Herança

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Ross Neto

-- Adam. – ele me olha com desprezo. – Pena que não posso dizer que é um prazer em vê-lo.

-- Como esta aquela putinha ? – cospe sangue na minha frente.

-- Bem, descansando do susto. – o respondo rindo. Uma coisa que Jorge e meu avô sempre me ensinaram é ter cara de blefe nessas horas.

-- Duvido, ela deve esta descansando eternamente. – me olha de cima a baixo. – Queria saber o que ela viu em você, pra me dispensar.

-- Meu pau. – paro na sua frente. – Não só viu, como sentiu.

-- Você não a ama como diz né ? pode falar. – sorri. – Só queria entrar no meio das pernas dela.

-- Entrei e valeu a pena deixar as outras de lado. – puxo uma cadeira e me sento. – Mas me fala, e sua irmã, como ela esta ?

-- Planejando sua morte.

-- Esta atrasada, já planejei a dela. e a do seu pai ?

-- Não falarei nada, playboy. Desiste.

-- Veremos... Jorge me tras aquele alicate grandão vermelho que esta ali fora, um dos funcionários deve ter esquecido aqui. – ele faz o que peço, e me passa. – Será assim, uma resposta errada, um dedo fora.

-- Você não tem sangue frio pra isso. – gargalha. – Você é uma piada Ross Neto, não é só porque tem o mesmo nome de seu avô, que você seja o que ele é.

-- Realmente, não sou como ele. – me levanto. – Sou pior... onde está Paolo ?

-- Idiota.

-- Resposta errada. – me aproximo dele e posiciono o alicate em seu dedo. Aperto o suficiente para o causar dor apenas.

-- Não não não... espera. – se remexe na cadeira a qual esta amarrado, com as mãos amarradas no braço da cadeira.

-- Estou com presa. – aperto mais.

-- Ele esta na casa dele aqui no Rio. – grita em meio a choro.

-- Jorge. – o olho.

-- Avisarei a ele. – ele sai de perto mexendo no celular. Sabe que eu quis dizer pra avisar meu avô.

-- Sua irmã.. cadê ela ? – aperto mais, vejo que sai um pouco de sangue.

-- No hospital. – grita. – Para, por favor.

-- Qual hospital ?

-- Vai terminar o serviço. – aperto o alicate o suficiente para arrancar seu dedo fora.

-- JORGE. – vou atrás dele. – JORGE.

-- Aqui. – ele entra correndo.

-- A outra esta no hospital para terminar o serviço. – informo.

-- Imaginei, então pedi ao Luan e mais um homem ficarem no quarto com ela. São de nossa confiança. – tranquiliza.

-- Filho da puta. – sorrio.

-- Tu que é, por que a mocinha lá esta gritando tanto ? – olha sobre mim. – Tu arrancou mesmo ?

-- Não queria, mas quando ele falou isso, me emputeci. – confesso.

-- Sou teu fã. – rimos. – Vi que tem uma mangueira atrás dele, ligada a água lá de fora.

-- Liga lá. – peço.

-- Pensei que não fosse pedir. – sai rindo.

Uma coisa que aprendi bem com ele, foi torturar... usando as coisas de sempre, dos filmes e os mais sinistros da vida.

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora