A Revolta

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Ross Neto

O caminho todo ao hospital foi feito em silêncio, Arthur e Jorge tentaram me convencer a ir em casa tomar um banho e depois ir, mas não dei ouvido, nem os respondi.
Já fiquei tempo demais longe dela, não ficarei nem mais um minuto. Espero ter boas noticias quando chegar, pois meu temperamento não é dos bons.

-- O que aconteceu com você ? – mamãe e tia Isa me param assim que entro na sala de espera.

-- Como ela esta ? – pergunto friamente.

-- Ross... o que... – papai me olha sem acreditar no que vê. Me olho no espelho, realmente, estou sujo de lama e de sangue. Não muito, apenas o suficiente pra chamar atenção.

-- Como ela esta ? – pergunto mais uma vez, só que mais alto.

-- Não sabemos. – tio Alex responde.

Apenas viro sobre meus calcanhares e passo pela porta da recepção a caminho da area da UTI.

-- Senhor, não pode vir pra cá. – duas enfermeiras me param.

-- Posso sim. – as mostro minha arma. – Saiam da minha frente.

-- Ross – Jorge, Arthur, Raul e meu avô vem atrás de mim.

-- Eu quero saber dela e não vem com o papo que ela não gostaria de me ver assim, pouco me importa sobre mim... só quero alguma noticia dela. – os encarro.

-- Ela sobrevivera até então. – Luan se aproxima por tras de mim. – Guarde essa arma. Não o deixarei a ver com isso e nem imundo desse jeito.

-- Ele não pode entrar. – outra enfermeira se manifesta.

-- Posso sim. – aponto minha arma na cabeça dela que arregala os olhos de medo. – Vai tentar me impedir ?

-- Abaixa a arma, Ross... AGORA. – meu avô manda e automaticamente abaixo.

-- Banho e remédio creio eu. – Luan me puxa pelo braço. – Toma banho num dos quartos vazios, vou te arrumar uma muda de roupa. – estende a mão para pegar a arma.

-- Só entrego quando ela acordar. – digo,

-- Para de apontar pras enfermeiras. – pede.

-- Manda elas pararem de me impedir.

-- Ninguém pode entrar no quarto, há não ser médicos e enfermeiros. – explica.

-- Foda-se, eu vou entrar. – todos ficam ali me olhando. – Estou com a cara pintada ? pareço um palhaço ?

-- Leve-o. – Jorge fala ao Luan. – Não faça merda, se não eu te levo daqui a força. – aponta um dedo na minha direção.

-- Abaixa antes que eu arranque como a do Adam. – digo entre dentes, odeio quando fazem isso comigo.

-- Vamos. – Luan me leva até um quarto, tomo um banho rapidamente e coloco a roupa que ele me arrumou, nem pergunto onde.

-- Aqui, tome... me falaram que você mal comeu hoje. Não quero tratar da sua enxaqueca no momento por rebeldia sua. – me passa um comprimido e um copo com água. Sem discutir bebo. Ele fica parado me olhando, logo Jorge e Sam entram.

-- Desculpa. – Luan pede, meu corpo não obedece meus comandos, meus olhos estão pesando.

-- Bons sonhos. – Jorge me segura antes que eu caia e nessa minha visão escurece. "vocês me pagam."

Arthur

Depois que Luan deu um sossega leão para o Ross Neto, que estava enlouquecido, veio se juntar conosco para explicar o estado de saúde da Beatrice. Nos sentamos todos na sala de espera e ele fica em pé na nossa frente

Destinados a Amar - Família Lorenzo Livro 1 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora