Liberdade

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Ross

-- Tia Rah mandou. - Bea entra no quarto com uma bandeja com algumas rosquinhas e um copo de suco de laranja. -- E mandou avisar do remédio.

Já faz 1 semana que tive a crise, todos estão me tratando como bebé, principalmente mamãe e a tia Isa que liga ou aparece aqui em casa do nada.

-- Como se topar sair daqui comigo. - ela arqueia uma sobrancelha rindo.

-- Você precisa comer.

-- Não, eu preciso sair daqui. Por favor. - ela coloca a bandeja ao meu lado na cama.

-- Tudo bem, come. Vou falar com a Rose e já volto. - ela sai.

Não preciso dizer que comi tudo e enguli o remédio em segundos, quando estava colocando a camisa, ela entra, e para...

-- Pronto ? - sua voz sai falhada.

-- Sim. - termino de me vestir.

-- Pronto pra que ? - meu pai para atrás da Bea.

-- Para sair e nem vem, estou a uma semana aprisionado. Não aguento mais. - pego minha carteira. - Me empresta seu carro ?

-- Não. - cruza os braços.

-- Ta, peço a moto a mamãe. - puxo a Bea, passando por ele.

-- Toma. - me joga a chave. - Qualquer coisa me liga.

-- Tchau tio. - Bea diz sobre os ombros rindo. -- Onde vamos ?

-- Você escolhe, hoje você quem manda na rota, assunto em tudo. - digo antes de entramos no carro, em frente a garagem.

-- Já sei..

Beatrice

No começo Ross estranhou minha escolha, mas depois descobriu que eu queria um pouco de tranquilidade para podermos conversar... E o jardim botânico é lindo, calmo, e um pouco romântico.

Parecemos duas crianças, imagina a cena de dois adultos brincando de pega pega, evitamos o sol quente por conta da enxaqueca dele.... Ele brigou comigo por que queria tomar coca cola e eu não deixei.... Depois de uma hora andando como um casal, sentamos a sombra de uma arvora, estou cheia de dúvidas, de perguntas martelando na minha cabeça... E se eu não dividir com ele vou surtar ... Ele deita a cabeça no meu colo, parece uma criança indefesa.

-- Como esta se sentindo

-- Melhor.

-- Que bom... Eu queria conversar sobre uma coisa...

-- Sobre ?

-- A gente! - não sei exatamente como perguntar. Mas também não posso ficar com a cabeça cheia.

-- Humm... tudo bem.

-- Estou confusa.

-- Eu... eu também estou, é novo tudo isso que sinto quando estou com você.

-- O que exatamente você sente?

-- Não sei dizer o que sinto... não sei a palavra que posso te falar que resuma o que sinto.

-- Hum... Tenho medo.

-- De que ?

-- Disso acabar. De você ir embora. .. de tanta coisa

-- Eu voltei por sua causa, então eu ir embora está fora de cogitação. Não quero que acabe, quero mais... só que não sei como fazer isso ir adiante.

-- Voltou por minha causa?

-- Não vou mentir pra você, tentei ficar com outras garotas nesse tempo longe, porém você me assombrava em cada pensamento. Não sentia mais tesão com nenhum beijo. Mas quando cheguei, e a abracei... foi como se minha vida voltasse a fazer sentido naquele momento.

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora