O Aviso

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Beatrice

Graças a Deus estou recebendo alta hoje, não aguento mais ficar nesse hospital, pior ainda é ficar na cama. Tá certa que ser paparicada por todo mundo é uma delícia, mas fala sério eu não consigo ir no banheiro sozinha.

Luan me avisou que estou praticamente 100% só preciso cuidar do braço, vou usar tipoia por no mínimo um mês ainda, ou seja nada de academia,  praia ou qualquer outro tipo de diversão.

Estranhei Ross não ter aparecido para me acompanhar até em casa, mamãe me falou que ele estava com um pouco de dor de cabeça e precisava descansar, fiquei super preocupada com ele, mais mamãe e Luan me falaram que não era nada serio. E como não posso discutir aceitei.

Quando papai parou o carro no jardim de casa senti um alívio tão grande, eu finalmente estava de volta ao meu lugar. Assim que abro a porta dou de cara com uma faixa de boas vindas, e todo mundo reunido na sala, inclusive  Ross com um buquê de rosas vermelhas nas mãos.

Sou abraçada por todo mundo e quando chego de frente pra ele.. paro..  olho.. olho de novo, e lhe roubo um beijo..

Sob protestos dele fico na sala, quero aproveitar cada segundo ao lado de cada um deles... Estou parada perto da porta quando a campainha toca num gesto natural eu me viro para abrir a porta, e ver quem está no portão, quando olho não a ninguém somente uma coroa de flores daquelas bem fúnebres e uma faixa escrita Beatrice e Ross em breve. Na hora não consigo me mecher apenas grito

-- Papaii - mas é Ross quem surge ao meu lado.

-- Puta que pariu. - tira o celular do bolso, tira uma foto e digita algo.

-- Ross.....

-- Brincadeira de mal gosto, não é nada demais. - ele me abraça, beijando meu pescoço. -- Não é nada.

-- Não é uma brincadeira. É um aviso.

-- Aviso a eles mesmo, em breve vão pagar por isso.

-- Estou com medo.

-- Nada vai acontecer com a gente. - seu celular toca. -- Deve ser o Jorge. Ele está vindo pra cá com meu avô pra conversarmos.

Papai sai e joga a coroa no lixo quando volta estou sentada no colo do Ross e desta vez sou eu quem esconde a cabeça no pescoço dele. Afasto a cabeça um pouco e noto meus pais, meus tios, meu avô conversarem parecem discutir alguma coisa muito séria. Ross fica o tempo todo fazendo carinho na minha cabeça.

Depois de algum tempo Jorge e o avô dele chegam e todos se trancam no escritório... Depois de meia hora lá dentro eles saem e papai me olha de um jeito estranho...

-- Filha achamos que ficar aqui não é seguro pra você.

-- O que quer dizer com isso papai?

-- Que por mim você iria agora morar com seus tios na Espanha mas Jorge me disse que quem quer que seja pode ir atrás de você lá também.

-- Filha, Chyarah me disse que é melhor que você fique com eles, onde os homens do pai dela podem cuidar melhor da segurança e vocês dois

-- Mas mamãe enquanto a senhora, o papai e o vovô?

-- Filha infelizmente o alvo não somos nós e sim vocês dois. Jorge garantiu que vai colocar alguns homens aqui por precaução.

Olho pra eles e não consigo acreditar nisso tudo. Eu vou ter que sair da minha casa por que um louco quer nos matar...

Ross

-- Por mais que eu tenha gostado de ter ela sobre o mesmo teto que eu, não gosto de ve-la triste em sair de casa por causa desse desgraçado – digo ao meu avô, após deixar Bea arrumando as malas, saimos pro jardim para conversarmos a sós.

-- Eu sei, mas não achamos outra solução. La pelo menos temos eu, Jorge e a maioria dos homens de olho. Ela aqui e você la, ficaria difícil.

-- Quem é vô ? por que dessa bincadeira ? por que não mostram a cara ? – explodo.

-- Não tenho as respostas dessa pergunta. Ainda não, mas logo terei. Não só as respostas como  os corpos.

Sorrio, sou frio como meu avô. Tanto que mamãe surtou quando eu falei que queria estudar fora. Ela sabia que conviver com ele e Jorge sobe o mesmo tempo, seria a chave pra mim ser agressivo e vingativo como eles.
Mal sabe ela que a parte do agressivo tenho controlado o máximo por causa dela e principalmente pela Beatrice. Não faço academia pra manter o corpo, sim pra descontar a raiva e me liberar.

-- Estou pronta. – Beatrice aparece na porta. – É realmente necessário que eu vá com vocês? 

-- Infelizmente, menina. – vovô pega as malas dela e leva pro carro. Ela se despede da tia Isa e Alex e entramos no carro do Jorge.

-- Sinto muito, Bea. – ele nos olha pelo retrovisor.

Ela não responde nada, a puxo pro meu colo e a deixo colocar a cabeça no meu pescoço, agora deve entender que é relaxante.

-- Quem quer que seja que esta fazendo isso, vai pagar caro minha menina bonita. – a beijo na bochecha. – Muito caro.

Jorge nos leva pra casa e nos entrega um celular a cada um,  a linha é segura e ninguém tem o número.

A levo pro meu quarto, com a roupa que estamos mesmo nos deitamos na cama. Faço cafune até ela pegar no sono.
Fico a admirando, se isso tudo foi por causa de mim... não vou me perdoar se algo mais grave acontecer..

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora