeira.

-- Mesmo ela se distanciando ?

-- Sim, por que ?

-- Beatrice se declarou a uma semana pra mim, mas evita minhas ligações. – ele ri. – Paiiii

-- Desculpa, mas sua cara é engraçada.

-- Estou com saudades dela. – confesso.

-- Vai atrás dela. – me joga a chave do carro. – Agora.

-- O que ? não... se ela não me atender ? – pergunto nervoso.

-- O não tu já tem, corre atrás do sim moleque.

-- Que sim pai ? não a pedi em namoro. – ele fica serio do nada.

-- O que exatamente você falou a ela, depois que ela se declarou ?

-- Paciência, e que eu não sabia explicar o que sinto por ela.

-- Duvido... mas vamos lá. – se vira pra mim. – Ri que nem um idiota perto dela ?

-- Sim.

-- Consegue manter as mãos longe dela ?

-- Não.

-- Coração dispara quando a vê ?

-- Sim.

-- Sai da minha frente já. – me bate com o travesseiro. – Tu a ama, seu idiota. – rimos.

-- Amo ?

-- Ross, todo mundo já reparou nisso. Só você que não.

-- Todo mundo. Como assim, todo mundo ?

-- Como assim porra nenhuma, vaza daqui e vai se declarar a ela.

-- Me belisca forte. - ele faz -- Aiiii. – me levanto. – Ta, estou indo.

-- Fala tudo e diz o que tu sente, mulher gosta de coisas diretas. – aconselha.

-- Valeu doutor. – provoco antes de sair correndo.

-- Respira Ross, você só precisa dizer que a ama. – dirijo que nem um louco pra casa dela. tanto que quando chego, não estaciono certo.

-- Ei garoto. – Arthur me cumprimenta.

-- Oi, a Bea esta ? – ele me encarra por um momento.

-- Sim, é só chama-la na porta.

-- Obrigado. – vou para a porta da casa dela, bato uma vez, nada.
Bato duas vezes, nada... começo a bater forte, parece que a adrenalina é demais pro meu corpo.

-- Calmaaaaa. – ela grita de dentro, quando me vê, congela. – Ross ?

-- Bea... eu... eu... hum. – minha garganta se fecha, não consigo dizer.

-- Ei, você esta pálido. Esta bem ? – ela tenta se aproximar eu do um passo me afastando.

-- Não, não estou nada bem. Eu... eu... ah porraaa. – respiro fundo, meus olhos lacrimejam. – Não se afasta de mim de novo, esses dias sem te ver foi mais dolorido que os dias sem você na Inglaterra. Desculpa se não consigo dizer o que você quer ouvir, eu tento... juro que tento, mas não sai, é novo pra mim... Bea, você é muito mais que uma irmã pra mim, te desejo noite e dia, sonho com você acordado ou dormindo. Você... você é minha menina bonita. – soluço. – Menina a qual senti a maior falta esses dias.

Levanto meus olhos para encontrar os seus, não sei quem chora mais.

-- Quero você pra mim, namora comigo ? – me aproximo, pegando sua mão. – Fica comigo, quero cuidar de você.

Beatrice 

Para o mundo que eu quero descer Ross esta parado na  minha frente, na porta da minha casa me pedindo em namoro. Eu sonhei com essa cena a minha vida toda....

-- Ross ... Eu. .. Eu. ..- não consigo terminar a frase... Me jogo nos braços dele... Eu não consigo falar.... -- Eu aceito.

Ross

Quando ela se jogou em meus braços, tive a resposta. Mas a ouvir falando “eu aceito” foi melhor ainda. Todo aquela angústia de não ter a visto por uma semana, passou. O medo dela não me querer, cessou.
Eu tenho minha menina agora.

-- Almoço em família amanhã ? quero poder falar pra todo mundo que tu é minha.

-- Vamos controlar esse ciúmes possessivo hein. – me enche de beijos pelo rosto.

- Bea. – ela para. – Eu... eu...eu...
Ela coloca um dedo em meus lábios.

-- Tudo bem, quando estiver pronto.

-- Minha menina bonita. – beijo a ponta de seu nariz.

-- Eu tenho que pensar em algum nome bonitinho pra você.

-- Gostosão, seria ideal. – rimos.

-- Idiota é mais a sua cara.

-- Seu idiota. – ela envolve os braços em volta do meu pescoço.

-- Sim, só meu. – a beijo.

Concretizando nosso namoro.

Beatrice

Aí meu Deus eu estou namorando o Ross... Aí meu pai como vou explicar um almoço com todo mundo??? Assim que ele foi embora eu corri pro meu quarto pra tentar ter uma idéia genial pra amanhã.

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora