Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)

O Despertar

Ross Neto

Como a Bea esta em um quarto separado e pode ficar alguém, falei que eu passaria a noite. E nessa armarão pra mim, se eu não viesse em casa descansar, tomar um banho, não ficaria com ela. Em segundos estava montado na moto com a Rose atrás, indo pra casa.

Quando entrei debaixo do chuveiro, foi como se aquela agua tivesse tirando de mim toda carga pesada que estava sentindo, me senti tão leve quando sai.

-- Já comeu ? – Rose me para na porta.

-- Comi. – a beijo na testa. – Obrigado por cuidar de mim.

-- Não há de que, metade. Dá um beijo nela, amanhã de manhã eu estarei lá.

-- Dou sim, bom descanso. – saio de casa indo em direção a moto.

-- Dormiu ? – vovô me assusta, vindo atrás de mim.

-- Sim... cheguei, tomei banho, comi, tirei um cochilo agora é minha vez de ficar com ela. – monto na moto. Pela primeira vez reparo nos homens dele em pontos estratégicos em volta da casa. -– Vai matar quem fez isso com ela né ?

-- Não tenha dúvida. - aceno e me afasto dele, indo pra minha menina.

-- Pode entrar. – tio Alex me autoriza, não perco tempo. Falta pouco pra correr pro lado dela. Entrando, dou de cara com Luan anotando algo numa prancheta.

-- Ross.

-- Luan.. como ela esta ? – a beijo no rosto. – Ei, menina bonita.

-- Melhor que você, pelo que fiquei sabendo. – me olha feio. – Quando que você vai ver que um deslize seu e a chance da sua enxaqueca atacar de novo com as crises ?

-- Estou pouco me importando pra enxaqueca, Luan. Só quero minha menina de volta. – me sento na poltrona ao lado da cama, pego a mão dela. Esta um pouco pálida.

-- Garoto, não piore sua situação.

-- Já estou na merda mesmo, pior não deve ficar. – acaricio a mão dela na minha. – Ela é meu tudo Luan. Quando voltei de viagem, e a vi pela primeira vez, foi que nem nos filmes... meu coração disparou, o tempo parou. Totalmente diferente da Beatrice que deixei. Pensei que essa reação fosse momentânea, afinal nos estávamos sem nos falar a 3 anos e pouco. Porém com as horas perto dela, vendo cada sorriso, olhar, sentindo seu cheiro, me fez ver que não era algo que passaria. Eu estava no inicio da paixonite que se tornou em amor. – sinto uma lágrima rolar em minhas bochecha. – Sei que não estou sendo nada responsável, em não me alimentar direito, não dormir, mas como você quer que eu faça isso com a razão da minha vida aqui, desse jeito ? amo meus pais e a Rose, mas Beatrice é especial, não consigo me ver sem ela. Nada importa pra mim, apenas ela. Pedi ao meu pai pra te buscar porque sei que ela sofreria com minha dor, topei fazer o raio do tratamento porque ela ia surtar caso eu negasse, tudo que fiz foi por ela, Luan. Mas agora, minha enxaqueca não importa. O que importa é estar ao lado dela. – soluço. – Na esperança que acorde logo.

-- A ama tanto assim ?

-- Mais do que você pode imaginar... ela me completa.!

Beatrice

Meu corpo todo doi, minha cabeça principalmente, tento abrir os olhos mais não consigo minhas pálpebras estão pesadas demais. Tento me lembrar do que aconteceu, me lembro de estar no carro indo encontrar a Rose, me lembro do de não conseguir e mais nada. Tento me lembrar do que aconteceu depois mais não consigo, quanto mais eu tento mãos minha cabeça doi

Ouço vozes ao longe, e sinto alguém segurar mais minha mão, quero pedir para que eles façam silêncio minha cabeça doi
Na hora reconheço a voz do Ross mas não a outra eles falam entre si o homem parece estar irritado,  Ross começa a falar como se eu estivesse morrendo, mas eu não me lembro de estar doente , na realidade não me lembro de muita coisa.. Tento me concentrar e falar mas não consigo. Num dado momento ouço Ross se declarar, Ei ele está chorando? Por que ele esta chorando? ele não está seguindo o tratamento porque? Quando ouço ele dizer que me ama meu coração se aperta. Faço força pra abrir os olhos.. quero ve-lo, quero falar com ele... Minha cabeça dói mas faço força ele precisa me ouvir.

-- Também te amo... - digo num sussurro.

Ross

-- Beatrice ? – volto minha atenção a ela. Achei que tivesse ouvido coisa, mas quando Luan a olhou surpreso, vi que não ouvi coisas, ela realmente tinha acordado. – Minha menina.

A beijo no rosto quase que todo, Luan pede que eu saia, mas nego, fico sentado segurando a mão dela, mais não sairei daqui.

-- Beatrice, consegue abrir os olhos ? – Luan a pergunta.

-- Não consigo, estão pesados....  

-- Relaxa o corpo, menina bonita. - a beijo na bochecha. -- Foca na minha voz e relaxa.     

-- Dói muito. – suas pálpebras se mexem, beijo cada uma, ela abre rapidamente. – Ai... muita luz.        
Luan apaga as luzes e se vira para ela de novo... –- Tente agora. - ela obedece

-- Ross a quanto tempo está sem dormir? - diz olhando pra mim                     
-- Que ? tanta coisa pra tu me perguntar... e é isso que me pergunta ? você passou 48 horas dormindo e nem vem brigando, tu me assustou muito. Queria que eu dormisse como ?   

-- O que aconteceu? 

-- Não se lembra ?  

-- Lembro de estar no carro cantando Anitta e não conseguir frear, e mais nada.           

-- Você deu um baita susto em todos nós, avisarei que você acordou... Ross te dou 15 minutos apenas e Bea, fico feliz em vê-la acordada assim pode puxar a orelha desse aí. Volto daqui a pouco para fazermos uns exames e checar se esta tudo bem. - Luan nos deixa a sós, ela me olha de cara feia. Sinal que vem bronca.                       
-- O que andou aprontando?

-- Falaremos quando você sair, agora preciso te beijar e ter certeza que está bem.

-- Atrapalho ? – tio Alex e Isa sorriem da porta pra nós.

-- Não. – respondemos juntos. - lhe do mais um selinho. – Ficarei lá fora.

Saio deixando meus tios/sogros com ela. Mando mensagem a Rose e aos meus pais.

-- Cadê seu avô ? – Jorge me para.

-- A última vez que o vi, estava em casa. – ele acena.

-- Fiquei sabendo que ela acordou.

-- Sim, graças a Deus.

-- Que bom, agora colocarei pra dormir quem fez isso. – quando ele da um passo pra se afastar, o puxo pelo braço.

-- Quero ter essa honra. – ele sorri.

-- Eu sei, mas seu avô me mata depois.

-- Eu quero saber de tudo.

-- Ficara, mantenha o celular ligado. – ele sai em direção ao Arthur.

Com minha menina acordada, posso pensar no desgraçado que quase a tirou de mim. Disco o numero do meu avô.

-- Sua mãe já me avisou. – atende.

-- Quem fez isso ?

-- Não começa Ross.

-- Quem fez isso ?

-- Estou a caminho aí, conversarmos pessoalmente. – ele desliga.

Vou ate a lanchonete e compro um sanduiche com uma garrafa de água e me sento num dos bancos que tem na portaria do hospital, aguardando meu avô.